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Praticar para aprender
Olá, estudante, estamos iniciando nossa última seção da disciplina, e para encerrarmos, falaremos sobre avaliação institucional na Educação Infantil. Essa modalidade de avaliação é realizada pelos âmbitos macro e micro, ou seja, ela acontece nas políticas educacionais, nas secretarias de educação e na gestão da escola. Nesse processo, observaremos que a avalição institucional tem o papel de levantar informações sobre os pontos positivos e os que ainda precisam ser ajustados na realidade, bem como verificaremos que as políticas públicas apresentam parâmetros de qualidade da Educação Infantil para que os sistemas e as instituições de ensino adequem suas ações e seus projetos, visando à garantia do ensino na primeira infância.
Também abordaremos a necessidade de trabalho colaborativo entre secretaria de educação, gestores da escola, professores e famílias a partir de uma gestão democrática compromissada e preocupada com as práticas na escola. Para isso, o centro de educação infantil precisa conhecer os indicadores de qualidade e utilizar as dimensões como base para a construção do seu instrumento de autoavaliação.
Por fim, conheceremos as dimensões dos indicadores de qualidade, que são: planejamento institucional, multiplicidade de experiências e linguagens, interações, promoção da saúde, espaços, materiais e mobiliários, formação e condições de trabalho das professoras e demais profissionais, cooperação e troca com as famílias e participação na rede de proteção social. Por meio de exemplos, entenderemos como as ações avaliativas podem ser realizadas na escola.
Na cidade de Girassol, a secretaria municipal de educação organizou uma semana de formação de professores para discutir a avaliação da aprendizagem na Educação Infantil. Os profissionais dos centros educacionais que atendem a essa etapa de ensino ficaram entusiasmados com o momento de estudo, pois apresentavam inúmeras dúvidas sobre a avaliação das crianças de zero a cinco anos. A pesquisadora Antônia Ferreira, que realiza pesquisas nessa área há muitos anos, foi convidada para ministrar o curso.
No último momento da formação, Antônia refletiu sobre a necessidade de se apresentar aos docentes o papel da avaliação externa e institucional na Educação Infantil. Para isso, a pesquisadora levantou dados fundamentais para subsidiar a fala com os professores. Dessa forma ela elencou três pontos que fizeram parte dessa discussão, sendo eles:
- A análise sobre os indicadores de qualidade.
- A importância da autoavaliação institucional.
- O papel da avaliação das políticas para o trabalho pedagógico.
A partir desse contexto, você deve se colocar no lugar dos professores e refletir sobre os desafios e as possibilidades do processo de avaliação da aprendizagem nessa etapa de ensino, bem como estruturar argumentos sobre os pontos levantados para serem apresentados no fechamento da formação de professores.
Bom trabalho.
Empolgado para esse momento de estudos? Vamos lá?
conceito-chave
Em nossos estudos, na última unidade da disciplina, buscamos compreender como se configura o processo de avaliação na Educação Infantil e verificamos que a avaliação tem um papel importante para o acompanhamento, o monitoramento e as intervenções que se fazem necessárias para o desenvolvimento das crianças de zero a cinco anos. Mas o processo avaliativo não é algo realizado apenas em sala de aula, de modo que a escola deve (re)pensar constantemente os caminhos e as possibilidades para o aperfeiçoamento das práticas de ensino, visando ao desenvolvimento e ao aprendizado integral dos alunos. Por esses fatores, nota-se a importância do olhar frente à avaliação institucional e à qualidade do ensino na primeira etapa da Educação Básica.
Os indicadores de qualidade da Educação Infantil
Para que as ações na sala de aula se efetivem de forma significativa, é necessário um trabalho coletivo para além das práticas pedagógicas. Nesse contexto, os processos devem ocorrer do âmbito macro ao micro, ou seja, desde as políticas públicas que direcionam as ações escolares até as atividades e propostas pensadas pelo professor. Refletindo sobre esse cenário, a pauta da qualidade da Educação Infantil deve ser compreendida como um dos pilares para se ressignificar e melhorar cotidianamente o trabalho desenvolvido no interior da escola. Não basta garantir apenas o acesso à primeira etapa da Educação Básica, mas também é fundamental oportunizar uma formação que contribua para o desenvolvimento e a participação integral desses sujeitos.
Para assegurar a concretização do trabalho nessa etapa de ensino, foram constituídos os Parâmetros Nacionais de Qualidade da Educação Infantil, que se referem ao conjunto de características que as escolas devem possuir e que estão calcadas nos parâmetros, nas diretrizes e nos princípios estabelecidos pela legislação. Esse padrão tem a função de propiciar a formulação e o monitoramento das políticas públicas e desenvolver ferramentas para avaliar como os sistemas de ensino estão se organizando para a oferta da educação. Pensando nessas demandas, em 2018, foi publicado o documento sobre os Parâmetros de Qualidade, que podem ser entendidos como ponto de partida para a organização e construção de metas e estratégias destinadas à Educação Infantil. Esses parâmetros têm o objetivo de orientar as ações desenvolvidas por gestores das secretarias municipais de educação, gestores das instituições de Educação Infantil, docentes e familiares (BRASIL, 2018).
Nesse processo é importante saber que o gestor da Secretaria de Educação apresenta atribuições fundamentais para a garantia do ensino, tais como: formulação e implementação de programas de Educação Infantil, detecção de problemas no processo de realização dos programas na Educação Infantil, construção de diálogo com instituições e entidades que atuam com a Educação Infantil para encontrar diversas formas de ação e atender às metas de qualidade e elaboração de indicadores que favoreçam o acompanhamento do padrão de qualidade estabelecido.
Para que essas atribuições do gestor se efetivem, os parâmetros apresentam princípios que devem ser seguidos no trabalho desenvolvido. Um dos princípios que tangencia o trabalho do gestor é a necessidade de comprometimento de forma democrática com o acesso e a oferta da Educação Infantil. Nesse processo, deve ser mapeada a demanda de crianças que precisam ter suas matrículas asseguradas no município, além do trabalho, de forma colaborativa, com as instituições de Educação Infantil para o atendimento das necessidades das comunidades. Os profissionais que atuam na gestão da secretaria também têm a função de monitorar a permanência dos alunos nos diferentes espaços educativos, garantido que o poder público cumpra com seu papel de ofertar acesso escolar às crianças (BRASIL, 2018).
A gestão da instituição de Educação Infantil também possui uma atuação relevante no processo de organização das práticas e das ações por meio dos parâmetros, sendo elas: utilização dos parâmetros estabelecidos na legislação, como dados para avaliar a efetivação do currículo e das práticas na escola; reformulação do Projeto Político Pedagógico, visando à adequação das ações com os princípios e as práticas estruturadas; utilização dos parâmetros de qualidade para reavaliar o espaço físico da escola, desde os materiais até o mobiliário; organização de espaços de estudos entre os profissionais da Educação Infantil, visando às mudanças significativas no contexto e na construção de instrumentos de gestão para avaliação e monitoramento das práticas e orientações indicadas nas políticas educacionais (BRASIL, 2018).
Para que essas ações se desenvolvam, os parâmetros de qualidade indicam como um dos princípios o planejamento e a avaliação contínua das práticas desenvolvidas nos centros de Educação Infantil. Para tanto, é necessária a articulação dos gestores da escola com toda a equipe escolar para a construção conjunta de procedimento de avaliação e acompanhamento do trabalho pedagógico desenvolvido. Também é relevante ajustar o Projeto Pedagógico com as demandas atuais da escola, sendo assim, a gestão deve articular as discussões coletivas com os professores para entender e acompanhar a efetivação da BNCC nas práticas pedagógicas. Vale destacarmos que a proposta pedagógica da escola deve estar alinhada às necessidades da comunidade, visando a compreender a participação de todos no alinhamento dos processos que envolvem a escola e sua função social (BRASIL, 2018).
O professor da Educação Infantil também contribui com ações que visam a melhorar o trabalho a partir dos parâmetros de qualidade, sendo elas: conhecer documentos normativos que apresentam práticas sobre como acentuar a qualidade do ensino; participar de grupos de estudos sobre práticas e conceitos atuais que favorecem o planejamento de atividades pedagógicas efetivas em sala de aula; documentar e registrar a aprendizagem das crianças de zero a cinco anos, propiciando uma autorreflexão sobre o trabalho docente desenvolvido; e solicitar, aos gestores, materiais e condições que facilitem a organização do trabalho pedagógico.
Nesse contexto, os parâmetros estabelecem que os docentes devem atuar com intencionalidade pedagógica, que deve estar alinhada aos principais documentos que orientam os currículos escolares. Sendo assim, é necessário que o professor planeje as práticas por meio do vínculo entre realidade e saber, atendendo aos campos de experiência com base em vivências livres e direcionadas. Avaliar os processos de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos também é um ponto central no trabalho docente, considerando as características e as demandas das crianças nos diversos grupos etários (BRASIL, 2018).
Nesse processo, não podemos nos esquecer do papel fundamental das famílias e dos responsáveis que podem, a partir de uma gestão democrática: dialogar com os profissionais da escola para pensarem juntos sobre caminhos que favorecerão a qualidade do ensino; participar de órgãos colegiados na escola para levar ao grupo as necessidades e pautas das famílias; e conhecer e participar do trabalho de acolhida, transição e acompanhamento dos processos de desenvolvimento e aprendizagem das crianças (BRASIL, 2018).
Dessa maneira, os parâmetros estabelecem, enquanto princípio, a construção de uma relação cooperativa entre todos os profissionais da escola e as famílias, a partir de uma comunicação recíproca que possibilite a sensação de pertencimento pelas famílias e pelos alunos ao contexto educativo. Para que isso se materialize, a gestão da escola deve construir espaços e momentos de trocas e acolhimento às famílias, bem como promover sua participação nas tomadas de decisões da instituição com base na gestão democrática e estabelecer, enquanto projeto da escola, a formação dos familiares e docentes em conjunto, a fim de que esses responsáveis entendam as particularidades do trabalho pedagógico realizado com as crianças de zero a cinco anos.
Além disso, também é necessário:
[...] abordar a interação escola-família em uma perspectiva processual que estabelece horizontes de curto, médio e longo prazos, em conjunto com os Professores e profissionais de apoio da Educação Infantil; organizar e participar do processo de elaboração, registro, implementação e avaliação dos Projetos pedagógicos, com o envolvimento de todos os profissionais da escola, das crianças, de suas famílias ou responsáveis e da comunidade local, em conjunto com os todos os profissionais da Educação Infantil; oferecer a família ou responsáveis a oportunidade de visitar as instalações, com ou sem horário marcado durante seu funcionamento, e de conhecer os profissionais que lá trabalham antes de matricular a criança.
É fundamental que você, enquanto futuro pedagogo, compreenda todas as frentes de atuação que compõem o trabalho para que a qualidade do ensino seja garantida. Nesse sentido, os parâmetros também apresentam, enquanto ação focal de trabalho, a intersetorialidade, que se refere à unificação do trabalho realizado entre todos os setores que envolvem as parcerias familiares, comunitárias e sociais por meio de um trabalho realizado por indivíduos que atuam em outros serviços, visando à garantia das necessidades e aos diretos dos alunos dessa etapa de ensino. Um exemplo são as possibilidades de fortalecimento da rede de proteção e cuidado às crianças na comunidade. Em um trabalho intersetorial, pode haver a construção de estratégias que envolvam profissionais de outras áreas, tais como saúde, nutrição e assistência social, a fim de se estabelecer um trabalho multidisciplinar e pensar como estão sendo propiciadas as condições e o bem-estar das crianças na escola. Nesse processo, pode ser ofertada à comunidade cursos de formação sobre a importância da primeira infância e o impacto da qualidade de vida no processo de desenvolvimento e aprendizagem (BRASIL, 2018).
Ainda nessa ação focal, devemos considerar a atuação de professores e gestores da instituição para a garantia da integridade das crianças, como previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. Sendo assim, quando os profissionais da escola perceberem algum indício de violência contra as crianças, o Conselho Tutelar e os serviços de saúde e assistência social deverão ser acionados para que uma investigação seja realizada e a criança seja resguardada. A escola é um espaço de garantia dos pequenos cidadãos em todos os âmbitos e sentidos, e nós temos participação nessa garantia (BRASIL, 2018).
Outro aspecto que deve ser considerado no padrão de qualidade de instituições que ofertam Educação Infantil é a organização de planejamento, observação, documentação e reflexão. Entre os princípios destinados aos gestores da instituição, encontram-se o alinhamento entre o currículo e a BNCC, a partir do diálogo estabelecido entre Secretaria de Educação e escola, e a disponibilização, aos familiares, dos documentos e das metas estratégicas da escola voltadas ao ensino. No que tange ao trabalho do professor, os parâmetros de qualidade apontam a necessidade de se assumir a atualização dos documentos pedagógicos dos alunos, acompanhar o desenvolvimento das crianças e avaliar os resultados de aprendizagem para a construção de intervenções e estratégias (BRASIL, 2018).
Nota-se que a garantia da qualidade do ensino é um fator fundamental para avaliar e monitorar as ações desenvolvidas na Educação Infantil. É por meio de um trabalho colaborativo entre os representantes de todos os segmentos que temos a oportunidade de analisar e modificar a realidade para que a educação na primeira infância extrapole o direito redigido na legislação e seja uma realidade concreta.
Avaliação institucional na Educação Infantil
Como apontado anteriormente, as escolas devem estar subsidiadas nos parâmetros de qualidade da Educação Infantil para organizar, em parceria com os demais âmbitos, suas ações, seus projetos e suas práticas. Conforme a concretização das tarefas e atividades, a instituição escolar deve realizar uma avaliação dos feitos para perceber quais metas têm sido alcançadas e o que ainda precisa ser aperfeiçoado. Sendo assim, a avaliação institucional deve ser realizada a partir da análise e da compreensão dos indicadores e do padrão de qualidade, ou seja, o que deve ser realizado entre todas as instâncias para a garantia da Educação Infantil. Por meio da implementação das ações, é necessário um momento de monitoramento e reflexão sobre o que foi efetivado, visando-se ao aprimoramento das práticas na escola. Esse acompanhamento é estabelecido pela legislação, como apontada na estratégia 1.6 do Plano Nacional de Educação atual (2014-2024):
[...] implantar, até o segundo ano da vigência deste PNE, avaliação da educação infantil, a ser realizada a cada dois anos, com base em parâmetros nacionais de qualidade, a fim de aferir a infraestrutura física, o quadro de pessoal, as condições de gestão, os recursos pedagógicos, a situação de acessibilidade, entre outros indicadores relevantes.
Nesse contexto, os sistemas e as instituições de ensino devem realizar, no caso da Educação Infantil, uma autoavaliação dos processos e das ações por meio de um conjunto de indicadores que estão alinhados com os parâmetros de qualidade mencionados anteriormente, de modo que é preciso que a instituição olhe para si e compreenda se todas as metas e todos os princípios foram alcançados com o trabalho desenvolvido. Mas você deve estar se perguntando: como a instituição de ensino realiza essa avaliação? Vou lhe explicar.
A gestão da instituição deve construir um instrumento de autoavaliação a partir de sete dimensões apresentadas nos indicadores de qualidade na Educação Infantil. A primeira dimensão que deve ser abordada no instrumento de autoavaliação é o planejamento institucional. Esse planejamento se refere aos objetivos que foram traçados para cada ação desenvolvida e os procedimentos adotados para que eles se concretizem. Nesse momento, a equipe avalia se os caminhos percorridos obtiveram êxito e, se não, como adequá-los para a modificação de novas práticas.
A segunda dimensão que deve constar no instrumento de autoavaliação é a multiplicidade de experiências e linguagem. A escola é responsável pela elaboração do currículo, o qual deve se respaldar na Base Nacional Comum Curricular, sendo assim, a equipe avalia se as atividades e ações propostas em todas as turmas estão atendendo ao que está posto no documento. Já a terceira dimensão é das interações. Nela, verifica-se como essas relações são construídas em todas as instâncias, desde as trocas em sala de aula com as crianças até os processos dialógicos com a comunidade escolar (BRASIL, 2011).
A quarta dimensão, por sua vez, é a promoção da saúde. Nela, deve-se analisar as ações que estão relacionadas diretamente aos cuidados com as crianças e se eles foram garantidos. A quinta dimensão trata de espaços, materiais e mobiliários. Nela, a ênfase da equipe é verificar se a infraestrutura está adequada e adaptada às demandas e necessidades das crianças. A penúltima dimensão é a formação e as condições de trabalho dos professores e demais profissionais. Essa dimensão deve propiciar uma análise sobre como se configura o suporte dado aos professores e se as capacitações estão oportunizando aos docentes o aperfeiçoamento do trabalho desenvolvido. A sétima dimensão, por fim, é a cooperação e a troca com as famílias e a participação na rede de proteção social. Nesse momento, observa-se, na autoavaliação, se os mecanismos adotados para estreitar os laços entre escola e família estão propiciando resultados significativos, visando à integridade das crianças (BRASIL, 2011). Pensando em ilustrar as possibilidades, seguem exemplos de ações para serem realizadas no processo de avaliação:
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Dimensões | Ações desenvolvidas na avaliação institucional | ||
Planejamento institucional. | - Retomada do planejamento da escola (objetivos, ações, procedimentos, tarefas). - Análise da conduta dos gestores frente às divisões de tarefas e a socialização de informações. - Compreensão sobre a efetivação do PPP e currículo. |
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Multiplicidade de experiências e linguagem. | - Análise da gestão frente aos documentos e diários dos professores que compartilharam relatos sobre o papel das experiências no desenvolvimento e na aprendizagem dos alunos. - Diálogo com os docentes para levantar pontos de avanços e desafios que precisam ser superados. - Balanço das práticas pedagógicas que foram realizadas a partir de novas experiências. |
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Interações. | - Levantamento de informações com os docentes sobre como as atividades interativas auxiliaram no processo de desenvolvimento e aprendizagem. - Reflexão sobre as relações interpessoais estabelecidas na escola. |
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Promoção da saúde. | - Análise sobre as práticas pedagógicas que envolvem autocuidado. - Levantamento das ações colaborativas entre os profissionais da saúde (enfermeiros, dentistas, etc.). - Compreensão dos cuidados com a alimentação e higiene em todos os espaços da escola. |
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Espaços, materiais e mobiliários. | - Levantamento dos materiais didáticos-pedagógicos. - Fiscalização da segurança dos espaços da escola. - Análise da adequação de mobiliários e materiais, considerando-se as demandas das turmas por grupo etário. |
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Formação e condições de trabalho dos professores e demais profissionais. | - Análise do feedback dos professores frente às capacitações propiciadas. - Reflexão a respeito das demandas apresentadas pelos docentes sobre discussões que devem ser pauta da formação continuada. - Balanço dos momentos de reflexão nas reuniões pedagógicas realizadas na escola. |
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Cooperação e troca com as famílias e participação na rede de proteção social. | - Coleta de informações a partir de reuniões de pais. - Análise do feedback das famílias frente à aprendizagem. - Reflexão sobre o engajamento das famílias nos projetos e nas ações das escolas. |
Após esse processo, é necessário utilizar essas informações como instrumento para construção de novos planos de ação e estratégias. Também é fundamental o engajamento de todos os envolvidos, pois uma instituição unida e que reflete junto possui maiores possibilidades de auxiliar no processo de escolarização das crianças de zero a cinco anos.
Assimile
Em nosso processo de estudos, é relevante compreendermos a diferença entre avaliação da educação e avaliação da aprendizagem. A avaliação da educação possui um sentido mais amplo, ou seja, refere-se a todas as dimensões que comportam as práticas educativas. Nela, encontram-se as ações e o monitoramento das políticas públicas, a reflexão realizada pelos sistemas municipais e estaduais de educação (secretarias) e a análise sobre as práticas e ações da gestão da instituição de ensino. Já a avaliação da aprendizagem é uma parcela desse todo relacionada diretamente com a forma como o professor analisará as informações da aprendizagem para o aperfeiçoamento das práticas pedagógicas e o trabalho desenvolvido no interior da escola. É como se a avalição da educação fosse constituída em âmbito macro e a avaliação da aprendizagem em âmbito micro, sendo assim, vale a pena ressaltarmos que ambas são necessárias e interferem uma na outra.
Reflita
Vimos o quão necessário é o processo avaliativo em todos os âmbitos para se pensar em intervenções e ajustes nas práticas, visando ao sucesso escolar efetivo das crianças de zero a cinco anos. No que se refere à autoavaliação institucional, qual é o papel que o gestor deve ter para articular as ações com os professores, os funcionários, a comunidade e as famílias? Quais são os desafios desse processo?
Exemplificando
Nos Parâmetros de Qualidade da Educação Infantil (2018) são apresentadas as atribuições dos gestores da instituição da Educação Infantil para a garantia do ensino. Entre elas, encontra-se a efetivação do funcionamento da escola de maneira regular, conforme o calendário escolar, seguindo as determinações do sistema de ensino. Para essa ação, o gestor precisa conversar com toda a equipe escolar, relatando a necessidade de organização do Projeto Político Pedagógico. No documento, deve constar o calendário, levando-se em consideração as horas letivas para a Educação Infantil distribuídas nos diferentes regimes (parcial e integral). Os dias de recesso e os feriados serão confirmados com a secretaria municipal, pois não são decisões que o gestor da instituição toma sozinho. Também é fundamental verificar se as regulamentações da escola estão sendo levadas para as práticas escolares.
Foco na BNCC
A BNCC indica que as práticas pedagógicas desenvolvidas na primeira etapa de ensino devem ser estruturadas a partir dos campos de experiência e os eixos estruturantes (BRASIL, 2018). O planejamento e a organização dessas ações devem ser realizados com cuidado e atenção para que as competências sejam trabalhadas e desenvolvidas em sala. Para tanto, observa-se o papel da formação continuada de professores, que dará suporte e ampliação de conhecimento para o trabalho docente. Nesse contexto, é preciso assegurar os princípios apresentados nos Parâmetros de Qualidade da Educação Infantil, que indicam, enquanto atribuição da instituição de ensino, a oferta da capacitação docente. Após a realização desses momentos de estudos, é importante que os resultados da formação estejam presentes no instrumento de autoavaliação institucional. Sendo assim, professores deverão dar um feedback da articulação que realizaram entre os saberes apreendidos na formação e as práticas desenvolvidas por meio da BNCC.
Nossa jornada de estudos está sendo finalizada. Esperamos que você tenha aprendido muito nesse processo e que faça um excelente trabalho na Educação Infantil!
Faça a valer a pena
Questão 1
Na Educação Infantil, todos devem estar compromissados com os processos, visando à garantia do acesso, à permanência e ao sucesso escolar das crianças de zero a cinco anos. Nesse contexto, nota-se a importância da avaliação institucional. Considerando esses aspectos, avalie as afirmativas a seguir e marque V para verdadeiro e F para falso:
( ) A avaliação institucional deve ser subsidiada pelos parâmetros da qualidade da Educação Infantil.
( ) O professor é isento da participação na avaliação institucional, visto que seu compromisso é com o acompanhamento em sala de aula.
( ) Os aspectos estruturais e físicos da escola também devem ser levados em consideração na avaliação institucional
Agora, assinale a alternativa correta:
Tente novamente...
Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.
Correto!
Com base nos estudos da disciplina, apenas a segunda afirmativa está incorreta, pois os professores são atores centrais no processo de avaliação institucional. Eles devem participar das discussões e serem ouvidos sobre os desafios das práticas desenvolvidas na instituição.
Tente novamente...
Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.
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Questão 2
A avaliação institucional na Educação Infantil deve ser realizada a partir dos indicadores de monitoramento da qualidade da educação que estabelecem critérios de análise do trabalho desenvolvido em creches e pré-escolas. Considerando algumas das dimensões apresentadas nos indicadores, avalie as afirmativas a seguir:
- Multiplicidade de experiências e linguagens pode ser compreendida como uma dimensão apresentada nos indicadores.
- Formação e condições do trabalho docente e dos demais profissionais podem ser entendidas como uma dimensão dos indicadores de avaliação.
- Cooperação e troca com as famílias pode ser observada como uma dimensão dos indicadores.
É correto o que se afirma em:
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Correto!
Todas as afirmativas estão corretas, pois, nos indicadores de monitoramento da qualidade da Educação Infantil, devem ser analisadas as multiplicidades de vivências e linguagens, as condições do trabalho docente e a interlocução com as famílias e comunidade.
Questão 3
O processo de autoavaliação institucional é importante para que seja realizado um balanço das práticas que estão se efetivando na realidade da Educação Infantil e o que ainda precisa ser ajustado. Para tanto, é fundamental a construção de um instrumento avaliativo respaldado nos indicadores de monitoramento da qualidade dessa etapa de ensino. Entre as dimensões apresentadas nos indicadores, encontra-se o planejamento institucional. Considerando as ações que podem ser desenvolvidas na dimensão de planejamento institucional, avalie as afirmativas e marque V para verdadeiro e F para falso:
( ) Retomada do planejamento da escola (objetivos, ações, procedimentos, tarefas).
( ) Análise da conduta dos gestores frente às divisões de tarefas e socialização de informações.
( ) Compreensão sobre a efetivação do PPP e currículo.
Agora, assinale a alternativa correta:
Tente novamente...
Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.
Correto!
Todas as afirmativas estão corretas, pois são fundamentais a construção da análise das metas, os procedimentos e as atribuições institucional, além da reflexão sobre o trabalho desenvolvido pelos gestores. Nesse contexto, a reflexão sobre o currículo e o PPP se faz necessária para a realização de ajustes nas práticas.
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Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.
Referências
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: https://bit.ly/3teQeMS. Acesso em: 8 mar. 2021.
BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. Brasília, DF: MEC, 2014. Disponível em: https://bit.ly/3wXcflK. Acesso em: 8 mar. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Monitoramento do uso dos Indicadores da Qualidade na Educação Infantil. Brasília, DF: MEC, 2011.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Parâmetros Nacionais de Qualidade da Educação Infantil. Brasília: MEC, 2018.