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POLÍTICAS PÚBLICAS E LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL –
A LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL BRASILEIRA 

Sueli Helena de Camargo Palmen

Fonte: Shutterstock.

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PRATICAR PARA APRENDER

Olá! Nesta seção estaremos conversando sobre A Legislação Educacional Brasileira, abordando a hierarquia da Legislação no Brasil, as normas legais quanto à tramitação da legislação educacional e compartilhamento de responsabilidades entre entes federados, ou seja, entre Distrito Federal, Estados, municípios e federação, relativos à implementação das Políticas Educacionais.

Aqui estaremos retomando a trajetória histórica da educação brasileira, visando demonstrar o quanto os aspectos sociais, políticos e econômicos influenciam na concepção da educação e o quanto influenciam na elaboração de leis que norteiam as Políticas Públicas.

Nesta seção, focalizaremos os aspectos legais atuais que orientam e regulamentam o Sistema Educacional brasileiro, com destaque para a Constituição Federal (CF), de 1988, e sua influência na educação brasileira, e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, (LDB nº 9394/1996) e o seu papel na estruturação da educação básica.

Vale destacar que, ao final desta seção, espera-se que você compreenda o papel da legislação educacional para a organização e o funcionamento da Educação Nacional, favorecendo a reflexão acerca da ação educativa.

Qual a visão de Educação presente em nossa atual Constituição Federal? Você já parou para fazer essa análise e verificar sua relação com as Políticas Educacionais que temos vivenciado?

Como você está se preparando para ser um futuro educador, é fundamental conhecer mais sobre o funcionamento da Educação no Brasil, por isso, adote a postura de um educador pesquisador e busque conhecer nossa legislação educacional, com destaque para a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996.

O contexto de aprendizagem apresentado busca aproximar você da realidade de seu campo de trabalho. Lembre-se de que, embora seja uma narrativa hipotética, é um exercício que mobiliza conhecimentos promovidos nesta disciplina, conectando-os com as situações da prática educacional e tornando-os mais compreensíveis e significativos.

Em um final de semana, João estava na escola pública de ensino fundamental “Construindo o Futuro”, onde está estagiando, e enquanto organizava os espaços para a utilização da comunidade, recebeu um grupo de pais preocupados com alguns boatos que estão circulando na comunidade. Ouviram dizer que a escola será municipalizada e estão preocupados com o destino de seus filhos. Muitos professores têm comentado que no próximo ano letivo talvez não estejam mais na escola e não sabem se as turmas serão mantidas, ou se haverá alguma reestruturação, portanto, o futuro dos empregos também é incerto, o que tem ocasionado grande insegurança e a mobilização da comunidade. Diante dos comentários, os pais procuraram João para verificar essas informações e juntos pensarem numa mobilização.

Durante a conversa com João, alguns pais acabam expondo que estão inseguros, pois temem que a escola feche no bairro, além de não acreditarem que o município consiga manter a escola funcionando no mesmo padrão que o Estado.

João ouve todas as dúvidas da comunidade para, em um segundo momento, poder orientar e propor ações.

Entre as principais dúvidas pontuadas pelos pais estão:

Nesse momento, você, futuro educador, deve ocupar o lugar de João e propor ações para resolver essa situação-problema apresentada. Descreva hipoteticamente quais seriam as possíveis ações de João.

Vamos juntos conhecer mais sobre o histórico e funcionamento da Educação no Brasil?

Um excelente estudo!

CONCEITO-CHAVE

Olá! Vamos conversar nesta seção sobre a Legislação Educacional brasileira recuperando, de forma breve, o percurso histórico da educação no Brasil, focando o papel das regulamentações para sua organização e funcionamento.

Na atualidade, quando falamos em Educação, logo nos vem à mente a ideia de um projeto de sociedade e de formação humana, assim, analisamos aspectos que a influenciam como: a cultura, a economia e a política em vigor.

A partir da visão de Educação e do contexto sociopolítico, teremos Legislações que regulamentaram sua implementação.

Hierarquia da Legislação no Brasil

Pensando na hierarquia das leis, cabe destacar que, no Brasil, vigora o princípio da Supremacia da Constituição, ou seja, as normas constitucionais estão num patamar de superioridade em relação às demais leis, servindo de fundamento de validade para estas.

Pensando na normatização e nessa hierarquia, Bittencourt e Clementino (2012) pontuam que podemos pensar em três grupos de normas legais:

Quadro 1.2 | Normas legais
Normas constitucionais
  • Constituição Federal (05/10/88)
  • Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT)
  • Emendas Constitucionais (nem tudo pode ser alterado, sendo que devem ser respeitadas as cláusulas Pétreas)
  • Tratados e Convenções internacionais sobre Direitos Humanos
Normas infraconstitucionais
  • Lei Complementar – as hipóteses de regulamentação da constituição por meio de lei complementar estão taxativamente previstas na CF.
  • Lei Ordinária – o campo por elas ocupado é residual, ou seja, tudo o que não for regulamentado por lei complementar, decreto legislativo, resoluções, será regulamentado por lei ordinária.
  • Lei Delegada – é a espécie normativa utilizada nas hipóteses de transferência da competência do Poder Legislativo para o Poder Executivo.
  • Medida provisória.
  • Decreto Legislativo.
  • Resolução.
Normas infralegais
  • Decretos – são expedidos pelo Presidente de República, para dar fiel execução a uma lei já existente.
  • Portaria – é o instrumento pelo qual Ministros ou outras autoridades de alto escalão expedem instruções sobre procedimentos relativos à organização e ao funcionamento de serviços e, ainda, podem orientar quanto à aplicação de textos legais.
  • Instrução Normativa
    Fonte: adaptado de Bittencourt e Clementino (2012)

É fundamental destacar que não há hierarquia entre as normas de um mesmo grupo, o que existe é campo de atuação diferenciado, específico entre essas normas que compõem o mesmo grupo.

O que existe também é hierarquia entre os grupos, sendo que as normas constitucionais são hierarquicamente superiores às normas infraconstitucionais, que são hierarquicamente superiores às normas infralegais.

Pensando na organização e no funcionamento da educação brasileira, o caminho histórico que constituiu nossa realidade educacional é longo e pautado em leis que revelam cenários sociais, políticos e econômicos.

Antecedentes históricos da Legislação Educacional e Políticas Públicas

Neste momento, futuro educador, resgataremos o histórico da educação brasileira para compreendermos sua forma de organização e funcionamento, compreendendo o momento em que a Legislação Educacional passou a compor sua história.

De acordo com Freitag (1980), para compreendermos melhor a organização da Educação brasileira podemos dividi-la em três períodos históricos, cada qual com uma perspectiva política e que revela interesses sociais e econômicos do período em que abrangem. São eles:

1º período (1500 a 1930)

Podemos dizer que o 1º período da história da Educação Brasileira iniciou-se com a chegada dos jesuítas no Brasil, no período colonial português, sendo “Regimentos” o primeiro documento que marcou a política educacional daquele momento, assinado por Dom João III, em 1548. Quando Manuel da Nóbrega chegou no Brasil, em 1549, iniciou-se o ensino na colônia, sendo este pautado na catequese, sob o comando dos jesuítas e com a manutenção financeira da coroa portuguesa.

Já em 1564, foi criado o primeiro sistema de cobrança de impostos que previa a aplicação de 10% da arrecadação para a manutenção dos colégios jesuíticos, ou seja, para a Educação na colônia, a qual se caracterizava como religiosa, sendo o ensino ministrado pelos jesuítas. Embora os recursos financeiros fossem de origem pública, a infraestrutura, os materiais pedagógicos, os agentes educacionais (jesuítas), as normas disciplinares e diretrizes pedagógicas eram de domínio privado, ou seja, sob o controle dos jesuítas.

Em 1759, o Marquês de Pombal rompe com os jesuítas da Companhia de Jesus, dando início a uma nova fase na educação brasileira, marcada pela “Reforma Pombalina”, que vigorou de 1759 a 1827, fase a qual podemos considerar como um ensaio da educação pública estatal.

Quando os jesuítas foram expulsos do Brasil, apenas uma ínfima parcela da população acessava as escolas, pois o acesso era restrito. Como pontua Marcílio (2005, p. 3), “estavam excluídas as mulheres (50% da população), os escravos (40%), os negros livres, os pardos, filhos ilegítimos e crianças abandonadas”.

Com o fechamento dos colégios jesuíticos em 1759, iniciaram-se as “aulas régias” mantidas pela Coroa e para as quais se criou um novo imposto em 1772, o “subsídio literário”. Em termos educacionais, cabe destacar que as reformas pombalinas romperam com as ideias religiosas, baseando-se em ideias laicas em termos de instrução, iniciando uma nova forma de “educação pública estatal” (SAVIANI, 2008).

Com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808, foi preciso implementar o Ensino Superior com o intuito de garantir o acesso aos serviços que anteriormente tinham na Europa: assim nasce o ensino superior baseado no modelo de instituto isolado e de natureza profissionalizante, elitista, apenas para atender aos filhos da aristocracia colonial, que não mais tinham acesso às academias europeias, sendo forçados a cursar estudos superiores por aqui mesmo, no Brasil. A primeira faculdade de medicina é criada em Salvador, em 1808: FAMEB – Faculdade de Medicina da Bahia (SOUZA, 1997).

Com a independência do Brasil em 1822, instaurou-se o Primeiro Império, política esta que estabeleceu, a partir de 1827, uma nova diretriz educacional que instituiu as escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos. Em 1834, o Ato Adicional à Constituição do Império colocou o ensino primário sob a responsabilidade das Províncias, desobrigando o Estado Nacional a cuidar desse nível de ensino. 

É possível ver que desde os primeiros tempos de nossa história, a consolidação de uma Educação Nacional tem sido um desafio, principalmente em termos de educação pública e sua responsabilização como um bem nacional. Cabe destacar que as províncias não apresentavam estrutura financeira para financiar o ensino de forma local.

De 1889 a 1930, ou seja, durante a Primeira República, o ensino no Brasil continuou estagnado, com grande número de analfabetismo, correspondendo a mais da metade da população brasileira. Cabe destacar nesse período, como retoma Freitag (1980), foram criadas escolas superiores e escolas primárias e secundárias, o que ampliou o número de estabelecimentos, mas não o número de oportunidades educacionais, mantendo o sistema educacional elitista e excludente.

O grande marco expansionista e de investimentos foi sentido no ensino superior, pois muitas escolas superiores foram criadas nesse momento de nossa história, focando a formação de profissionais liberais, atendendo aos interesses da classe dominante visando sua manutenção no poder.

Em termos econômico, político e social, é importante recuperarmos que durante a Primeira República o Brasil vivenciou um momento de efervescência cultural que marcou as transformações sociais do século XX. Em 1922, a Semana da Arte Moderna foi um marco para a cultura brasileira. As inovações apresentadas naquele momento histórico geraram um entusiasmo em termos educacionais, levando a um “otimismo pedagógico”.

A partir disso, as reflexões acerca da escola primária aumentaram, contudo, somente após a Primeira Guerra Mundial que a política educacional passou a ser revista no Brasil.

2º período (1930 a 1960)

Nos anos de 1930, surge um movimento conhecido como “Movimento Escolanovista” formado por educadores como Anísio Teixeira, Lourenço Filho, Fernando de Azevedo e Francisco Campos, que juntos buscavam renovar o ensino, organizando um manifesto, o qual seria conhecido mais tarde como “Manifesto dos Pioneiros da Educação”.

Esse manifesto denunciava o atraso do sistema educacional brasileiro e evidenciava a necessidade de ampliação da educação para toda a população, dando destaque à educação escolarizada. Enfim, o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova surgiu em 1932 contendo uma nova proposta pedagógica e trazendo em seu bojo uma proposta de reconstrução do sistema educacional brasileiro, demandando por uma Política Educacional do Estado (PIANA,2009).

Cabe recuperar aqui que, em 1929, a economia mundial sofreu com a quebra da Bolsa de Nova Iorque, e no Brasil a crise foi sentida em 1930, pois como nossa economia era agrícola, a superprodução do café, nosso principal produto de exportação, fez com que os preços sofressem uma queda no mercado internacional, o que ocasionou um colapso em nossas finanças públicas.

Nesse momento de nossa história republicana, o governo de Getúlio Vargas adotou medidas para diminuir o prejuízo dos cafeicultores em decorrência da crise e restringiu as importações dos bens de consumo, o que favoreceu e fortaleceu nossa produção industrial.

Portanto, somente no 2º período da História de Educação brasileira, ou seja, de 1930 a 1960, com o avanço da industrialização e urbanização que a pressão para uma maior escolarização se tornou uma demanda política e social, exigindo uma nova condição em termos de investimentos.

Você, futuro educador, consegue perceber, a partir dessa contextualização histórica, o quanto a economia pode influenciar nos rumos das Políticas Educacionais?

De um país agroexportador, o Brasil passa a se configurar também como um país com potencial industrial, da qual emergiu um novo grupo econômico: a burguesia urbano-industrial.

O País foi assumindo desta forma, uma política de industrialização e, consequentemente, esta mudança evidenciou uma reestruturação no seio da sociedade política e da sociedade civil, pois ao lado dos aristocratas e latifundiários do café, emergiu a burguesia financeira e industrial, e o operariado também sofreu ampliações.

(FREITAG, 1980, p. 50)

Esse período foi marcado por grandes transformações no campo educacional brasileiro, pois se desenhou uma possibilidade de democratização no ensino, fruto das ideias dos “Escola Novistas”: Anísio Teixeira, Lourenço Filho, Fernando de Azevedo e Francisco Campos, pautados na concepção de “escola ativa” de Dewey.

Não podemos deixar de frisar que em 1930 criou-se o Ministério da Educação e Saúde, com a função de orientar e coordenar as reformas educacionais que aconteceriam adiante, entre as quais estavam a Reforma Francisco Campos, que integrou as escolas primária, secundária e superior e elaborou o estatuto da universidade brasileira. Através da Reforma Francisco Campos, a Política Educacional brasileira introduziu o ensino primário gratuito e obrigatório e o ensino religioso facultativo.

A Constituição de 1937 incorporou as indicações dessa reforma educacional e, visando fortalecer a industrialização nacional, introduziu o ensino profissionalizante na lei como obrigatório para as indústrias e sindicatos, os quais deveriam criar escolas na esfera de sua especialidade para os filhos de seus operários ou associados a fim de prepará-los para o trabalho nas indústrias.

É nesse cenário político e legalista que no ano de 1942 foi criado o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e, em 1946, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC).

Outra reforma que marcou a história da educação brasileira foi a Reforma Capanema, em 1942, relativa ao ensino secundário (PIANA, 2009).

3º período (1960 em diante)

Em 1946 foi promulgada uma nova Constituição, e juntamente com esse novo cenário político marcado pela redemocratização do Brasil, pós-Segunda Guerra Mundial (1945), baseado num Estado populista desenvolvimentista, é que surgem, no campo da educação, movimentos em favor da escola pública, universal e gratuita que culminam, em 1961, na promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no Brasil: Lei nº 4.024/1961.

Essa foi nossa primeira LDB – Lei de Diretrizes e Bases. De acordo com essa lei, o ensino no Brasil de nível primário poderia ser ministrado pelo setor público e privado, extinguindo a obrigatoriedade do ensino gratuito, o que permitia a subvenção estatal de estabelecimentos de ensinos particulares através de bolsas de estudo e empréstimos.

Dentro da Política Educacional brasileira, a LDB se configurou como uma das medidas que marcou os rumos da educação no Brasil. Vale destacar que entre 1961 a 1963, o Brasil foi marcado por várias mudanças no campo político, social e econômico que, por sua vez, impactaram na educação nacional, considerando que o índice de analfabetos revelava as desigualdades, não apenas educacionais, mas também sociais e econômicas.

Com o início da ditadura militar, em 1964, o Estado ampliou o sistema de ensino, inclusive o superior e estendeu o ensino obrigatório de quatro para oito anos. Contudo, cabe destacar que nesse período os movimentos sociais passam a se organizar para demandar a implementação de Políticas que respondessem suas necessidades enquanto Políticas Públicas.

Quanto ao problema do analfabetismo, é nesse período de nossa história da Educação que desponta o educador Paulo Freire, que, com seu método pedagógico de alfabetização, compreendia a Educação como prática da libertação e da conscientização política por meio da prática da leitura e da escrita, como veremos mais adiante.

Legislação Educacional

As forças sociais tiveram um papel preponderante para o retorno da democracia enquanto política brasileira. Durante o período da transição do autoritarismo para a democracia, as propostas educacionais foram foco de discussão entre diferentes setores sociais, os quais funcionaram como grupos de pressão para a formulação da Constituição de 1988, que, por sua vez, expressa a política educacional do Brasil contemporâneo.

A Constituição Federal de 1988, promulgada após amplo movimento de redemocratização do País, marca um novo período. Ampliam-se as responsabilidades do Poder Público e da sociedade em geral para com a educação, a partir das novas demandas do mundo moderno e globalizado, em atendimento ao ideário neoliberal. Essa Lei apresenta o mais longo capítulo sobre a educação de todas as Constituições Brasileiras, pois apresenta dez artigos específicos (art. 205 a 214) que detalham a matéria, que também figura em quatro artigos do texto constitucional (Art. 22, XXIV; 23, V; 30, VI e Art. 60 e 61 das Disposições Transitórias.

(PIANA, 2009, p.73)

Com promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988, temos uma nova realidade brasileira pautada numa ordem política que declara, como um de seus princípios, a descentralização político-administrativa garantindo à sociedade o direito de formular e de controlar políticas, redimensionando relações entre Estado e sociedade civil. Entre as conquistas afirmadas na referida legislação estão:

A Constituição Federal de 1988 fez emergir também a ideia de Plano Nacional de Educação, apontando sua necessidade.

A ideia de um “Plano Educação” existia desde a década de 1930 no Brasil, porém, apenas planos menores e pontuais aconteceram desde então. A ideia de um Plano Nacional de Educação ganhou força com a Constituição de 1988, que em seu artigo 214 destacou:

Art. 214. - A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a:
I – Erradicação do analfabetismo;
II – Universalização do atendimento escolar;
III – Melhoria da qualidade do ensino;
IV – Formação para o trabalho;
V – Promoção humanística, científica e tecnológica do País.
VI – Estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto. 

(BRASIL, 1988)

A regulamentação da previsão constitucional do Plano Nacional de Educação (PNE) aconteceu em 1996, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394/1996.

Vale destacar aqui que o PNE é um plano de Estado, não um plano de governo, portanto, seu processo de elaboração pode acontecer em diferentes instâncias: federal, estadual e municipal, originando os Planos Estaduais e Municipais em conexão com o PNE, cuja vigência no Brasil é de dez anos.

De acordo com a LDB nº 9.394/1996, o PNE seria elaborado pela União, com colaboração dos demais entes federativos (estados, municípios e Distrito Federal), pois, segundo a Constituição Federal brasileira, a Educação é responsabilidade compartilhada. O artigo 211 da CF reforça essa ideia.

Conforme pontua o referido artigo, cabe aos Municípios prioritariamente o ensino fundamental e a educação infantil; aos Estados e ao Distrito Federal compete prioritariamente o ensino fundamental e médio; e destaca ainda que a verba destinada à educação será redistribuída entre a União e os entes federativos.

O Quadro 1.3 apresenta a organização e o funcionamento da Educação Nacional com a LDB.

Quadro 1.3 | Organização e funcionamento da LDB
LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/1996 Níveis e Modalidades de ensino
EDUCAÇÃO BÁSICA Educação Infantil: creche e pré-escola
Ensino Fundamental
Ensino Médio
ENSINO SUPERIOR Graduação
Pós-Graduação
Fonte: adaptado de Brasil (1996).

Vale retomar que a primeira LDB foi promulgada em 1961 (Lei nº 4.024/1961) e apresentava outra configuração em termos organizacionais.

Pela Lei nº 9.394/1996, o governo passou a assumir a política educacional como tarefa de sua competência, descentralizando sua execução para Estado e municípios. A Política de Avaliação da Educação em todos os níveis de ensino também passou a ser exercida, buscando um “controle” do sistema escolar.

Assim, nos anos de 1990, o tema “descentralização” ganhou um local de destaque na Educação brasileira, acompanhado da “gestão democrática”, no sentido de possibilitar a participação de diferentes atores no processo educativo, inaugurando, como pontua Piana (2009), o sentido democrático da prática social da educação.

No quadro a seguir, você, futuro educador, pode rever alguns marcos da História da Educação no Brasil, apresentados nesta seção, visando favorecer a compreensão acerca do processo histórico que tem permeado as Políticas Educacionais e as legislações que fundamentaram em nosso país.

Quadro 1.4 | Marcos na História da Educação no Brasil – “linha do tempo”
Período Jesuítico
(1549–1759)
  • Em 1549, chega ao Brasil o primeiro grupo de padres jesuítas, chefiados por Manoel da Nóbrega.
  • Início “formal” da Educação no Brasil.
Período Pombalino (1760-1808)
  • Expulsão dos jesuítas do Brasil, em 1759, e a destruição do único sistema de ensino.
  • As Reformas Pombalinas no campo da educação introduziram as chamadas “aulas régias”: estudos autônomos e isolados de Latim, Grego, Filosofia e Retórica.
  • Cada disciplina possuía um professor único e as matérias não se articulavam uma com as outras.
Período Joanino
(1808–1821)
  • Mudança da Família Real para o Brasil em 1808.
  • D. João VI refunda a academia militar que havia (atual Academia Militar das Agulhas Negras) e cria duas escolas de medicina – uma no Rio de Janeiro e outra em Salvador.
Período imperial
 (1822-1889)
  • D. João VI volta a Portugal em 1821.
  • D. Pedro I proclama a Independência do Brasil em 1822.
  • A primeira Constituição brasileira é outorga em 1824.
  • Essa lei dizia que a “instrução primária é gratuita para todos os cidadãos”.
República Velha
 (1889-1929)
  • Proclamou-se a República no sistema presidencialista em 1889.
  • Na organização escolar, percebe-se como princípios orientadores a liberdade e laicidade do ensino, como também a gratuidade da escola primária.
Segunda República
(1930-1936)
  • Revolução de 1930 marca a entrada do Brasil no modelo capitalista de produção e o primórdio do investimento na produção industrial.
  • Há necessidade de uma mão de obra especializada sendo preciso investir na educação.
  • Criação do Ministério da Educação e Saúde Pública em 1930.
  • Em 1931, decretos organizam o ensino secundário e as universidades brasileiras ainda inexistentes. Esses decretos ficam conhecidos como “Reforma Francisco Campos”.
Estado Novo
(1937-1945)
  • Em 1937, a Constituição outorgada com tendências fascistas, com orientação político-educacional para o mundo capitalista:
    • Enfatiza o ensino pré-vocacional e profissional.
    • Propõe que a arte, a ciência e o ensino sejam livres à iniciativa individual tirando do Estado o dever da educação.
    • Mantém a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino primário.
República Nova
 (1946-1963)
  • Nova Constituição em 1946.
  • Na área da Educação, determina-se a obrigatoriedade de se cumprir o ensino primário e volta o preceito de que a educação é direito de todos.
  • Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961 - prevalece as reivindicações da Igreja Católica e dos donos de estabelecimentos particulares de ensino, confrontando com o dever do Estado para a oferta da educação aos brasileiros.
Ditadura Civil-Militar
(1964-1985)
  • Em 1964, o Golpe militar aborta todas as iniciativas de se revolucionar a educação brasileira.
  • Nesse período, deu-se a expansão das universidades no Brasil.
  • Criou-se o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) visando erradicar o analfabetismo.
  • Em 1971, é instituída a Lei nº 5.692: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, focando a formação educacional com um cunho profissionalizante.
Nova República
(pós-ditadura - a partir de 1985)
  • Fim do Regime Militar em 1985.
  • Constituição Federal aprovada em 1988 dentro dos princípios democráticos, reconhecendo a Educação como direito subjetivo de todos.
  • Declaração Mundial sobre Educação para Todos é aprovada, em 1990, na Tailândia.
  • Promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/1996), que estipulou a formação do docente em nível superior e colocou a Educação Infantil na posição de etapa inicial da Educação Básica.
  • Entra em vigor o Plano Nacional de Educação (2001-2011).
  • Novo Plano Nacional de Educação (2014-2024).
Fonte: adaptado de Freitag (1980) e Aranha (1989).
Assimile
  1. Aulas régias: durante o período do Brasil colônia, essa modalidade de aula foi implementada e concentrava o ensino correspondente ao nível secundário, em especial às classes de latim. A responsabilidade do Estado limitava-se ao pagamento do salário do professor e às diretrizes curriculares da matéria a ser ensinada, deixando a cargo do próprio professor a provisão das condições materiais relativas ao local, geralmente sua própria casa, e a sua infraestrutura, assim como aos recursos pedagógicos a serem utilizados no desenvolvimento do ensino.
  2. Associação Brasileira de Educação (ABE): criada em 1924 por educadores, intelectuais, políticos e figuras de expressão da sociedade brasileira, impulsionou as discussões em torno dos problemas educacionais. Por meio dessa organização, eram promovidos cursos, palestras, semanas da educação e conferências, principalmente as Conferências Nacionais de Educação. Entre 1927 a 1929, foram realizadas três grandes Conferências Nacionais de Educação, ocorridas em Curitiba, Belo Horizonte e São Paulo. Foi por meio dessas Conferências que surgiu. em 1932. o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, contendo uma nova proposta pedagógica e trazendo em seu bojo uma proposta de reconstrução do sistema educacional brasileiro.
  3. Plano Nacional de Educação (PNE): é uma lei brasileira que estabelece diretrizes e metas para o desenvolvimento nacional, estadual e municipal da educação. O Plano vincula os entes federativos às suas medidas e os obriga a tomar medidas próprias para alcançar as metas previstas. Também podemos considerar o Plano Nacional de Educação como um documento editado periodicamente e que compreende desde diagnósticos sobre a educação até a proposição de metas, diretrizes e estratégias para o desenvolvimento da Educação. 
Reflita

Quando falamos em Educação, você considera necessário compreender as políticas que a sustentam?

Você acredita que o cenário econômico determina os rumos das Políticas Educacionais?

Exemplificando

Quando falamos em PNE, por exemplo, vale destacar que ele é composto por várias metas. O atual PNE, Lei nº 13.005 aprovada em 2014, apresenta 20 metas e tem a duração decenal (2014-2024).

A meta 1, por exemplo, refere-se à Educação Infantil: “universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE”.

Assim, como apresentamos aqui a meta 1, você pode acessar o Plano Nacional e conhecer todas as metas para a Educação Nacional.

Estamos chegando ao final de mais uma seção da disciplina “Funcionamento da Educação Brasileira e Políticas Públicas”, lembrando que nosso foco foi resgatar a trajetória histórica da Educação Brasileira, focando a hierarquia das leis e da ação da legislação na normatização da Educação Nacional.

Nesse contexto, vimos o papel da Constituição como lei maior do país dentro dos princípios democráticos, embasando as demais legislações em termos normativos, bem como pontuando o papel dos entes federados e as responsabilidades de cada um na organização da Educação em regime de colaboração, como prevê a Carta Magna, ou seja, a Constituição Federal do Brasil.

Seguiremos conversando sobre o cenário político, econômico e social, pois vemos o quanto cada um deles interfere na formulação das Políticas Públicas, dando ênfase à atual legislação educacional, as quais configuram a Política Educacional.

Conto com você nessa caminhada! Vamos em frente!

FAÇA VALER A PENA

Questão 1

Para falarmos da organização e do funcionamento da Educação é importante conhecermos as legislações que a regulamentam e destacar que existem hierarquias entre as leis, vigorando o princípio da Supremacia da Constituição, ou seja, segundo o qual as normas constitucionais estão num patamar de superioridade em relação às demais leis. Pensando na normatização e nessa hierarquia, é importante destacarmos que existem três grupos de normas legais: Normas constitucionais, Normas infraconstitucionais e Normas infralegais.

Leia as afirmações a seguir e analise se são verdadeiras.

  1. Podemos afirmar que não há hierarquia entre as normas de um mesmo grupo, o que existe é campo de atuação diferenciado, específico entre essas normas que compõem o mesmo grupo.
  2. Existe hierarquia entre os grupos, sendo que as normas constitucionais são hierarquicamente superiores às normas infraconstitucionais, que são hierarquicamente superiores às normas infralegais.
  3. A organização e o funcionamento da Educação brasileira se fundamentam em Normas infralegais.

Indique a alternativa que apresenta a resposta correta.

Correto!

Considerando que temos três grupos de leis e que existe hierarquia entre eles, com a supremacia das normas Constitucionais, cabe destacar que no interior de um mesmo grupo de leis não há hierarquia, o que existe é campo de atuação diferenciado específico entre essas normas que compõem o mesmo grupo, lembrando que as normas constitucionais estão acima das demais normas. Quando falamos em organização e funcionamento da Educação brasileira, devemos considerar sua regulamentação constitucional, ou seja, as Normas Constitucionais.

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

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Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Questão 2

Em termos econômico, político e social, é importante recuperarmos que durante a Primeira República o Brasil vivenciou um momento de efervescência cultural, que marcou as transformações sociais do século XX. Em 1922, a Semana da Arte Moderno foi um marco para a cultura brasileira. As inovações daquele momento histórico geraram um entusiasmo em termos educacionais, levando a um “otimismo pedagógico”.

Diante do contexto apresentado, analise as afirmações a seguir e coloque V (para Verdadeiro) ou F (para Falso):

  • (  ) Durante a primeira República, de 1889 a 1930, foram criadas escolas superiores e escolas primárias e secundárias, que ampliou o número de estabelecimentos, mas não o número de oportunidades educacionais, mantendo o sistema educacional elitista e excludente.
  • (  ) Nos anos de 1930, surgiu um movimento conhecido como “Movimento Escolanovista”, formado por educadores que juntos buscavam renovar o ensino, organizando um manifesto, o qual seria conhecido mais tarde como “Manifesto dos Pioneiros da Educação”.
  • (  ) O Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova surgiu em 1932 com uma nova proposta pedagógica e trazendo em seu bojo uma proposta de elitização do sistema educacional brasileiro.
  • (  ) Durante a Primeira República, o ensino no Brasil continuou estagnado, com grande número de analfabetismo, o que correspondia a mais da metade da população brasileira.

Assinale a alternativa que apresenta a ordem correta, de cima para baixo.

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Correto!

Durante a primeira República, ou seja, de 1889 a 1930, era grande o analfabetismo no Brasil.

Embora tenham sido criadas escolas superiores, escolas primárias e secundárias, ampliando o número de estabelecimentos, não se ampliou as oportunidades educacionais. Diante desse contexto, surge um movimento de educadores que tinham como proposta renovar a educação brasileira, rompendo com o elitismo do sistema. Esse movimento conhecido como “Movimento Escolanovista” lançou o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, em 1932, visando inovar a educação e democratizá-la para a população brasileira.

Questão 3

Com promulgação da Constituição Federal do Brasil, em 5 de outubro de 1988, temos uma nova realidade brasileira, pautada numa ordem política que declara, como um de seus princípios, a descentralização político-administrativa, garantindo à sociedade o direito de formular e de controlar políticas, redimensionando relações entre Estado e sociedade civil. Quanto às propostas educacionais, a Constituição Federal traz a democratização como marca para as Políticas Educacionais.

Leia as afirmações a seguir e analise se são verdadeiras.

  1. A Constituição de 1988 trouxe a concepção da educação como direito público subjetivo.
  2. A Constituição de 1988 trouxe o princípio da gestão democrática do ensino público.
  3. A Constituição de 1988 pontuou o dever do Estado em prover creche e pré-escola às crianças de 0 a 5 anos de idade.
  4. A Constituição de 1988 considera o ensino fundamental obrigatório e gratuito inclusive para os que a ele não tiveram acesso em idade própria.

Indique a alternativa que apresenta a resposta correta.

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Correto!

A Constituição de 1988 é a constituição cidadã que concebe a educação como direito público subjetivo, na qual a gestão é democrática e há a ampliação da educação como direito, desde a educação infantil até seu acesso para aqueles que não tiveram acesso na idade própria, colocando o ensino fundamental como obrigatório e gratuito.

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Referências

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