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Praticar para aprender
Todos sabemos que a educação é um processo dinâmico e que sofre inúmeras interferências todos os dias. Demandas emergenciais aparecem, mudança de rotas, replanejamentos e uma busca constante para aproximar as práticas escolares do contexto dos estudantes.
Sendo tudo tão flexível, é inconcebível pensarmos na formação do professor como algo engessado e que se finda com a conclusão de sua licenciatura.
É necessário considerar a formação continuada em diversos momentos e, dada sua importância, programas organizados pelo governo buscam investir nesse processo, considerando-o essencial para a melhoria da qualidade da educação.
Para professores alfabetizadores, cursos específicos que potencializam essa prática. Se temos as tecnologias como necessidade, formação específica para o uso dessas ferramentas e assim, muitas propostas ficam à disposição dos professores.
Além das propostas oficialmente disponíveis, outros cursos podem ser realizados para aprofundar aprendizagens, conhecer novas metodologias, experimentar situações de aprendizagem que possam despertar ainda mais o interesse dos alunos. Uma busca individual com investimento em sua carreira é necessária para muitas ações, principalmente se considerarmos a contemporaneidade e todas as transformações sociais que impactam diretamente na escola.
É necessário considerar que alguns conceitos, historicamente construídos, se mantém, representando eixos estruturais para toda educação, compõe sua história e fazem parte da formação inicial do professor. Porém, se pensarmos, por exemplo, nas práticas alfabetizadoras, tínhamos as cartilhas sendo utilizadas em todas as escolas. Considerava-se a decodificação como aprendizagem central e a memorização das famílias silábicas compunham as ações do professor.
Com a perspectiva do letramento sendo implantada, tivemos uma mudança significativa, e ela não esteve presente na formação do professor. Nesse sentido, a formação continuada oferta as aprendizagens essenciais para que as práticas sejam desenvolvidas a partir da relação com o contexto, com as palavras do dia a dia das crianças em uma concepção construtivista.
Esse é apenas um exemplo que evidencia a necessidade de uma formação permanente e continuada, capaz de ressignificar as práticas pedagógicas para as aprendizagens dos alunos.
Conforme apresentado em nosso estudo nesta unidade, são muitas demandas que exigem do professor uma atualização constante. O saber da disciplina, adquirido ao longo da formação inicial, não é suficiente para acompanhar todas as mudanças e aproximar-se dos contextos. Temos então a necessidade de buscar a formação continuada como forma de aperfeiçoar as práticas pedagógicas a fim de desenvolver competências e habilidades favoráveis à construção de aprendizagens significativas.
Pensando nessas questões, seu primeiro passo na resolução dessa situação-problema é pensar na seguinte competência:
Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.
Ela está inserida na BNCC como uma das dez competências gerais e, sendo assim, permeia todas as áreas do conhecimento.
Além disso, a BNCC também enfatiza:
o incremento da consideração das práticas da cultura digital e das culturas juvenis, por meio do aprofundamento da análise de suas práticas e produções culturais em circulação, de uma maior incorporação de critérios técnicos e estéticos na análise e autoria das produções e vivências mais intensas de processos de produção colaborativos.
De que forma o trabalho do professor possibilita o desenvolvimento dessa competência? Como inserir e potencializar a cultura digital no dia a dia dos estudantes?
Para responder a essa pergunta você deve pensar nas possibilidades de ação nos espaços escolares, considerar a formação inicial e continuada do professor e explicar, por meio de uma atividade pedagógica, como essa aprendizagem pode ser construída.
Sua missão será a partir da habilidade apresentada a seguir:
- Identificar a ação cognitiva.
- Selecionar o objeto de conhecimento que será trabalhado.
- Elaborar uma experiência de aprendizagem que inclua a cultura digital na prática dos alunos.
Habilidade: (EF05GE05) Identificar e comparar as mudanças dos tipos de trabalho e desenvolvimento tecnológico na agropecuária, na indústria, no comércio e nos serviços.
Considere o impacto do desenvolvimento tecnológico na vida das pessoas, trazendo elementos do dia a dia para investigação na situação de aprendizagem que você vai propor.
Lembre-se que a cultura digital está presente de diversas formas, seja nos espaços formais ou não formais. A diferença é que, muitas vezes, ela favorece o acesso à informação e, com o seu uso, precisamos potencializar a construção do conhecimento.
Para isso, como apresentamos anteriormente, a transposição didática, o planejamento intencional e demais intervenções feitas são essenciais.
A informação muda e com ela a busca pelo conhecimento deve ser constante. Isso fortalece não apenas sua formação pessoal como também possibilita que as crianças sejam beneficiadas, construindo aprendizagens sempre significativas e contextualizadas com situações reais.
conceito-chave
POLÍTICA PÚBLICAS E LEGISLAÇÃO PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
A formação inicial dos professores é marcada pelos cursos de licenciatura ou magistério, enquanto o que chamamos de formação permanente ou continuada ocorre em diversos momentos, objetivando aperfeiçoar práticas e processos escolares em busca da melhoria da qualidade da educação.
Como forma de nortear essas ações, algumas políticas e legislações são organizadas, tendo em vista a importância de uma formação de qualidade para que todos os envolvidos na educação possam ser contemplados.
Desde a formação inicial até a formação continuada, o que temos é a necessidade de um processo constante que favoreça a ampliação do repertório desse profissional.
E por que essa necessidade?
Se pensarmos na formação inicial como requisitos mínimos para lecionar, apenas a conclusão de um curso superior seria suficiente. No entanto, se pensarmos nas necessidades para o exercício de uma prática com qualidade e contextualizada, chegaremos à conclusão de que a aprendizagem do professor é contínua. Temos muitas e constantes mudanças que fazem com que a formação do professor para ampliação do seu repertório adquira essa característica cíclica e de ressignificação a todo momento.
Reflita
Todos os profissionais estão preparados para atender demandas emergenciais? Será que a formação continuada é sempre planejada com tempo adequado para ser experimentada na prática?
Se pensarmos que muitas vezes somos pegos de surpresa, chegaremos à conclusão de que aprendizagens são necessárias a todo momento, nem sempre planejadas e testadas no decorrer de várias situações.
Como exemplo, podemos pensar no contexto remoto que precisou ser mobilizado em função da pandemia causada pelo Corona vírus. As escolas interromperam seu fluxo normal de atividades e tudo precisou ser adaptado, improvisado e colocado em prática com o processo acontecendo. Práticas foram experimentadas e testadas no real. Muitos profissionais buscaram cursos EaD para que novos recursos fossem conhecidos e favorecessem as aprendizagens dos alunos.
Mesmo que em alguns momentos ela não seja planejada, pelo exemplo temos evidenciada sua necessidade em todos os momentos.
O educador é constantemente desafiado a diversificar suas práticas, interagir com o mundo moderno e todos os recursos relacionados às mudanças, que incluem o uso das tecnologias educacionais. Estar em constante formação é uma forma de sanar com essas necessidades, sem esgotá-las, tendo em vista sua ciclicidade.
Entre as propostas organizadas pelo Ministério da Educação para contemplar a necessidade de formação continuada dos professores, temos o PDE, plano de desenvolvimento escolar. Uma proposta de política pública criada como forma de contribuir com a construção de um Sistema Nacional de Educação, previsto desde a LDB.
De acordo com informações do próprio Ministério da Educação,
O Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-Escola) é uma ferramenta gerencial que auxilia a escola a realizar melhor o seu trabalho: focalizar sua energia, assegurar que sua equipe trabalhe para atingir os mesmos objetivos e avaliar e adequar sua direção em resposta a um ambiente em constante mudança (MEC, s/a).
Seus eixos atuam com avaliação, financiamento, gestão democrática e formação e valorização de professores e profissionais da educação.
O PDE, no que diz respeito à formação de professores, possui como ações governamentais os programas de formação de profissionais da educação e a parceria com universidades públicas. O ponto de partida é o diagnóstico que acontece por meio do PDE interativo, fóruns e planos estratégicos para atingir a formação específica em cada Estado.
Um dos principais pontos do PDE é a formação de professores e a valorização dos profissionais da educação. A questão é urgente, estratégica e reclama resposta nacional. Nesse sentido, o PDE promove o desdobramento de iniciativas fulcrais levadas a termo recentemente, quais sejam: a distinção dada aos profissionais da educação, única categoria profissional com piso salarial nacional constitucionalmente assegurado, e o comprometimento definitivo e determinante da União com a formação de professores para os sistemas públicos de educação básica (a Universidade Aberta do Brasil7 – UAB – e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID) .
As ações buscam também alcançar algumas metas previstas no Plano Nacional de Educação. Como exemplo, podemos citar a meta 15: todos os professores da educação básica terem formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam, ou ainda a meta 16, que objetiva formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu e garantir a todos formação continuada em sua área de atuação. Tudo isso para buscar incansavelmente a melhoria da educação em todo território nacional.
Assimile
O documento do Ministério da Educação que trata das ações do PDE está organizado em três tópicos: o primeiro destina-se a tratar as razões e os princípios do PDE. O segundo temos o PDE como programa de ação e o terceiro traz um debate sobre o Sistema Nacional de Educação. Você pode acessar o documento na íntegra a partir do link https://bit.ly/3pfJjQO. Vale a pena conhecer a proposta.
À medida que as demandas sociais mudam, novas ações e propostas passam a fazer parte dos espaços escolares.
O documento BNC formação, por exemplo, está organizado para atender à formação por competências e habilidades propostas pela BNCC para os estudantes da educação básica e, com isso, os professores também são inseridos com formações pautadas nesses mesmos princípios. Em sua organização, temos três competências que são potencializadas na formação e incluem: conhecimento profissional, prática profissional e o engajamento profissional, essenciais para uma atuação profissional engajada e significativa.
Acompanhe outros exemplos no quadro 4.1:
PIBID Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência |
Donec Refere-se a um programa de bolsas de iniciação à docência. Neste programa, alunos de cursos presenciais recebem uma bolsa de estudos desde que realizem o estágio em escolas públicas se comprometendo a atuar nelas depois de formados. Com isso, o programa consegue criar vínculos dos futuros professores com as escolas públicas. |
PROEB Mestrados Profissionais para Qualificação de Professores da Educação Básica |
O Proeb tem como proposta ofertar a formação continuada para professores da rede pública em busca da melhoria da educação. Os cursos contam com o apoio da CAPES e acontecem no âmbito da Universidade Aberta do Brasil. |
PNAIC Pacto Nacional para alfabetização na idade certa |
O objetivo desta proposta é auxiliar os professores que atuam no ciclo de alfabetização, possibilitando que as práticas planejadas possam fortalecer os processos de alfabetização, que devem ser concluídos até o 2º ano do ensino fundamental. O foco, neste caso, é o processo de alfabetização. |
Pacto Nacional para o fortalecimento do Ensino Médio | Usando como eixo estruturante “Os sujeitos do Ensino Médio e a Formação Humana Integral”, o objetivo é promover a melhoria da qualidade do Ensino Médio com a reflexão sobre práticas escolares e, além disso, garantir espaços de discussão e formação dos profissionais atuantes nessa etapa. |
Exemplificando
Além das políticas apresentadas anteriormente, temos algumas possibilidades de formação continuada mais específicas. Como exemplo, podemos citar o PNEM. Você já ouviu falar?
É uma política voltada para a formação de profissionais que queiram aperfeiçoar suas práticas educacionais relacionadas aos museus.
Da mesma forma que citamos essa, enquanto Política Pública mais específica, temos cursos complementares que podem incluir estratégias de metodologias ativas, propostas de educação ambiental, educação matemática, entre outros exemplos.
PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
De acordo com o artigo 62 da LDB temos:
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura plena, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal.
Como forma de atender essa necessidade, muitas parcerias são firmadas, e entre elas temos o Plano Nacional de Formação dos Professores (PARFOR), criado em 2007 a partir de uma parceria entre União, Estados, Municípios e Instituições de Ensino Superior, com o objetivo de garantir a formação de professores que atuam na Educação Básica das escolas públicas e não possuem licenciatura.
As propostas de cursos ofertados na modalidade presencial e EaD consolidam uma Política Pública que garante a formação desses profissionais instituída no Decreto nº 6.755, de 2009, revogado pelo Decreto nº 8.752, de 9 de maio de 2016, que possui, entre os seus princípios, o compromisso dos profissionais com o aprendizado dos estudantes, a garantia do padrão de qualidade, articular teoria e prática, perceber-se como agente fundamental do processo de ensino e aprendizagem, articulação entre os processo de formação com o qual se envolver e, além disso, a promoção continuada da melhorias da gestão educacional.
A proposta pode ser organizada em três eixos principais:
- Primeira licenciatura.
- Segunda licenciatura.
- Bacharéis que buscam atuar no magistério.
Além das três situações apresentadas, temos também a oferta de cursos especiais emergenciais de primeira licenciatura e cursos especiais de formação pedagógica. No que diz respeito à formação pedagógica, os cursos são destinados a intérpretes de libras que não são licenciados e estejam atuando na rede pública.
Foco na BNCC
O Decreto nº 8.752, de 9 de maio de 2016, traz entre seus objetivos “VII - assegurar o domínio dos conhecimentos técnicos, científicos, pedagógicos e específicos pertinentes à área de atuação profissional, inclusive da gestão educacional e escolar, por meio da revisão periódica das diretrizes curriculares dos cursos de licenciatura, de forma a assegurar o foco no aprendizado do aluno”, sendo assim, a BNCC-formação é organizada como uma das formas de atender esse objetivo, possibilitando que os professores atuem em consonância com as competências e habilidades necessárias às aprendizagens dos estudantes.
POLÍTICAS PÚBLICAS DE FORMAÇÃO POR MEIO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A LDB reforça a importância do uso das tecnologias educacionais para a formação de professores. Sabe-se da importância dessa modalidade ser desenvolvida de forma contextualizada, baseada em situações reais, aproximando o profissional do seu campo de atuação. Além disso, não se pode mais conceber propostas pedagógicas que não façam uso das Tecnologias de Informação e Comunicação e isso interfere diretamente na atuação docente.
A partir da regulamentação do PARFOR (Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica), que entre as possibilidades tem a oferta de cursos na modalidade EaD – Educação a Distância, muitas discussões passam a compor o cenário educacional.
Desde a LDB de 1996 temos a EaD instituída como modalidade de ensino, o que fez com que a procura pelos cursos aumentasse significativamente, principalmente as licenciaturas. Isso se deve, em grande parte, ao fato da mesma legislação estabelecer que a Década da Educação deveria ter como objetivo principal garantir a formação e a capacitação de todos os professores que não tinham, até então, habilitação para esta atuação obtida no ensino superior.
Isso resultou em uma grande corrida em busca desses cursos, potencializando a EaD e as licenciaturas.
A partir dessa demanda e como forma de garantir essa formação, o MEC em parceira com a Associação Nacional de Dirigentes de Instituições de Ensino Superior (ANDIFES) e empresas estatais criaram a Universidade Aberta do Brasil (UAB) pelo Decreto nº 5.800, de 8 de junho de 2006.
Assimile
Entre as ações propostas pelo PARFOR, tivemos também a criação do Plano Decenal da Educação (PDE), vinculado ao Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), cujas ações estão voltadas para a formação e valorização dos professores que atuam na Educação Básica.
É nesse cenário de necessidades, planos e políticas públicas que temos o Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, definindo a EaD como
Modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.
Seu uso na formação de professores se fortaleceu no âmbito da UAB, tanto para a formação continuada como para a formação inicial.
A busca não apenas do saber da disciplina como também de práticas transformadoras faz com que a procura por essa modalidade seja cada vez maior, aproximando, entre outras questões, o professor do uso das tecnologias de informação e comunicação percebidas como recursos digitais favoráveis à interação e contextualização de várias práticas.
Exemplificando
Você sabia que a EaD possui diferentes gerações?
Muitas pessoas ainda a associam com o uso que temos na contemporaneidade, mas essa história é bem mais antiga.
- 1ª geração - fase da correspondência.
- 2ª geração - fase do rádio e da TV,
- 3ª geração - fase das universidades abertas.
- 4ª geração - fase das teleconferências.
- 5ª geração - fase do computador e da internet.
A partir do exposto, temos de considerar que a EaD não é tão recente assim. Os primeiros cursos eram feitos por correspondência e atraíam um grande número de estudantes. Em seguida, aparatos como rádio e TV passaram a compor as aulas que ganharam força com as teleaulas e o Telecurso 2000. Os alunos recebiam suas apostilas, assistiam as aulas pela TV ou em polos existentes nas escolas participantes do projeto e tinham uma data específica para fazer suas provas e serem certificados.
Como forma de ampliar esse acesso, incluindo a formação de professores com as Universidades Abertas, chegamos finalmente no modelo de EaD que conhecemos atualmente.
A identidade do professor se constrói pelas experiências acumuladas desde a formação inicial e amplia-se com a formação continuada, aproximando-o das necessidades dos estudantes, e, no caso que acabamos de apresentar, são mediadas pelo uso dos recursos digitais.
POLÍTICAS DE FORMAÇÃO PARA IMPLEMENTAÇÃO DAS TDIC NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA
E por falar em tecnologias da informação e comunicação, elas não apenas precisam ser experimentadas na formação do profissional da educação como também utilizadas por esse profissional em suas ações pedagógicas.
A tecnologia é uma aliada no desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, porém, por si só não consegue construir o conhecimento, fazendo com que a mediação docente seja essencial.
A expansão da internet e o favorecimento da conectividade contribuem para que a informação, rapidamente esteja na palma de nossas mãos. Com um simples clique, nos comunicamos com o mundo, visitamos museus, exposições, parques e temos acesso a uma rede imensa de informações.
Mas então temos muito conhecimento a partir dessa conexão?
A resposta é não. Tudo isso só se torna conhecimento quando conseguimos transpor essas informações para situações do nosso dia a dia, resolvendo problemas reais e usando desses saberes para interagir com o que está à nossa volta.
É nesse sentido que a sociedade da informação e do conhecimento precisam também se conectar.
Foco na BNCC
A BNCC traz, entre as competências gerais, a cultura e o letramento digital.
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. (BRASIL, 2017)
Sendo assim, o professor precisa buscar o engajamento dos estudantes para o desenvolvimento dessa competência. Isso é melhor desenvolvido quando o professor também internaliza essas práticas em sua formação.
A sociedade do conhecimento é mediada pelo uso que faço da informação, que podem ser transformadas em competências e habilidades e, nesse caminho, a ação do professor é um diferencial.
A literatura traz um contexto histórico que mostra a mudança de nomenclatura, aproximando-se dos diferentes momentos e recursos presentes na sociedade. Por muito tempo, o termo TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) foi suficiente para nomear recursos utilizados na educação e que não estão apenas relacionados ao uso do computador. A partir do momento que o conceito se amplia, temos a ideia digital sendo inserida, como o uso da lousa digital, que é uma TDIC (Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação) e não uma TIC apenas.
Temos, então (Figura 4.3):

Vejamos a principal diferença a partir do que temos apresentado na imagem:
- As TICs se referem ao uso de ferramentas tecnológicas como forma de facilitar a comunicação, a transmissão da informação, por exemplo, se tornou possível com o uso da TV, dos vídeos e até mesmo do rádio. Quando pensadas no contexto educacional, são consideradas um recurso didático-pedagógico mediado pelo professor, favoráveis à construção de aprendizagens.
- As TDICs são mídias diversas que fazem uso da tecnologia digital a partir da lógica binária presente em vários equipamentos, como os smartphones e os computadores.
- A grande mudança acontece a partir da década de 1960, que marcou a revolução tecnológica e inclui o digital, aos poucos, na vida das pessoas.
As TDICs estão incorporadas nas TICs, e devem ser pensadas a partir do princípio da inclusão, favorecendo as aprendizagens dos estudantes, motivando-os, possibilitando o protagonismo, a criação e o engajamento em seus projetos individuais e coletivos.
Temos, então, as TDICs compreendidas como um conjunto de equipamentos e aplicações tecnológicas que geralmente utilizam a internet e diferenciam-se das TIC pela presença do digital.
Reflita
Falar em tecnologia não é considerar apenas os aparatos tecnológicos que são usados, e sim, o uso que fazemos deles. Sendo assim, podemos citar como exemplo a criação da prensa, que foi uma grande tecnologia pela inovação que trouxe na época com o seu uso. O digital amplia esse uso. Por isso a diferença entre o que é uma TIC e o que temos como TDIC.
Atualmente, na Base Nacional Comum Curricular, a inclusão digital aparece como competência a ser desenvolvida, sendo assim, profissionais da educação precisam de formação que os instrumentalize a lidar com todas as possibilidades e novidades desse cenário.
Temos alguns conflitos que inclui pensar em alunos como nativos digitais e professores que não fazem uso de nenhum recurso ativo de aprendizagem que seja mediado pela tecnologia.
Como forma de aproximar as diferentes gerações presentes nos espaços escolares, a resolução CNE/CP nº 1, de 18 de fevereiro de 2002, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena, orienta no Art. 2º, inciso VI, “o uso de tecnologias da informação e da comunicação e de metodologias, estratégias e materiais de apoio inovadores”.
Temos, então, mais uma vez, a formação inicial e continuada dos professores fazendo toda diferença para que os professores façam uso de diferentes recursos em suas aulas, não apenas para mudar a forma de transmitir a informação, mas sim para inovar nas ações que favorecem as aprendizagens dos alunos.
Temos também políticas públicas e legislações que tratam da formação inicial e continuada de professores objetivando instrumentalizá-los com diferentes estratégias pedagógicas, ferramentas e possibilidades que incluem o uso das tecnologias digitais.
Compreendendo a importância disso para a melhoria da qualidade da educação, diferentes programas do governo buscam a formação continuada dos professores, que incluem a inserção das TDICs.
A formação inicial apresenta as questões básicas essenciais para a atuação docente, mas não favorece uma atualização que, apenas no ofício da profissão, se mostra necessária. São muitas demandas e especificidades que exigem do professor uma aprendizagem contínua e o compromisso com sua formação permanente. Dessa forma, políticas públicas, programas e projetos governamentais são elaborados, contribuindo com esse processo que objetiva, entre outras coisas, a melhoria da qualidade da educação.
Vale lembrar que todos os documentos trazem um processo reflexivo que possibilite ao professor, analisar sua trajetória, sua prática e suas ações em prol da aprendizagem dos estudantes. Dada a diversidade que temos em todo território brasileiro, algumas especificidades precisam ser consideradas e é por esse motivo que temos ações norteadoras e não limitadoras dessas construções. Além disso, os aparatos tecnológicos e o acesso a todos os recursos digitais não é uniforme. Sabemos das dificuldades existentes em algumas regiões e a transposição para os espaços escolares nem sempre é tão simples como pensamos.
O importante, em todas as situações, é perceber-se enquanto responsável por suas construções e buscar, sempre que necessário, a continuidade de suas aprendizagens.
Faça valer a pena
Questão 1
Os cursos de formação continuada, organizados para que os professores possam aprofundar suas práticas, têm entre os seus objetivos melhorar a qualidade da educação em todo território nacional. Sendo assim, eles podem, em momento diversos, favorecer diferentes habilidades.
A partir do exposto, analise as sentenças a seguir que trazem alguns exemplos de programas para formação docente:
- O PNAIC, Pacto Nacional para Alfabetização na Idade Certa, destina-se a aprimorar as práticas alfabetizadoras dos professores que atuam no ciclo e na alfabetização.
- O PARFOR, Plano Nacional de Formação dos Professores, busca, entre outras ações, garantir a formação dos professores em nível superior.
- O PIBID, Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, inclui bolsas complementares, ofertadas aos professores da rede pública em exercício nas classes de Educação Infantil.
Estão corretas apenas as sentenças:
Correto!
A terceira sentença está incorreta. O PIBID refere-se à bolsa de incentivo aos profissionais em formação nas licenciaturas, aproximando-os da realidade dos espações escolares, antes de concluírem a graduação.
Tente novamente...
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Questão 2
A formação continuada dos professores busca ampliar o repertório desses profissionais, aproximando-os dos contextos e instrumentalizando-os para atender às demandas que mudam o tempo todo nos espaços escolares. Sendo assim, analise as sentenças a seguir considerando (V) para verdadeiras e (F) para falsas:
- ( ) A formação continuada dos professores pode acontecer em projetos do governo como também pode partir de uma necessidade específica do professor.
- ( ) Existem muitas situações informais, com importantes trocas de saberes que favorecem a ampliação do repertório docente.
- ( ) A formação continuada dos professores só é válida quando acontece amparada por algum programa governamental.
- ( ) O professor que cumpre corretamente as propostas de sua formação inicial, não precisa se preocupar com sua formação continuada.
A sequência correta é:
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Correto!
A terceira sentença é falsa pois a formação continuada pode acontecer de diversas formas e não apenas em cursos ou programa ofertados pelo governo. É uma busca do professor que deseja ampliar suas ações. A quarta sentença também é falsa tendo em vista que a formação inicial não acompanha todas as demandas e os contextos escolares. A aprendizagem deve ser uma busca constante também do professor.
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Questão 3
A EaD revolucionou a educação e ampliou de forma muito significativa o acesso ao ensino superior. Dada a flexibilidade e a possibilidade de adequar tempos e espaços, possibilitou que muitos profissionais complementassem seus estudos nessa modalidade. A LDB ao considerá-la uma modalidade de ensino e as Políticas Públicas para formação continuada de professores, a fortaleceram ainda mais.
No entanto, ainda temos como desafios o uso adequado das TIC e TDICs como ferramentas que mediam a construção das aprendizagens.
Podemos, então, afirmar que:
- As TICs e TDICs não são fins que determinam as aprendizagens, mas sim meios que auxiliam suas construções.
- O professor, usuário em sua formação desses recursos, tem sua prática favorecida por compreender a importância da mediação para que as práticas façam sentido.
- A diferença principal entre as TICs e TDICs é a inclusão do aspecto digital. Temos então propostas de cursos EaD que fazem uso das duas ferramentas.
Estão corretas apenas:
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Correto!
Todas as sentenças estão corretas e trazem considerações importantes sobre a EaD e o uso das TICs e TDICs como ferramentas mediadoras das aprendizagens. São recursos presentes em todos os espaços e que não podem ser excluídas dos processos educativos.
Tente novamente...
Esta alternativa está incorreta. Leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar novamente.
Referências
BRASIL. 1996. Lei nº 9694, de 20 de dezembro de 1996. Dispões sobre as Diretrizes e Bases da Educação. Disponível em: https://bit.ly/3rK6F2H. Acesso em: 15 nov. 2020.
BRASIL. 2005. Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o artigo 80 da LDB. Disponível em: https://bit.ly/3tSggpZ. Acesso em: 16 nov. 2020.
BRASIL. 2016. Decreto nº 8.752, de 9 de maio de 2016. Dispõe sobre a Política Nacional de Formação dos Profissionais da Educação Básica. Disponível em: https://bit.ly/2Zb4xof. Acesso em: 16 nov. 2020.
BRASIL. 2017. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: https://bit.ly/3ajTbF7. Acesso em: 16 nov. 2020.
PARFOR. Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica. Disponível em: https://bit.ly/3b4bn4s. Acesso em: 14 nov. 2020.
MEC. Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica. Disponível em: https://bit.ly/2Zd5wEE. Acesso em: 14 nov. 2020.
MEC. PDE - Plano de Desenvolvimento da Educação. Disponível em: https://bit.ly/2Z8BaDc. Acesso em: 14 nov. 2020.