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Fonte: Shutterstock.
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sem medo de errar
Você como trainee precisa demonstrar os seus conhecimentos a respeito da origem das células, as suas principais estruturas para conseguir identificá-las e saber as diferenças dos tipos de microscópios e quando utilizá-los. Agora você já está preparado para resolver a situação-problema com todo o conhecimento adquirido até o momento. Vamos lá?
A célula é a unidade estrutural e funcional dos seres vivos, sendo visível apenas com o microscópio. Foi descoberta em 1665, por Robert Hook, quando este observou células mortas de cortiça. Em geral, as células são constituídas pela membrana plasmática, citoplasma e material genético. Elas se diferenciam tanto em sua estrutura quando em sua funcionalidade e podem ser células procariontes (mais simples) e células eucariontes (mais complexas).
A invenção do microscópio permitiu ao homem uma nova visão do mundo e a exploração de diversos campos antes desconhecidos, invisíveis a olho nu. Foi possível reconhecer as células e suas estruturas graças a este advento. Com o avanço desta tecnologia e o conhecimento científico, muitos tratamentos de doenças, medicamentos e terapias vêm sendo desenvolvidos, trazendo ótimos benefícios à saúde.
Existem dois modelos de microscópios, os ópticos e os eletrônicos, e dentre eles existem vários tipos, cada um com uma determinada finalidade. Os microscópios ópticos, também conhecidos como microscópios de luz, são os mais comuns de serem vistos, mais utilizados em instituições de ensino. O microscópio óptico utiliza a luz e as lentes de cristal, permitindo um aumento de 10 a 100 vezes, chegando a uma ampliação final de 1000 vezes de uma imagem. Já os microscópios eletrônicos não utilizam a luz e, sim, feixes de elétrons, e ao invés de lentes de cristal utilizam lentes eletromagnéticas. São muito mais potentes e podem ampliar uma imagem em até 300 mil vezes. No entanto, mesmo sendo muito potentes, eles permitem apenas a visualização da superfície da amostra, enquanto os microscópios ópticos permitem a visualização direta da amostra, sendo ideais para observar materiais vivos.



Na lâmina A, é possível visualizar bactérias. As bactérias são microrganismos unicelulares procariontes e podem ter variadas formas, no caso da figura, estas bactérias possuem formato de bacilos. Estes organismos vivos são compostos de citoplasma, membrana plasmática e parede celular. O material genético fica disperso no citoplasma.
A lâmina B representa uma célula animal e pode ser de um organismo pluricelular eucarioto. Possui a membrana plasmática, o citoplasma e o núcleo, visíveis na imagem. O seu material genético encontra-se dentro do núcleo, delimitado pela membrana nuclear, e em seu citoplasma ficam alocadas diversas organelas citoplasmáticas não visíveis ao microscópio óptico, com exceção dos vacúolos.
Por fim, a lâmina C contém células vegetais. É possível dizer que é de um organismo pluricelular eucarioto. São notáveis a parede celular, o núcleo e o citoplasma destas células. Notamos ainda que o citoplasma ocupa quase toda a parte da célula.
Após todas estas observações, você já está preparado para apresentar todas os seus apontamentos para o Jean, demonstrando que você está preparado para as próximas etapas do treinamento. Você conseguiu superar o desafio até aqui, parabéns! O caminho proposto foi apenas um exemplo de como você poderia responder a situação-problema apresentada.
Avançando na prática
Microscopia e a saúde
O laboratório de biologia celular e molecular da universidade na qual você estuda recebeu uma demanda de amostras para serem analisadas. Os pesquisadores de doutorado e mestrado estão analisando o vírus SARS-CoV-2, para a publicação de um trabalho. O vírus causador da doença COVID-19, de importância internacional, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 80% dos pacientes são assintomáticos ou apresentam poucos sintomas da doença, enquanto em aproximadamente 20% dos casos, os pacientes requerem atendimento hospitalar.
Os pesquisadores estão buscando compreender um pouco mais a respeito da estrutura deste vírus e o seu comportamento. O laboratório recebeu equipamentos novos e foi todo estruturado para atender a estas pesquisas, no entanto, os estagiários que auxiliavam os pesquisadores estavam ausentes, devido a uma viagem da universidade. O professor da disciplina de Biologia Celular convocou alguns alunos para ajudar os pesquisadores e a sua missão será tirar fotos do vírus no microscópio para serem analisadas posteriormente. No entanto, lhe foi solicitado que você tire as fotos de mais de um microscópio.
Quais microscópios você deve utilizar? Qual a diferença na imagem deles? E você consegue se lembrar das características e estruturas dos vírus para poder observá-las?
Primeiramente, você deve se recordar das características dos vírus. São organismos acelulares, ou seja, não possuem células, tão pouco possuem ribossomos ou outras estruturas que sustentem o seu organismo, não realizando, portanto, nenhuma atividade metabólica. Os vírus necessitam de outras células para se reproduzir e sobreviver, desta forma são considerados parasitas intracelulares obrigatórios. São formados por uma capsula proteica (capsídio), que envolve o material genético (ou um DNA ou um RNA, ou em alguns casos os dois). Alguns vírus têm ainda um envelope viral (proteção lipídica externa) e em seu capsídeo há proteínas ligantes para se ligarem as células que serão infectadas. Estes organismos são muito pequenos e não podem ser vistos a olho nu ou em microscópio óptico.
Desta forma, você já sabe que não deverá utilizar o microscópio óptico, pois não irá conseguir visualizar o vírus SARS-CoV-2 e registrar as imagens solicitadas.
O outro tipo de microscópio é o microscópio eletrônico, que possui dois modelos, o MET (microscópio eletrônico de transmissão) e o MEV (microscópio eletrônico de varredura).
No MET, o material a ser analisado deverá ser cortado em fatias finas, e ele possui um maior poder de resolução do que o MEV. O microscópio de transmissão permite uma resolução de 0,002 nm, permitindo a visualização de estruturas celulares como as organelas, interação de parasitas com as células e informações sobre alterações nas células ocorridas por vírus, bactérias, dentre outros. O MEV pode ser considerado complementar à microscopia de transmissão, tem a vantagem de fornecer imagens tridimensionais e o material a ser analisado não precisa ser cortado (ou seja, podem ser utilizadas amostras grossas). O poder de resolução é de 10 nm, utilizado para estudos de morfologia e taxonomia, visualizando organismos inteiros, tecidos e órgãos.

