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COMO ANALISAR UM TRABALHO CIENTÍFICO?

Amanda Soares de Melo

Fonte: Shutterstock.

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Convite ao estudo  

Caro estudante,

Ao final de um curso ou disciplina, muitas vezes você é encorajado a escrever uma monografia sobre o assunto que estudou. Os trabalhos de final de curso ou monografias te preparam para a redação científica, em que quase sempre é necessário seguir uma estrutura que conta com etapas de introdução, desenvolvimento, conclusão, etc. A escrita científica é parte da metodologia a ser seguida no desenvolvimento das pesquisas, por isso é importante conhecê-la. Dada a enorme quantidade de artigos e pesquisas publicados atualmente, se faz necessário distinguir as pesquisas que seguem o maior rigor e excelência científica. 

Nesta unidade, você aprenderá como analisar e redigir um artigo científico, a modalidade mais comum de divulgação científica. É importante conhecer o que se espera de cada seção do artigo, com particular atenção à seção de metodologia e resultados que contempla, dentre outras coisas, a coleta e o tratamento dos dados da amostra. Não obstante, a partir da experiência com a redação científica de artigo, você conseguirá alinhar o conteúdo da sua pesquisa com os outros diversos formatos de comunicação científica já conhecidos por você, sejam eles, resumos, comunicações, revisões, entre outros.

Praticar para aprender

Caro estudante,

A essa altura, você já deve saber que a informação mais qualificada da atualidade é a informação científica. A credibilidade da ciência foi construída por meio da aplicação de metodologias rigorosas do início ao fim da pesquisa, capazes de produzir resultados efetivamente confiáveis. Você já deve saber também que a comunicação científica é indispensável nesse processo, pois é por ela que os cientistas e toda a sociedade ficam cientes do surgimento de novos problemas, bem como de soluções para os problemas.

Assim, dado seu papel crucial, a produção de artigos científicos também deve seguir uma metodologia rigorosa que permita a explanação clara dos resultados e a plena comunicação com seus pares. Os artigos possuem uma estrutura que comumente consiste em introdução, desenvolvimento, metodologia e resultados, mas que pode variar dependendo do campo de pesquisa. Saber como redigir artigos científicos, bem como saber interpretá-los, é parte essencial na busca por informações qualificadas nos dias atuais e pode contribuir em muito com o aprimoramento e a atualização da prática profissional em qualquer área de atuação.

Você construiu sua carreira como pesquisador e foi contratado por uma empresa automobilística para desenvolver um estudo sobre a eficiência energética de dois tipos de ar-condicionado para automóveis. A ideia apresentada pela equipe é encontrar o aparelho com maior eficiência energética para ser instalado em um novo modelo de carro.

Sendo assim, você deve elaborar a metodologia que deve ser empregada na condução do estudo, indicando o método de coleta de dados, os possíveis cálculos efetuados para mensuração da eficiência energética e qual seria a melhor ferramenta estatística para a apresentação dos dados coletados.

Quando se é alfabetizado cientificamente, o mundo parece diferente à sua vista, e essa compreensão dá-lhe poder. – Neil de Grasse Tyson

CONCEITO-CHAVE

Entendimento da Metodologia

Saber redigir e analisar artigos científicos é uma habilidade essencial a ser adquirida pelo pesquisador. Antes de tudo, é necessário compreender a estrutura de um artigo que geralmente passa por introdução, metodologia, resultados e discussão. Cada etapa da pesquisa possui uma série de critérios e procedimentos a serem seguidos, os quais podem variar conforme o tipo de pesquisa. Todavia, em geral, construímos uma análise fundamentada de um artigo observando se ele cumpre adequadamente os seguintes aspectos (CASARIN, 2012; PEREIRA, 2018):

  1. Tema: inicialmente, deve-se ficar claro o tema do trabalho analisado. Esse tema deve ser relevante na área de conhecimento ao qual se enquadra, pois assim se justifica o emprego dos recursos.
  2. Título: o título do artigo deve ser elucidativo, preciso e curto. Os leitores que buscam o artigo devem conseguir saber pelo título se o artigo atende suas necessidades de pesquisa. Para isso, é aconselhável que tenha entre 10 a 12 palavras.
  3. Autores: são aqueles que efetivamente contribuíram no desenvolvimento da pesquisa e deve-se observar suas instituições de origem ou qualificação de cada um deles. Também recomenda-se incluir formas de contato.
  4. Resumo: tem a finalidade de síntese da pesquisa, dando uma ideia de quais foram os objetivos e os caminhos encontrados. Inclui-se aqui os métodos utilizados. Geralmente, também se coloca uma versão do resumo em outro idioma.
    As palavras-chave identificam o tema do artigo por meio da catalogação. 
  5. Introdução: é a parte do trabalho em que é apresentado o problema da investigação, as justificativas da pesquisa, a fundamentação teórica da pesquisa, bem como os objetivos do trabalho, as hipóteses e variáveis utilizadas. A fundamentação teórica se baseia, em geral, nas últimas pesquisas da área de estudo.
  6. Justificativas da pesquisa: o relatório da pesquisa deve incluir uma consideração sobre a relevância do tema ou problema a ser investigado, o que e onde se pode contribuir com a realização da pesquisa.
  7. Objetivos gerais e específicos: o artigo deve ser claro quanto aos seus propósitos, os objetivos devem ser bem definidos e coerentes, além de compatíveis com os métodos e o corpo de conhecimento estabelecido da área.
  8. Hipóteses e variáveis: as variáveis são os parâmetros que irão variar, os atributos que se pretende investigar. Elas devem estar bem definidas e explícitas no artigo. Além disso, deve haver uma previsão do comportamento destas (hipótese) que é apoiada na literatura da área.
  9.  Metodologia: o artigo deve informar claramente quais são os procedimentos e métodos utilizados a fim de testar as hipóteses. O nível de detalhamento deve ser alto para permitir que outro pesquisador replique o experimento. Inclui saber qual o tipo de pesquisa, a abordagem, o lócus da pesquisa, a população, a amostra, os instrumentos utilizados, os cuidados técnicos, as medidas éticas e a forma de análise de dados.
  10. Amostra: o artigo deve detalhar muito bem a população do estudo para que outras pesquisas possam ter parâmetros de comparação. A análise desse conteúdo deve ser meticulosa porque podem esconder falhas que comprometem os resultados da investigação.
  11. Instrumento de coleta de dados: o artigo deve ser explícito quanto aos procedimentos utilizados na coleta de dados, aos meios e instrumentos utilizados, às variáveis de estudo e escalas de variação. A utilização de um instrumento não confiável pode comprometer totalmente o resultado obtido. Além disso, deve-se dizer quem coletou, qual período da coleta, os cuidados tomados durante, etc.
  12. Validade interna e externa: consiste em uma das etapas mais importantes nas análises dos artigos. Aqui é necessário observar criticamente se, por exemplo, não há situações intervenientes que convergem com a variável independente e podem afetar a variável dependente; se a forma de seleção da amostra é adequada quando não é aleatória, se não há enviesamento na amostragem, etc.
    Em suma, é necessário verificar se não há possibilidades de interferência dos resultados que não tenham sido levadas em conta. Há que se verificar também a validade externa, o quanto os resultados conseguem gerar generalizações em outros ambientes ou com outras amostragens. A avaliação também inclui uma análise da confiabilidade e validade dos instrumentos utilizados na coleta de dados. 
  13. Dimensão Ética: o artigo deve respeitar os princípios e as diretrizes éticas determinados pelo Comitê de Ética da instituição a que ele está vinculado, principalmente durante a experimentação com humanos e animais não humanos. Sem esse controle, os resultados da pesquisa são severamente comprometidos.
  14. Resultados, discussão e conclusão: o artigo deve apontar claramente quais foram os resultados, de forma lógica, objetiva e ordenada, podendo utilizar para isso tabelas, gráficos, como material complementar. O artigo deve ser capaz de responder diretamente e objetivamente a questão-problema colocada na introdução. Após essa etapa, os resultados devem ser discutidos à luz do conhecimento da literatura, comparando-os com outros estudos, a fim de reforçar a validade de sua resposta ou solução.

Parece óbvio, mas um dos aspectos importantes de análise é a coerência geral do artigo desde a introdução até a discussão final. Ele não deve conter contradições, mas sim uma harmonia lógica entre as ideias. A falta de coerência pode ser uma das fontes de erros e falhas da pesquisa científica. Não menos importante, o artigo deve indicar adequadamente todas as referências utilizadas para sua composição. É muito comum que as referências sejam normalizadas para facilitar a comunicação com os outros pesquisadores. Uma boa pesquisa, em geral, conta com um número razoável de referências, indicando que se conhece bem a literatura disponível sobre o tema.

Assimile

Conforme explica Casarin (2012), os trabalhos científicos são frequentemente estruturados em ordem cronológica: Introdução, Metodologia, Resultados e Discussão, Conclusão e Referenciais Bibliográficos.

  1. A seção “Introdução” contém as razões que motivaram a investigação e mostra para os leitores como o artigo está estruturado.
  2. A seção “Metodologia” fornece detalhes suficientes para outros cientistas reproduzirem os experimentos descritos no artigo.
  3. As seções “Resultados” e “Discussão” apresentam e discutem os resultados da pesquisa, respectivamente. Essas duas seções frequentemente são combinadas para que os leitores entendam o que os resultados significam.
  4. A seção “Conclusão” apresenta o resultado do trabalho interpretando os achados em um nível de abstração mais alto do que a Discussão e relacionando esses achados ao problema de pesquisa declarado na Introdução.

Leitura dos resultados

Dada sua importância, abordaremos mais profundamente a análise dos resultados de um artigo científico. A seção dos resultados indica o que foi encontrado na pesquisa, isto é, mostra os dados relevantes obtidos pelo pesquisador. Segundo Pereira (2013), é importante que se apresente as características “demográficas, socioeconômicas, clínicas ou de outra natureza” do objeto estudado. Tais dados podem ser alocados em tabelas para uma melhor visualização. Essa parte serve como indicativo das condições a serem observadas para o estudo poder ser replicado. Também deve-se indicar os critérios de exclusão dos participantes na amostra.

Após a explicitação da amostragem, os resultados devem ser elencados em uma ordenação. Primeiro, os mais relevantes, aqueles que respondem diretamente à questão do artigo. O pesquisador, na sequência, poderá expor os resultados secundários, aqueles achados que não eram esperados, mas que são relevantes. Há algumas dicas que podem ser seguidas para facilitar a elaboração da seção de resultados, são elas:

  1. Apresentar os resultados de forma ordenada e lógica.
  2. Dar ênfase somente a informações imprescindíveis.
  3. Não emitir opiniões ou julgamentos sobre o que foi encontrado, pois a parte interpretativa cabe à seção de discussão.
  4. Não replicar no texto os resultados que estão nas ilustrações.
  5. Indicar a significância estatística dos resultados.

Assim, espera-se que na seção de resultados se encontre as informações mais relevantes que a pesquisa obteve. A seção de resultados deve ter um texto curto, simples, objetivo, que preze pela clareza e pela ordenação lógica, seguindo sempre as regras da comunicação científica. Muitas vezes, se faz necessário redigir o texto mais de uma vez, até alcançar a clareza pretendida.

Reflita

Na hora de interpretar os dados e expor os resultados, o pesquisador deve ter muito cuidado para não enviesar e comprometer esses dados com sua análise. Na sua visão, quais práticas podem ser feitas durante a pesquisa a fim de minimizar uma análise tendenciosa dos dados coletados? 

Análise de tabelas, quadros e gráficos

Na etapa da análise de dados, é comum o uso de estatística descritiva que auxilia na forma de obter informações a partir dos dados coletados. São utilizadas para essa tarefa, resumos, gráficos e tabelas. Muitas vezes, a simples visualização dos dados coletados não consegue expressar todas as informações contidas neles, pois existem informações escondidas que só podem ser visualizadas com aplicações de técnicas e métodos estatísticos. Antes de resumir em gráficos, tabelas e quadros, precisamos saber sobre o que iremos falar, isto é, qual o tipo de variável que estamos interessados. Segundo Da Silva (2011), elas podem ser:

  1. Qualitativas: as variáveis desse tipo medem a qualidade, podendo ser ordinais, como o índice de aprovação de um político (péssimo, ruim, regular, bom ou ótimo), ou podem ser nominais, como o sexo de uma pessoa, feminino ou masculino.
  2. Quantitativas: as variáveis desse tipo medem a quantidade, podem ser discretas (os valores são contáveis) ou contínuas (os valores dentro de um intervalo), por exemplo, a altura de uma pessoa.

Existem também métodos específicos quando queremos descrever duas ou mais variáveis e como se relacionam entre si. As ferramentas descritivas e analíticas de dados são inúmeras e devem ser utilizadas conforme os objetivos da pesquisa, são algumas delas:

  1. Tabela de frequência: indica a frequência observada de um fenômeno. Essa frequência pode ser classificada em absoluta ou relativa – absoluta como o número de eventos e relativa como o percentual. Podemos utilizá-la, por exemplo, quando queremos observar a variável “torcedor de time” em uma turma com 20 alunos em São Paulo, conforme a Tabela 4.1.
    Tabela 4.1 | Exemplo de tabela de frequência
    Categoria Frequência
    Absoluta
    Frequência
    Relativa
    Corinthians 10 0,50
    Palmeiras 7 0,35
    São Paulo 2 0,10
    Santos 1 0,05
    Total 20 1,00
    Fonte: Elaborada pela autora.
  2. Gráfico de barras: o gráfico de barras apresenta a frequência absoluta ou relativa de uma observação ou fração de observações. A altura das barras representa o que mais foi observado. Um exemplo desse tipo de gráfico ilustra a nota de cada aluno em uma turma (Figura 4.1).
    Figura 4.1 | Exemplo de gráfico de barras
    Fonte: Elaborada pela autora.
  3. Gráfico de setores (pizza): esse gráfico apresenta uma frequência relativa de uma observação. Eles não são bons para comparações temporais. A Figura 4.2 traz um exemplo desse tipo aplicado às notas dos alunos.
    Figura 4.2 | Exemplo de gráfico de setores (pizza)
    Fonte: Elaborada pela autora.
  4.  Histograma: se parece com o gráfico de barras, mas possui diferenças. O histograma mede um grupo de dados e não uma certa informação como o gráfico de barras. Note que, em relação ao gráfico de barras, no histograma não é possível identificar a nota de cada aluno.
    Figura 4.3 | Exemplo de histograma
    Fonte: Elaborada pela autora.
  5. Tabulação cruzada: quando queremos descobrir se há alguma relação entre duas variáveis diferentes, podemos utilizar a tabulação cruzada. Por exemplo, podemos fazer uma tabulação cruzada com duas variáveis: preço da refeição (R$ 10 a R$ 40) e avaliação da qualidade (ruim, bom, ótimo, excelente) pelos entrevistados. Note que a tabela a seguir indica que conforme aumenta o preço, a satisfação com a qualidade aumenta.
    Tabela 4.2 | Exemplo de tabulação cruzada
    Preço da Refeição
    Qualidade R$ 10-20 R$ 20-40
    Bom 15 1
    Muito Bom 10 10
    Excelente 1 37
    Total 26 48
    Fonte: Elaborada pela autora.
  6. Diagramas de dispersão: mostra a relação de duas variáveis quantitativas. Cada par observado de duas variáveis (x, y) é marcado como um ponto a partir das coordenadas. O diagrama é usado para verificar a existência de uma relação de causa e efeito entre duas variáveis quantitativas. A Figura 4.4 traz um exemplo de gráfico comparativo entre idade da mulher e do marido. Como se observa, à medida que a idade da mulher aumenta, a idade do marido também aumenta. 
    Figura 4.4 | Exemplo de diagrama de dispersão
    Fonte: Martins (2014, s/p)
  7. Gráfico temporal ou sequencial: esse tipo de gráfico mostra a evolução de uma variável ao longo do tempo. É semelhante ao de dispersão, mas neste caso, pode-se unir os pontos consecutivos (Figura 4.5).
    Figura 4.5 | Exemplo de gráfico sequencial
    Fonte: Elaborada pela autora.

Cabe lembrar que não basta apresentar os dados em formas de gráficos ou tabelas sem ter uma teoria estabelecida que ajude a interpretá-los corretamente e fundamente a leitura. Caso contrário, pode-se incorrer nas chamadas relações espúrias. As relações espúrias são correlações estatísticas entre variáveis que não possuem significado teórico, isto é, não existe nenhuma relação de causa e efeito entre elas. Elas podem acontecer por pura coincidência ou por uma terceira variável. Um caso muito conhecido desse tipo é a relação estatística existente entre um aumento nos números de afogamentos e os lançamentos de filmes com o ator Nicolas Cage.

Figura 4.6 | Exemplo de correlação espúria
Fonte: Brenner (2019, s/p).

Cenário da Pesquisa

O cenário da pesquisa consiste na descrição do lugar onde o pesquisador estudará o fenômeno observado, da população ou tamanho da amostra a ser utilizada e dos eventos a serem observados naquele ambiente. Por exemplo, o cenário de uma pesquisa sobre o trabalho rural pode ser as próprias propriedades rurais, como fazendas, e os sujeitos entrevistados podem ser posseiros.

O lócus da pesquisa irá variar de acordo com o tipo de pesquisa. As pesquisas de campo podem ser classificadas em três tipos, de acordo com os objetos de estudo e metodologias: pesquisas exploratórias, quantitativas-descritivas e experimentais.

As pesquisas exploratórias objetivam uma compreensão mais ampla do tema estudado, as quantitativas uma compreensão mais detalhada do objeto em dados quantitativos e as experimentais se objetiva o conhecimento das variáveis que produzem o efeito analisado no objeto estudado.

Apesar das particularidades de cada pesquisa, em geral, sugere-se que uma descrição detalhada do lócus da pesquisa inclua uma definição adequada da população, o método a ser utilizado na coleta de dados, o tipo de abordagem da pesquisa, quais fenômenos serão estudados e quais eventos serão observados, os métodos de mensuração utilizados e a fundamentação teórica do problema investigado.

Exemplificando 

O cenário da pesquisa consiste em uma descrição detalhada de todo o ambiente onde a pesquisa será desenvolvida, os atores envolvidos, as características relevantes do lugar para a pesquisa. É extremamente importante escolher corretamente o cenário da pesquisa. Por exemplo, para verificar uma mudança nos padrões de competitividade da indústria de automóveis, pode ser feita uma pesquisa dentro de empresas de automóveis do Grande ABC, em São Paulo. A escolha desse lugar não é arbitrária, uma vez que a região abriga e já abrigou inúmeras empresas de automóveis, tornando-se um polo relevante desse setor. 

Escrever um artigo científico pode exigir muito tempo e esforço, mas os seus resultados contribuem para o avanço do conhecimento científico, o que torna o processo gratificante. Com as ferramentas adequadas e a metodologia correta, a escrita científica pode ser facilitada. A prática constante da redação científica é a garantia para um aprimoramento contínuo da comunicação científica pelo pesquisador.

Faça a valer a pena

Questão 1

Nesta seção, foi apresentado o problema da investigação, as justificativas da pesquisa, a fundamentação teórica da pesquisa, bem como os objetivos do trabalho, as hipóteses e variáveis utilizadas.

Assinale a alternativa que representa corretamente a seção descrita. 

Correto!

A introdução é a parte do trabalho em que é apresentado o problema da investigação, as justificativas da pesquisa, a fundamentação teórica da pesquisa, bem como os objetivos do trabalho, as hipóteses e variáveis utilizadas. As demais alternativas fazem parte da estrutura do texto, mas não incluem, por exemplo, as motivações do estudo. 

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar novamente.

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar novamente.

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar novamente.

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar novamente.

Questão 2

Os artigos científicos são frequentemente estruturados em ordem cronológica: Introdução, Metodologia, Resultados e Discussão e Conclusão, Referenciais Bibliográficos.

Além da estrutura formal, um artigo científico deve conter:

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Correto!

Um dos aspectos importantes de análise é a coerência geral do artigo desde a introdução até a discussão final. Ele não deve conter contradições, mas sim uma harmonia lógica entre as ideias. A falta de consistência lógica pode ser uma das fontes de erros e falhas da pesquisa científica. As demais alternativas não são consideradas seções obrigatórias da estrutura básica de um artigo científico.

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Questão 3

Consiste na descrição do lugar onde o pesquisador estudará o fenômeno observado, da população ou tamanho da amostra a ser utilizada e dos eventos a serem observados naquele ambiente.

Assinale a alternativa que apresenta corretamente a ideia referida no texto.

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Correto!

O cenário da pesquisa ou lócus da pesquisa consiste na descrição do lugar onde o pesquisador estudará o fenômeno observado, da população ou tamanho da amostra a ser utilizada e dos eventos a serem observados naquele ambiente. 

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Tente novamente...

Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.

Referências

BRENNER, W. Por que toda vez que o Nicolas Cage aparece em um filme, várias pessoas morrem afogadas? Up date or die, 2019. Disponível em: https://bit.ly/38btNj5. Acesso em: 20 dez. 2020.

CASARIN, H. C. S; CASARIN, S. J. Pesquisa científica: da teoria à prática. Curitiba: InterSaberes, 2012.

DA SILVA, T. R. Avaliação da Disciplina de Tratamento e Análise de Dados/Informações. São Paulo: JupiterWeb, 2011.

FIRMINO, C. Aprenda como reduzir o custo de produção na sua indústria de alimentos. MF Consultoria, 2017. Disponível em: https://bit.ly/3eakOTm. Acesso em: 20 dez. 2020.

GREENHALGH, T. Como ler artigos científicos. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.

KOLLER, S. H.; DE PAULA COUTO, M. C. P.; VON HOHENDORFF, J. Manual de produção científica. Porto Alegre: Penso Editora, 2014.

MARTINS, E. G. M. Diagrama ou gráfico de dispersão, Rev. Ciência Elem., V2(3), 2014.

PEREIRA, M. G. A seção de resultados de um artigo científico. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 22, n. 2, p. 353-354, 2013.

PEREIRA, M. G. Artigos científicos: como redigir, publicar e avaliar. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.

Bons estudos!

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