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NÃO PODE FALTAR

É possível confiar em uma pesquisa científica?

Amanda Soares de Melo

Fonte: Shutterstock.

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Caro estudante, 

Você já deve ter ouvido falar em Fake News. As Fake News são notícias fabricadas que propagam mentiras a respeito de um assunto em particular ou sobre uma pessoa, em geral, pública. Elas são extremamente danosas à sociedade e muitas vezes causam danos irreversíveis, como a queda brusca nas taxas de vacinação de uma população. 

As Fake News devem ser combatidas com informação e conhecimento de qualidade e nós sabemos que o conhecimento científico pode ser muito útil nessa tarefa. Devemos criar o hábito de sempre checar as informações antes de compartilhá-las. De preferência, devemos nos informar por meios confiáveis, incluindo publicações científicas de periódicos de qualidade.

Atualmente, o processo de avaliação dos manuscritos científicos inclui a utilização de indicadores e métricas que auxiliam na garantia da confiabilidade e segurança das informações publicadas. Nesta seção, você aprenderá como identificar as Fake News e as formas de combatê-la. É importante saber diferenciar as informações de forma genuína, portanto, você também aprenderá sobre as ferramentas e os processos envolvidos na análise da qualidade de publicações e pesquisadores, incluindo o controle dos interesses que podem interferir negativamente na produção do conhecimento científico.

Um parecerista contratado por uma agência de fomento à pesquisa é responsável pela análise técnica de dois projetos de pesquisa que buscam financiamento. Os recursos são limitados, portanto, de acordo com a avaliação do parecerista, o melhor projeto receberá todos os recursos.

Nos projetos não constam os nomes dos pesquisadores participantes a fim de evitar conflito de interesses, todavia, o parecerista percebe que um dos projetos envolve a pesquisa no laboratório Finz, em que é colaborador. A decisão do parecerista é favorável ao financiamento desse projeto.

Explique se há indícios de conflito de interesses nessa avaliação e quais providências deveriam ter sido tomadas. 

Nossas preferências não determinam o que é verdade.

Carl Sagan

conceito-chave

Qualidade das publicações

Como se sabe, a produção de conhecimento científico envolve algumas etapas, dentre elas duas são essenciais: a produção de conhecimento – dada pela condução da investigação – e a divulgação dos resultados – feita pelas publicações e comunicações em meios especializados. Ao submeter um artigo a uma revista, o manuscrito é geralmente submetido à revisão por pares e sua aprovação se dá quando os critérios e as condições que regem uma boa pesquisa são seguidos pelos cientistas.

O número de artigos submetidos para publicação cresce vertiginosamente. Por conta desse crescimento, os sistemas de avaliação passaram por mudanças como a criação de métricas e indicadores que facilitassem na avaliação da qualidade dos trabalhos publicados. Um dos indicadores mais utilizados se chama Fator de Impacto (FI). O FI mostra quanto um periódico contribuiu para o avanço de uma área a partir do número de citações dos artigos publicados por ele. Esse indicador é utilizado para avaliar as revistas científicas do mundo todo, se utiliza do International Scientific Indexing (ISI), um banco de dados com periódicos selecionados. 

Com a popularização do FI, muitas revistas também passaram a utilizá-lo na avaliação dos pesquisadores, abrindo uma tendência que hoje é denominada de “produtivismo acadêmico” e também muito criticada por exigir que o pesquisador publique cada vez mais, acarretando, muitas vezes, que ele não dê a importância devida para a qualidade do que é publicado. 

O FI é calculado levando em conta um ano como período, trata-se de ver a soma de todas as citações que a revista recebeu nos dois anos anteriores e fazer a divisão pelo total de artigos publicados dentro desse período. Surgiram também variações desse índice, como o Índice de Imediatez, que faz o mesmo cálculo, mas não leva em conta o período de dois anos, favorecendo a análise das revistas criadas a pouco tempo.

Apesar da relevância do FI para a bibliometria na ciência, pondera-se que o FI pode apresentar distorções, afinal, artigos com erros grosseiros podem ser citados como uma forma de exemplificar o que não deve ser feito. Nesse sentido, há a necessidade de uma análise global que leve em conta outros fatores a fim de garantir a qualidade do periódico e dos artigos publicados. 

Na esteira da busca por métricas de avaliação de periódicos, surgiu o processo de indexação. A indexação se tornou um reflexo da qualidade dos periódicos, uma vez que as revistas indexadas são consideradas de maior qualidade científica. Um periódico indexado nada mais é do que uma revista que faz parte de uma base de dados reconhecida como Scopus, Web of Science, Scielo etc. 

Considera-se que as revistas indexadas possuem um trabalho metodológico rigoroso na avaliação dos artigos submetidos. Os editores almejam que suas revistas sejam indexadas de modo a atestar o patamar de qualidade de suas publicações. Um dos indexadores mais conhecidos é Scopus, uma base multidisciplinar relevante na área médica, assim como o PubMed. Temos também a SciELO, que abrange uma coleção de periódicos brasileiros, considerada a maior base de acesso aberto da América Latina.

Há outras bases de dados indexadoras como a Directory Open Access Journals (DOAJ), que é um diretório on-line de acesso aberto e independente; seu financiamento se dá por doações. Temos a Redalyc, uma base de revistas em acesso aberto ibero-américas. Além dessas, uma das mais conhecidas e relevantes indexadoras é a Web of Science, baseada em assinatura e permite uma exploração profunda dos campos e subcampos de uma área de pesquisa.

Tanto o Scopus quanto o Web of Science são consultados somente mediante o pagamento de um plano de assinatura. Todavia, é prática comum as universidades públicas possuírem acesso, como acontece aqui no Brasil. 

Por fim, no campo da educação, temos como mais conhecidas as bases Educ@ e Edubase. Há ainda outras bases indexadoras, caberá o pesquisador buscar conhecer quais são as mais relevantes na sua área de estudos.

Assimile

O Fator de Impacto (Impact Factor) é uma das métricas mais utilizadas na avaliação de revistas científicas atualmente. Ele contabiliza as citações recebidas, sendo utilizado no Brasil até por comissões que compõem a Qualis Periódicos. O cálculo é feito somando todas as citações que a revista recebeu no prazo de dois anos e dividindo pelo número total de publicações desse mesmo período. O fator de impacto é criticado principalmente por não distinguir as revistas mais recentes das revistas tradicionais, além de não distinguir áreas que podem possuir características de produção diferentes.

Qualidade dos pesquisadores

Os pesquisadores fazem da ciência um processo contínuo de investigação, são eles que desenvolvem as pesquisas e publicam os resultados, que, muitas vezes, configuram-se como o ponto de partida da investigação. São os pesquisadores também que avaliam seus pares, recompensam os méritos ou aplicam punições quando se infringe as regras e os valores da ética científica. A organização da ciência se dá com base em uma troca de informações visando reconhecimento social. Segundo Bourdieu (1994), o campo científico é um campo de disputas em que os cientistas concorrem entre si pelo alcance da autoridade científica e do poder social que isso traz. Por essas razões, o campo científico é permeado de diversos interesses. 

É um mito comum achar que os cientistas são desinteressados em suas investigações. Na verdade, como todos os seres humanos possuem motivações para realizar determinadas tarefas, os pesquisadores possuem motivações para realizar suas pesquisas. Eles podem se importar com o avanço da ciência, mas também com o ganho da autoridade científica ou ainda com a vontade de aprenderem e crescerem intelectualmente. O pesquisador compartilha de anseios que são da própria natureza científica, como a vontade de trazer algum avanço na sua área de pesquisa, bem como anseios pessoais, como o desejo de sucesso profissional.

Tais motivações acabam afetando a prática científica no sentido de que, muitas vezes, os pesquisadores vão se interessar pelas questões mais relevantes de uma área pelo desejo de que os outros percebam da mesma maneira a relevância de sua pesquisa. Os anseios pessoais, segundo Bourdieu (1994), não só podem influenciar na escolha dos objetos da pesquisa, como também nos métodos empregados na pesquisa, isto é, o cientista que se preocupa com o reconhecimento social buscará métodos que são aceitos e reconhecidos pelos seus pares.

Dessa maneira, a contribuição que o pesquisador faz à sociedade é um dos aspectos relevantes que contam para seu reconhecimento no meio científico. Como os outros pesquisadores também possuem a vontade de serem reconhecidos, eles competem entre si, de forma que a análise de seus pares se torna extremamente rigorosa. 

Para Merton (1985), dado esse contexto, além de buscar a aceitação por seus pares, o objetivo do pesquisador é afirmar sua autoridade científica. Para isso, os pesquisadores precisam saber escolher problemas que sejam relevantes para toda a comunidade e não só para eles próprios, na intenção de propor uma solução adequada a ele.

A reputação junto com seus pares também pesa no alcance desse reconhecimento. Bolsas de pesquisa e prêmios obtidos pelos pesquisadores são formas de obter seu reconhecimento. Pesquisadores que cometem fraudes podem tornar sua imagem negativa na comunidade científica de uma forma irreversível. 

Como a ciência é um campo em disputa, de acordo com Bourdieu (1994), os pesquisadores mais antigos e que ocupam as posições de prestígios terão resistências quanto a novas teorias ou corroborações que questionem seus trabalhos e ameacem seu status de autoridade no assunto. Essas novas teorias que provocam rupturas com os conhecimentos estabelecidos enfrentam muita dificuldade e críticas, todavia, caso o cientista consiga superá-las, ele ganhará grande destaque profissional. É por essa razão que, atualmente, quanto mais impacto uma publicação científica tem, maior qualidade se atribui a ela. 

Com o intuito de avaliar a excelência acadêmica de um cientista utiliza-se indicadores que traçam análises sobre a quantidade de pesquisas publicadas, o número de citações em determinada área etc. Um dos indicadores mais utilizados é o Índice H (h-index), que mede o equilíbrio entre a produtividade e o impacto das citações. Por exemplo, um índice h de 10 indica que 10 artigos foram citados pelo menos 10 vezes cada. Todavia, hoje se sabe que essas avaliações devem contemplar a qualidade do conteúdo dessas publicações.

A busca por reconhecimento pessoal, incentivos financeiros, questões sociais e geopolíticas, conflitos de interesses, são fatores que influenciam na produção científica e, consequentemente, ditam a qualidade dos artigos e a qualidade dos pesquisadores. É necessário analisar a ciência como atividade humana em construção que tem como característica seu caráter colaborativo. O modo como o campo científico se configurou inibe quaisquer romantismos e idealismos em relação à produção de conhecimento científico. Assim, não se trata de impedir que os pesquisadores tenham seus próprios interesses, trata-se de colaborar para que a vontade de contribuir com o avanço da ciência e da sociedade prevaleça em relação às demais.

Reflita

É comum dizer que as crianças são cientistas natos, todavia, nem todo mundo segue a carreira de cientista na fase adulta. Em sua visão, o que motiva um cientista a fazer seu trabalho? Quais fatores podem inibir essa motivação?

Conflito de interesses

Como dito anteriormente, os cientistas são responsáveis pela produção de conhecimento científico em diversos âmbitos e, como seres humanos, os cientistas possuem motivações e interesses tanto compartilhados quanto pessoais. A fim de que a motivação principal seja sempre a contribuição genuína com a área de estudo, os pesquisadores desenvolvem mecanismos para inibir os conflitos de interesse que porventura surgem durante as investigações. Conflitos de interesse podem interferir negativamente na credibilidade da produção científica.
cientificamente válidos. 

Tais conflitos se referem tanto a problemas com financiamentos de pesquisas e patrocinadores, por exemplo, como também se somam aos interesses relacionados ao prestígio acadêmico, aos poderes sociais e ao reconhecimento almejados pelos cientistas. Em situações em que há conflito de interesses, o julgamento do pesquisador é potencialmente afetado, isto é, o cientista pode manipular os resultados de uma pesquisa a fim de que corroborem com os resultados esperados pela empresa que patrocina o estudo. Se não há um controle rigoroso sobre esse processo e se o conflito de interesse não for identificado, a credibilidade da pesquisa pode ser minada.

Para melhor ilustrar uma situação de conflito de interesses, suponhamos um caso comum do meio médico. Antes de um medicamento ser colocado à venda, ele precisará passar por testes para que sua eficácia e segurança sejam comprovadas. Todavia, muitas vezes as pesquisas são financiadas pelas empresas que possuem interesse na venda desse medicamente, além disso, os pesquisadores são, geralmente, funcionários dessas empresas e, por consequência, também estão interessados na manutenção dos seus empregos e no sucesso comercial da empresa.

Pode ser que tais interesses, ainda que existam e que devem ser reconhecidos, não atrapalhem a boa condução da pesquisa, porque os pesquisadores seguiram a metodologia científica com o máximo de rigor e possuem o interesse ético em contribuir positivamente com a sociedade, reduzindo ao máximo os riscos de efeitos colaterais no uso desse medicamento. Todavia, pode ser também que tais interesses conflitem e o interesse da empresa de colocar o medicamento para ser vendido prevaleça frente à questão da segurança do mesmo.

A responsabilidade por observar esses conflitos de interesse é de todos os atores envolvidos na produção de conhecimento científico: pesquisadores, orientadores, editores, universidades, patrocinadores etc. Todos eles podem se encontrar em meio a situações de conflito de interesses pelas mais variadas motivações e devem identificar prontamente a natureza desse conflito. Em geral, sugere-se que a identificação desse conflito também seja inserida no artigo, na seção de discussão, por exemplo. 

A revisão por pares, a qual os artigos são submetidos antes de serem publicados, geralmente ocorre em uma abordagem duplo cego para inibir conflito de interesses. Os avaliadores dos manuscritos não podem ter ciência dos autores dos artigos, a fim de preservar o julgamento estritamente profissional, eliminando qualquer interferência de questões pessoais, como relações pessoais ou profissionais favoráveis ou desfavoráveis entre o avaliador e o avaliado, decorrentes da competição acadêmica, por exemplo.

Diversos conflitos de interesses podem aparecer durante a condução de uma pesquisa e é tarefa do pesquisador reconhecê-los. Além disso, deverá demonstrar quais medidas foram tomadas para controlar tais influências com o propósito de não comprometer a credibilidade dos resultados. Cada caso pode exigir uma estratégia diferente, o que dificulta a explanação de fórmulas prontas de resolução desses conflitos. 

Ainda assim, dois princípios podem ser observados: o princípio da plena informação e o princípio da verificabilidade. O primeiro atesta que toda a sociedade deve ser informada sobre os potenciais conflitos de interesse de uma pesquisa. O segundo preza pelo tratamento crítico dos resultados de pesquisas antes de serem considerados cientificamente válidos. 

Exemplificando

Suponha que um pai seja o árbitro no jogo de futebol do seu filho. Apesar do pai ser uma pessoa absolutamente íntegra, temos aqui um exemplo de conflito de interesses: a vontade de que seu filho tenha um bom desempenho conflita com a necessidade de conduzir a partida com imparcialidade. Muitas decisões que o árbitro toma envolvem sua percepção e, portanto, sua subjetividade. Nessas circunstâncias, nem todas as decisões parciais podem ser controladas ou evitadas. A regra geral para evitar o conflito de interesses é afastar todos aqueles que serão potencialmente beneficiários da função de juízes e avaliadores. Entretanto, pode haver situações mais complexas que fogem da aplicação dessa regra de forma integral e requerem uma avaliação minuciosa caso por caso.

Ciência versus Fake News

Nos dias de hoje, o termo Fake News tem sido adotado como referência às notícias que divulgam informações falsas ou manipuladas e que têm dominado as mídias digitais em escala global. A ciência, embora preserve sua integridade pelo rigor na aplicação do método científico, não está imune de seus efeitos. 

As Fake News também podem se perpetuar utilizando de bases supostamente científicas a fim de convencer o maior número de pessoas. Sua atuação pode ser vista tanto em reportagens sensacionalistas sobre assuntos científicos na mídia em geral, que podem ser mal-intencionadas ou não, quanto por notícias falsas deliberadamente fabricadas. 

Falsificações que se pretendem científicas podem exercer efeitos extremamente negativos em uma sociedade, como exemplificado por Peter Schulz por meio do caso “O Projeto Huemul”, desenvolvido de 1948 a 1952, na Argentina, sob o comando do presidente Juan Perón. 

Perón foi profundamente influenciado por um autoproclamado cientista alemão chamado Ronald Richter, que migrou para a Argentina depois da derrota do nazismo, a desenvolver esse projeto. Segundo Richter, seria possível, através de um projeto de controle de fusão nuclear, produzir energia barata e sem lixo radioativo, o que elevaria a Argentina ao título de primeira potência mundial. Perón investiu enorme esforço governamental e muito dinheiro público para que esse projeto fosse desenvolvido e os experimentos de Richter não resultaram em nada. A fraude foi desmascarada por José Antônio Balseiro, um cientista de verdade. 

Além disso, as Fake News podem provocar sequelas permanentes em pessoas quando divulgam supostos efeitos negativos das vacinas, por exemplo. Alegações totalmente falsas como “vacina contra meningite vai dar meningite” são comuns nas redes, mas carecem totalmente de comprovação científica e se contrapõem ao conhecimento já seguramente estabelecido sobre as vacinas. As Fake News já levaram a uma queda expressiva na vacinação em diversos lugares do mundo.

A melhor forma de combater as Fake News é pela informação, mas não basta afirmar a autoridade científica, é preciso contribuir no sentido de fazer as pessoas entenderem o porquê tais afirmações são falsas. É necessário levar o conhecimento básico científico até as pessoas, além disso, é preciso incentivar o pensamento científico para que se desenvolva o pensamento crítico. 

Há alguns passos básicos para identificar se uma notícia é falsa. O primeiro deles é verificar a fonte da informação, o site em que está sendo divulgado e o autor do conteúdo. Todavia, muitos sites possuem nomes semelhantes a sites confiáveis, sendo necessário estar atento à autenticidade daquele endereço.

O segundo passo é verificar a estrutura do texto, pois as Fake News frequentemente apresentam erros de português que mostram que o texto não foi revisado. Também apresentam um teor sensacionalista e muitas afirmações, com explicações rasas e simplórias dos assuntos. 

O terceiro passo é verificar a data de publicação. Muitas vezes notícias antigas são divulgadas como sendo novas. Além disso, é necessário ir além do título e do subtítulo. Frequentemente, o conteúdo contradiz o que se está dizendo no título. 

O quarto passo é checar as afirmações feitas em outros sites, utilizando mecanismos de pesquisa como Google, Bing etc., também é importante acessar os indexadores de artigos e revistas de referência, como PubMed para a área médica, que divulga informações especializadas sobre o assunto e tais informações são publicadas apenas quando já se deu a revisão por pares. Há também diversos blogs e sites que se preocupam em desmentir as notícias falsas que estão circulando na web, além de agências de checagem que fazem esse trabalho de monitoramento e correção. 

Por fim, cabe frisar que, se tratando de assuntos complexos, não existem respostas absolutas. É prudente sempre adotar uma postura questionadora, compatível com o pensamento científico, a fim de evitar consumir conteúdos de pessoas que parecem donos da verdade e que pregam conspirações ou pseudociências. Além disso, o não compartilhamento dessas notícias, mesmo que para criticá-las, é importante, porque o compartilhamento em si traz engajamento ao conteúdo e, com frequência, ajuda a disseminá-las. 

Faça a valer a pena

Questão 1

Os indicadores de produção científica surgiram como reação ao grande volume de publicações científicas a partir dos anos 1960. A necessidade de avaliar as boas e más produções se alinhou à constatação de que os recursos para pesquisa são limitados e devem ser dados àquelas que trazem contribuições positivas à sociedade.

Assinale a alternativa que contém um indicador de produção científica:

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Correto!

Um dos indicadores mais utilizados na avaliação científica se chama Fator de Impacto (FI). O FI mostra quanto um periódico contribuiu para o avanço de uma área, a partir do número de citações dos artigos publicados por ele. Esse indicador é utilizado para avaliar as revistas científicas do mundo todo, se utiliza do ISI, um banco de dados com periódicos selecionados. 

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Questão 2

É importante ter muito cuidado ao navegar na internet. Em uma pesquisa rápida, encontramos milhões de sites e portais de notícias que nem sempre constituem fontes seguras de informação. Em verdade, atualmente, alguns deles foram criados para enganar e manipular a opinião pública, dando origem à explosão de notícias falsas que conhecemos atualmente.

Assinale a alternativa que contém o termo utilizado para nomear o fenômeno que o texto se refere:

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Correto!

Fake News é um termo usado para se referir a notícias fabricadas com a intenção de enganar as pessoas. Essas notícias falsas têm sido utilizadas amplamente visando o abalo da reputação de pessoas, em geral, públicas e a manipulação da opinião popular sobre um tema específico. Elas devem ser combatidas porque podem causar muitos danos à sociedade.

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Questão 3

Os ___________ são comuns na avaliação da ___________. Como os ___________, em geral, também são pesquisadores, eles podem conhecer os ___________ do projeto avaliado ou ainda estar ligado às ___________ em que tais projetos são desenvolvidos. Entretanto, o conflito de interesse deve ser imediatamente controlado, a fim de garantir a ___________ da avaliação.

Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas:

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Correto!

Os conflitos de interesse são comuns na avaliação da pesquisa científica. Como os avaliadores em geral, também são pesquisadores, eles podem conhecer os desenvolvedores do projeto avaliado ou ainda estar ligado às instituições em que tais projetos são desenvolvidos. Entretanto, o conflito de interesse deve ser imediatamente controlado, a fim de garantir a integridade da avaliação.

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Referências

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DELMAZO, C.; VALENTE, J. C.L. Fake news nas redes sociais online: propagação e reações à desinformação em busca de cliques. Media & Jornalismo, v. 18, n. 32, p. 155-169, 2018.

DROESCHER, F. D.; SILVA, E. L. da. O pesquisador e a produção científica. Perspectivas em ciência da informação, v. 19, n. 1, p. 170-189, 2014.

GREGOLIN, J. A. R. et al. Capítulo 5-Análise de Indicadores de Produção Científica. 2004.

MERTON, R. K. La sociología de la ciencia. Madri, Alianza Editorial, 2 vol., 1985.

REGO, S.; PALÁCIOS, M. Conflitos de interesses e a produção científica. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 32, n. 3, p. 281-282, 2008.

SANTOS, G. C.; XAVIER, I. D. C. M. Fontes de indexação importantes para a pesquisa. Blog PPEC, Campinas, v.2, n.2, fev. 2018. ISSN 2526-9429. Disponível em: https://bit.ly/3sOHs7U. Acesso em: 20 jan. 2021. 

SANTOS, L. H. L. dos; PEREZ, J. F. Conflito de interesses: um desafio inevitável. Revista Pesquisa FAPESP, n. 62, p. 12, 2001.

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