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A leitura é uma prática que traz, além do aprendizado de um conceito, o aprimoramento do vocabulário.
Fonte: Shutterstock.
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Para a resolução da situação-problema, você, como educador dessa turma, a princípio precisa ter em mente que a dificuldade dos alunos em relação à semântica é um problema a ser resolvido a longo prazo, com atividades contínuas. A primeira coisa a se fazer é pensar em mais estratégias de incentivo à leitura. Como se sabe, é por meio da leitura cotidiana que temos maior chance de ampliar nosso vocabulário e, por consequência, produzir textos mais diversificados. Mas também já é sabido o quanto é difícil desenvolver nos alunos o gosto pela leitura. Talvez um dos maiores desafios de toda a área educacional. Contudo, nem por isso podemos desistir desse trabalho com livros paradidáticos, narrativas, contos, fábulas entre outros gêneros em sala de aula. Portanto, contação de histórias em rodas, contação por meio de dramatizações, leituras compartilhadas com a família, cirandas do livro (em que os alunos trocam de livros na turma), leituras em diferentes ambientes, criação do cantinho literário na sala e outras estratégias podem auxiliar os alunos a lerem cada vez mais.
Paralelamente a isso, com certa frequência você pode propor aos alunos uma disputa de sinônimos e antônimos. Alunos, em geral, adoram uma competição – esta, quando desenvolvida de maneira apropriada, pode ser saudável e divertida para os educandos. Tal disputa requer que haja dois grupos, dispostos em filas no centro da sala. Os integrantes do grupo, de forma ordenada, lançam palavras e os jogadores do outro grupo devem dizer um sinônimo ou um antônimo como resposta. Permanecem no jogo aqueles que apresentarem sinônimos ou antônimos adequados dentro de um tempo estabelecido. É importante, em qualquer atividade de jogo ou disputa, deixar bem claro antes quais são as regras e, então, no decorrer da proposta, segui-las fielmente. Nessa disputa em específico, vale também enfatizar com os alunos que nem todos os termos apresentam sinônimos e antônimos. Dessa forma, eles precisam estar atentos quanto a isso. Se for o caso, os grupos podem ter um tempo antes de preparação para a atividade – momento em que podem deixar preestabelecidas algumas palavras para serem usadas durante o jogo. Esperamos que tais orientações e sugestões auxiliem você em situações como essa ou em semelhantes, as quais possam vir a surgir em sua prática educativa futura.
Com o intuito de auxiliar ainda mais em sua prática educacional futura, apresentamos mais uma hipótese de situação-problema. Imagine agora que você é professor no 9º ano do Ensino Fundamental, e tem notado que seus alunos estão apresentando problemas de construção nos textos envolvendo ambiguidade: uso indevido de pronomes possessivos, uso inadequado de pronome relativos, posição inapropriada dos termos na oração e outros. E então: o que poderia ser feito para ajudar seus alunos a construírem textos com mais clareza e destituídos de ambiguidades como problemas de construção? Tendo em vista todo o conhecimento apreendido até aqui, reflita sobre essa questão.
Para resolver essa situação, novamente exige-se tempo. Um trabalho contínuo de identificação, reescrita, análise e reconstrução é necessário. Antes de mais nada, os alunos precisam ter contato com construções ambíguas, para observarem como elas ocorrem e, assim, de posse desse conhecimento, tentarem, cada vez mais, tornarem-se críticos à sua própria escrita. Desse modo, você pode sugerir a pesquisa em grupos ou individualmente de exemplos de frases mal construídas em razão de ambiguidades. Após a pesquisa realizada, tais exemplos podem ser apresentados em sala, para todos, com a devida proposta de resolução de tais problemas construcionais do texto. Em seguida, a prática com exercícios estruturais sobre ambiguidade também auxiliará na fixação dos conceitos. Tais como:
Assinale o item em que o pronome relativo que pode causar ambiguidade:
O homem que cumprimentei é o gerente desse banco.
O aluno que estuda vence cedo ou tarde.
A casa em que moro fica próxima ao centro.
Não conheço o pai do menino que se acidentou.
Por fim, você pode propor que os alunos, em duplas, elaborem desafios de resolução de ambiguidade para outras duplas da sala. Ao final, toda a turma, com a sua intervenção, pode discutir as atividades elaboradas e respondidas, expondo possíveis dificuldades e caminhos para a resolução. Havendo oportunidade de uso dessas sugestões, fique à vontade para adaptá-las a seu modo e acomodá-las da melhor forma à sua realidade.
