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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO

IPV6

Sergio Eduardo Nunes

Projetar redes que suportam as duas versões de IP.

Através das técnicas que permitem a coexistência e a interoperabilidade entre os protocolos IPv4 e IPv6, podemos planejar e implementar redes preparadas para atender às necessidades no período em que as duas versões do protocolo IP terão que coexistir.

Fonte: Shutterstock.

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Sem medo de errar

A escola Escola 1_A, como uma instituição que se preocupa em estar sempre alinhada com o que há de mais atual, já utilizava em sua rede os protocolos IPv4 e IPv6. Porém, para gerenciar e arquivar o grande volume de informações e documentos, foi adicionado um servidor em sua topologia. Para que este possa ser utilizado por todos os dispositivos, é necessário configurar as duas versões do IP (em IPv4 172.16.31.55). Para isso, você deverá utilizar a técnica de tradução (network address translation) no IP destinado ao servidor para que seja posteriormente configurado no dispositivo.

Dessa forma, os cálculos utilizados para fazer a conversão do protocolo IPv4 para IPv6 devem ser apresentados em formato de relatório. 

  1. Conversão do IPv4 para binário.
    172 → 10101100
    16 → 00010000
    31 → 00011111
    55 → 00110111
  2. Separe os binários em dois grupos.
    172 → 1010  1100
    16 → 0001  0000
    31 → 0001  1111
    55 → 0011  0111
  3. Passe-os para a base “8 – 4 – 2 - 1” na conversão de cada grupo dos binários:
    1010 = 10             1100 = 12
    0001 = 1               0000 = 0
    0001 = 1               1111 = 15
    0011 = 3               0111 = 7
  4. Transforme os valores encontrados em hexadecimal.
    Decimal 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
    Hexadecimal 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 A B C D E F

    172 → AC

    16 → 10

    31 → 1F

    55 → 37


  5. Agrupe-os e adicione os complementos “0:0:0:0:0” e “:FFFF”.
    0:0:0:0:0:FFFF:AC10:1F37

Com a técnica de tradução de endereços, é possível configurar o servidor com as duas versões do protocolo e permitir, assim, a interoperabilidade e a coexistência dos dois protocolos de comunicação. Essas técnicas auxiliarão você a planejar redes que atenda a todas as necessidades de se comunicar nas redes, independentemente da versão utilizada do IP.

Avançando na prática

NET@RTG

Descrição da situação-problema

A NET@RTG é uma empresa especializada em redes de computadores e possui uma grande carteira de clientes. Um dos seus clientes provê jogos on-line, razão pela qual tem a necessidade de ter diversos servidores espalhados pelos países. Na última semana, um dos seus servidores apresentou indisponibilidade: ao abrir um chamado foi indicada a necessidade de um mecanismo de transição em sua topologia.

Uma vez que esse cliente é de sua responsabilidade, o diretor de TI solicitou a você um quadro que descreva os mecanismos de transição disponíveis (com as colunas nome do mecanismo, RFC e característica). 

Para auxiliar a resolver o problema de falta de mecanismo de transição para a empresa de jogos on-line, o diretor da NET@RTG solicitou que você apresentasse um quadro para que ele pudesse tomar a decisão de qual tecnologia aplicar na topologia. 

O resultado foi o seguinte:

Nome do mecanismo
RFC
Característica
Tunelamento (tunneling) 2983 Permite a utilização de uma infraestrutura IPv4 para encaminhar pacotes IPv6.
São possíveis: Roteador a Roteador, Roteador a Host, Host a Host.
Túnel broker 3035 O pacote IPv6 é encapsulado dentro do pacote IPv4, o que permite o roteamento através do túnel.
ISATAP (intra-site automatic tunnel addressing protocol) 5214 e 4213 O endereço é atribuído pelo DHCPv4 aos dispositivos, o que possibilita que o nodo ISATAP determine a entrada e a saída do túnel IPv6.
Bons estudos!

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