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Quando as cavidades pleurais ficam cheias de ar elas recebem o nome de pneumotórax. Por outro lado, quando ficam cheias de sangue ou de pus são chamadas de hemotórax.
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Nesta semana, Thiago, Lucas e Gustavo estão fazendo estágio de observação no setor do pronto-socorro do hospital Mãe de Deus.
Como é um hospital público muito grande, o número de pacientes que chegam ao pronto-socorro é muito grande. Além disso, existe uma variedade de patologias que levam esses pacientes a permanecer internados.
De todos os casos que presenciaram esta semana, o que mais chamou a atenção dos três jovens foi o de um jovem de 19 anos chamado Luís, ciclista que estava treinando em uma rodovia quando foi abordado por duas pessoas que chegaram em uma caminhonete e roubaram sua bicicleta. Ao reagir ao assalto, ele acabou levando uma facada na região do tórax, e os assaltantes fugiram levando sua bicicleta.
As pessoas que moram próximas ao local não sabiam como prestar o socorro à vítima no local do acidente, por isso colocaram Luís em um carro, encaminhando-o imediatamente para o hospital Mãe de Deus. Ele chegou ao hospital apresentando fortes dores torácicas, dispneia, taquicardia e cianose.
Os três alunos decidiram apresentar esse caso na discussão semanal de casos clínicos e resolveram estudar como deveria ter sido feito o socorro imediato à vítima antes de levá-la ao hospital.
Com base em todas essas informações, você pode ajudar os três alunos a resolver a situação-problema, descrevendo o nome dessa patologia e como pode ser feito o socorro imediato, antes de encaminhar a vítima para o hospital.
O nariz é dividido em duas partes: a externa e a interna. A parte externa consiste em um arcabouço de sustentação para o osso e a cartilagem hialina, coberta com músculo, pele e revestida por uma túnica mucosa.
A parte interna do nariz possui três funções: aquecimento, umidificação e filtração do ar inalado, além de atuar na detecção dos estímulos olfatórios (odor), como também na modificação das vibrações da fala, à medida que elas passam pelas câmaras de ressonância, que vão promover por meio da vibração a ampliação ou a modificação do som.
Quando o ar entra pelas narinas, passa inicialmente pela cavidade anterior, que é revestida por pele e contém pelos grossos, cuja finalidade é filtrar as partículas de poeira.
A faringe, também chamada de garganta, é um tubo afunilado que mede 13 cm, está situada posteriormente à cavidade nasal e à oral, superiormente à laringe e anteriormente às vértebras cervicais. A parede é composta de músculos esqueléticos, sendo revestida por uma túnica mucosa. A faringe proporciona a passagem do ar e também do alimento, tendo uma câmara de ressonância para os sons da fala, e aloja as tonsilas, que participam das reações imunológicas contra invasores.
Está dividida em três regiões anatômicas: parte nasal da faringe, parte oral da faringe e parte laríngea da faringe.
Corresponde a uma passagem curta, que conecta a parte laríngea da faringe com a traqueia, situada na linha mediana do pescoço, entre a 4ª e a 6ª vértebra cervical.
A altura do som produzido pela voz é controlada pela tensão nas pregas vocais. Quando elas estão estendidas pelos músculos, vibram mais rapidamente e resultam em um som mais alto, enquanto a redução da tensão muscular sobre as pregas vocais produz sons mais baixos.
Os homens, em função da influência dos hormônios sexuais masculinos, possuem pregas vocais mais grossas e mais longas do que as mulheres, vibrando então mais lentamente.
A traqueia mede aproximadamente 12 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro, está localizada anteriormente ao esôfago e estende-se da laringe até a margem superior da 5ª vértebra torácica, onde se divide em brônquios principais direito e esquerdo.
O brônquio principal direito e o esquerdo estão situados na altura da 5ª vértebra torácica. O brônquio principal direito é mais curto, mais vertical e mais largo que o esquerdo, portanto é mais provável que um objeto, quando aspirado, entre e se aloje no brônquio principal direito do que no esquerdo.
Assim como na traqueia, os brônquios principais possuem anéis incompletos de cartilagem e são revestidos por epitélio ciliado pseudoestratificado.
Os brônquios principais direito e esquerdo, ao penetrarem nos pulmões, dividem-se para formar brônquios menores: os brônquios lobares, também chamados de secundários. O pulmão direito possui três lobos, enquanto o pulmão esquerdo possui dois.
Os brônquios lobares formam brônquios ainda menores, chamados de brônquios segmentares ou terciários, que se dividem em bronquíolos, que continuam ramificando-se em condutos ainda menores, chamados de bronquíolos terminais.
Essa ramificação da traqueia é chamada de árvore bronquial e é semelhante a uma árvore, só que de cabeça para baixo. Conforme o aumento da ramificação na árvore bronquial, existem diversas alterações.
Os bronquíolos terminais subdividem-se em ramos menores ainda que são microscópicos, chamados de bronquíolos respiratórios. Conforme os bronquíolos respiratórios vão penetrando os pulmões, o revestimento epitelial é alterado de cúbico simples para pavimentoso simples. Os bronquíolos respiratórios se subdividem em diversos ductos alveolares.
O alvéolo é revestido por um epitélio pavimentoso simples e sustentado por uma membrana basal elástica fina. Um saco alveolar é formado por dois ou mais alvéolos, que compartilham uma abertura em comum.
As paredes dos alvéolos são formadas por dois tipos de células epiteliais alveolares.
As células alveolares (pneumócitos) tipo I são células epiteliais escamosas simples que formam um revestimento quase contínuo da parede alveolar, enquanto as alveolares tipo II, também chamadas de septais, são menos numerosas e encontradas entre as células alveolares tipo I.
As células alveolares tipo I são os principais locais onde ocorrem as trocas gasosas, enquanto as alveolares tipo II são células epiteliais arredondadas ou cúbicas, com superfícies livres contendo microvilosidades que secretam o líquido alveolar, mantendo a superfície úmida, entre as células e o ar. Esse líquido é chamado de surfactante e contém uma mistura complexa de fosfolipídios e lipoproteínas. O surfactante reduz a tensão de superfície do líquido alveolar, reduzindo a tendência dos alvéolos de sofrer colapso.
Nas paredes alveolares existem macrófagos que removem as finas partículas de poeira e outros fragmentos presentes nos espaços alveolares.
A membrana respiratória se estende do espaço aéreo até o plasma sanguíneo e consiste em quatro camadas:
A membrana respiratória, mesmo com muitas camadas, é muito fina: aproximadamente 0,5 µm de espessura. Essa pequena espessura garante uma rápida difusão dos gases.
Agora, aproveite esse momento para fazer uma pesquisa na Internet e busque quais são as patologias que estão envolvidas com as alterações nos alvéolos.
Cada lobo recebe seu próprio brônquio lobar (secundário). Assim, o brônquio principal direito dá origem a três brônquios lobares (secundários), chamados de brônquios lobares (secundários) superior, médio e inferior, enquanto o brônquio principal esquerdo dá origem a dois brônquios lobares (secundários): superior e inferior.
No interior do pulmão, os brônquios lobares dão origem aos brônquios segmentares (terciários). Em cada pulmão existem dez brônquios segmentares (terciários). O segmento do tecido pulmonar que cada brônquio segmentar vai suprir é chamado de segmento broncopulmonar.
Os pulmões estão localizados desde o diafragma até um pouco acima das clavículas, situando-se na altura das costelas anterior e posteriormente. A parte inferior do pulmão é chamada de base, sendo côncava e ajustando-se sobre a área convexa do diafragma, enquanto a parte superior do pulmão é chamada de ápice.
Os pulmões são órgãos pareados, que estão localizados dentro da cavidade torácica, separados um do outro pelo coração e pelas estruturas do mediastino, dividindo a cavidade torácica em duas câmaras anatomicamente distintas. Em função dessa divisão, quando ocorre um trauma leve em um pulmão levando-o ao colapso, o outro pode permanecer expandido.
O pulmão esquerdo tem uma concavidade chamada de impressão cardíaca, local em que está situado o coração, em consequência do espaço que é ocupado pelo coração, o pulmão esquerdo é aproximadamente 10% menor que o direito.
O pulmão direito é mais espesso e mais largo, sendo também um pouco mais curto do que o esquerdo, porque o diafragma é mais alto no lado direito para acomodar o fígado, que está situado abaixo dele.
Os pulmões praticamente preenchem quase todo o tórax, as faces anterior, lateral e posterior do pulmão estão situadas contra as costelas, enquanto a base do pulmão estende-se da 6ª cartilagem costal, anteriormente, até o processo espinhoso da 10ª vértebra torácica, posteriormente.
Existem duas lâminas de túnica serosa, chamadas de pleura, que envolvem e protegem cada pulmão. A lâmina superficial que reveste a parede da cavidade torácica é chamada de pleura parietal; já a lâmina mais profunda é chamada de pleura visceral, ficando presa ao próprio pulmão.
Entre as duas pleuras (visceral e parietal), existe um pequeno espaço chamado de cavidade pleural, contendo uma pequena quantidade de líquido lubrificante que é secretado pelas duas lâminas com a finalidade de reduzir o atrito entre as pleuras, permitindo que elas deslizem facilmente uma sobre a outra durante a respiração.
A pleurite, é a inflamação das pleuras, no início desse processo, pode provocar dor, decorrente do atrito entre as lâminas parietal e visceral da pleura. Quando a inflamação persiste, observa-se um excesso de líquido que fica acumulado no espaço pleural, condição conhecida como derrame pleural.
Quando as cavidades pleurais ficam cheias de ar recebem o nome de pneumotórax. Por outro lado, quando ficam cheias de sangue ou de pus são chamadas de hemotórax.
A presença de ar nas cavidades pleurais pode ocorrer em função principalmente de uma abertura cirúrgica do tórax ou como resultado de uma ferida por arma perfurante ou de fogo, provocando o colapso dos pulmões. Esse colapso (atelectasia) geralmente ocorre em uma parte do pulmão, mas em casos raros pode ocorrer em todo o pulmão. O objetivo é retirar o ar ou o sangue do espaço pleural, fazendo que o pulmão insufle novamente.
Quando o pneumotórax é pequeno, existe a possibilidade de ser resolvido sem ajuda externa, mas na maioria dos casos é necessária a inserção de um tubo no tórax com a finalidade de auxiliar na evacuação.
O sistema respiratório é derivado do intestino primitivo. Seu primeiro esboço é o sulco laringotraqueal que se forma na endoderme da face ventral da faringe. Esse sulco se aprofunda, formando o divertículo laringotraqueal, que cresce em sentido ventral e caudal, distanciando-se gradualmente do intestino anterior.
À medida que se desenvolve o septo traqueoesofágico por um processo de pinçamento lateral que avança de baixo para cima, o esôfago se separa do tubo laringotraqueal. A partir desse último, desenvolvem-se a laringe, a traqueia, os brônquios e os pulmões. A endoderme invaginada forma o epitélio de revestimento e glandular. O tecido conectivo, a cartilagem, os vasos e o músculo liso se desenvolvem a partir do mesênquima esplâncnico que envolve a porção ventral do intestino anterior.