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Este estudo apresentará explicações para a contrução correta de frases que possuem desvio conceitual ou expressões não coerentes.
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Você já leu algum enunciado e ficou em dúvida sobre o sentido que estava sendo transmitido? “Será que está se referindo a isso ou àquilo ou a ambas as coisas?”. Certamente, também já usou expressões com sentido figurado, por exemplo, “a vida é um jogo”; “construí essa casa com o suor do meu trabalho”; “o céu está chorando”; “amor e ódio residem em meu peito”. Já notou que alguns vocábulos e/ou expressões produzem efeitos mais ou menos negativos em nossa comunicação? Por exemplo: o verbo “contaminar” – sentido mais negativo – e o verbo “conquistar” – sentido mais positivo. Já se deparou com – e até mesmo utilizou – palavras ou expressões com mais de um significado, a depender do contexto? Lembra-se das homonímias da primeira seção? Pois bem, alguns conteúdos desta seção relacionam-se com elas, uma vez que, neste momento, você terá a oportunidade de aperfeiçoar seus conhecimentos sobre a parte dos estudos da linguagem que se ocupa dos sentidos e dos efeitos de sentido produzidos por diferentes tipos de unidades linguísticas, como prefixos, sufixos, palavras, orações, períodos, textos, signos não verbais. Ou seja, aqui trataremos de semântica, a qual corresponde a exatamente isso: o estudo dos sentidos, dos significados. Há um consenso entre os estudiosos dessa área de língua de que a principal finalidade de qualquer linguagem é a construção de significados e que o bom uso da língua consiste em construir os significados que atinjam o resultado pretendido pelo construtor. Sendo assim, você terá acesso a exemplificações e conceitos acerca de termos e expressões com dois ou mais sentidos; a palavras de sentidos equivalentes e de sentidos opostos e ainda a expressões de sentido figurado e de sentido literal, além do estudo de diferentes efeitos de sentidos que determinadas palavras ou porções textuais podem oferecer e muito mais. Vamos poder sistematizar todos esses conteúdos e passar a vê-los por um olhar mais técnico e acadêmico, e ainda refletiremos sobre tais usos no dia a dia de sua futura prática educativa.
Não raro, ocasiões de dificuldade com relação à semântica dos termos por parte dos alunos, das mais variadas séries, além de frases com problemas de construção (ambíguas); textos com muitos termos repetidos (pouco uso de sinônimos) e dificuldade de interpretação de metáforas e demais figuras de linguagem dizem respeito a situações que podem surgir em seu cotidiano escolar. Dessa forma, é importante para você, futuro professor, desde já conhecer um pouco dos desafios que são constantes em nossa prática docente. Imagine que você leciona em uma turma de 5º ano do ensino fundamental II e tem notado que seus alunos em geral têm produzido textos com pouca diversificação de vocabulário, isto é, textos com muitas repetições, os quais pecam, portanto, no que tange à ausência de repertório ao produzir. Você já os orientou quanto a isso nas correções dos textos e em aula e, ainda assim, tal problema tem sido recorrente nas produções textuais. O que fazer para auxiliar os alunos a fazerem mais uso de sinônimos nos textos, a aumentarem seu repertório sociocultural e, assim, produzirem textos mais ricos e diversificados? É um grande desafio, certo? Mas você é capaz de auxiliar seus alunos em mais essa missão docente. Reflita a respeito.
Esperamos que todos esses assuntos sejam profundamente enriquecedores para você. Bons estudos!
Inicialmente, cabem aqui algumas explanações sobre: signo, significante, significado.
Signo linguístico corresponde a um elemento da língua – manifesto, evidente – formado por sons (na fala) ou de letras (na escrita), que evocam na mente uma noção inteligível – um significado. O signo apresenta dois aspectos distintos: o que é visível ou audível e captado pelos sentidos (que se pode enxergar e/ou ouvir), isto é, o chamado significante (a forma), e a parte que é apenas percebida no interior da mente (o sentido), ou seja, o significado dessa forma. Vê-se que o significante corresponde ao plano de expressão do termo – ao material: como ele é expresso, representado; já o significado diz respeito ao plano de conteúdo – ao imaterial: ao sentido, ao conceito, à ideia de que se depreende ao se ver ou se ouvir o significante. Para maior entendimento e considerando o exposto sobre significante, observe as imagens-exemplo a seguir:
(A)
(B)
Nesses exemplos, o sentido do que vem a ser uma “casa” – construção para moradia – diz respeito ao significado; e a imagem da palavra casa, sua grafia escrita e os sons que representam sua pronúncia correspondem ao significante.
A junção de significante e significado compõe o signo.
Preste atenção nos termos polissemia e ambiguidade. O que significam os elementos “poli” e “ambi”? “Poli” é um elemento de composição de origem grega e tem o sentido de “muito”, “vários”, e “ambi” também é um elemento de composição das palavras, mas tem origem latina e significa “duplicidade”. Assim, considerando tais significados dentro de nossos estudos, temos que o termo “polissemia” diz respeito aos vários sentidos que um termo ou expressão pode ter dependendo do contexto, e “ambiguidade”, ao duplo sentido que um termo ou expressão pode ter simultaneamente, dentro de um mesmo contexto. Vejamos alguns exemplos no quadro que segue.
Polissemia | Maurício conquistou um alto posto em uma multinacional. Preciso encontrar um posto de gasolina urgentemente. |
Sua letra é linda. Você fez caligrafia? A letra da última música de Nando Reis me emocionou. A letra D é a correta nesta questão. |
Pelo contexto e por nosso conhecimento de mundo, entendemos que “posto” no primeiro caso, diz respeito a um cargo na empresa e, no segundo caso, corresponde a um estabelecimento que comercializa combustíveis. E “letra”, no primeiro caso, corresponde à grafia de alguém, à sua forma de escrever – no exemplo, considerada uma forma bonita; no segundo caso, corresponde a uma composição musical; e, no terceiro caso, refere-se à alternativa de uma questão.
Você pode se perguntar se, no caso se “posto”, não seria a mesma coisa que os chamados homônimos perfeitos já estudados nesta disciplina. Alguns autores não diferenciam um do outro; para eles não existem os homônimos perfeitos, mas termos polissêmicos. Tais autores consideram esses casos da palavra “posto” bem como da palavra “banco” como casos de polissemia; eles não os chamam de homônimos perfeitos. Para estes, entram como homônimos apenas os casos dos homógrafos (“gosto” substantivo e “gosto” verbo) e homófonos (“seção”/”sessão”), como vimos anteriormente. Com isso, enquanto alguns autores têm essa visão – de que homônimos perfeitos e polissêmicos são a mesma coisa e os chamam apenas de polissêmicos –, outros diferenciam um fenômeno do outro, ou seja, acreditam que existem casos de homônimos perfeitos e casos polissêmicos. Esses estudiosos, por sua vez, levam em conta situações como o caso do termo “letra”, para afirmar que “posto” se classifica como homônimo perfeito, e “letra”, como um caso de polissemia – consideram que homônimos perfeitos e polissemia não são a mesma coisa, mas fenômenos diversos. A respeito da polissemia de “letra”, você notou que, apesar dos significados distintos em cada contexto, todos se relacionam com a ideia de escrita, certo? Diferente do caso do “posto” (um cargo/um estabelecimento comercial), em que há um mesmo termo – com pronúncia e grafia iguais nas duas ocorrências – designando elementos diferentes – que não mantêm uma relação entre si, como em “letra”. Assim como “letra”, há também polissemia em empregos diversos do verbo “fazer”, por exemplo. Veja: “As costureiras fizeram máscaras cirúrgicas em grande escala.” (produzir); “As abelhas fazem colmeias em árvores.” (construir); “A dificuldade nos faz mais fortes.” (tornar); “Meu cachorro só faz xixi fora de casa.” (excretar); “Alguns fazendeiros fizeram muito dinheiro com a alta do dólar.” (ganhar)”; “Os anfitriões fizeram todo tipo de gentileza para nos agradar.” (prestar).
Com relação à ambiguidade, há uma divisão a se fazer e alguns esclarecimentos. Veja o quadro a seguir.
Ambiguidade lexical Ocorre quando uma palavra, devido à sua polissemia e a um determinado contexto, apresenta dois ou mais significados simultâneos. |
Em uma propaganda de creme dental, há a seguinte frase: “Deixe de lado aquele sorrisinho amarelo.” |
Ambiguidade sintática Ocorre quando um termo ou expressão pode se combinar com duas ou mais palavras de uma frase. |
Em uma capa antiga de uma revista famosa, há o seguinte anúncio: “Ana Maria Braga anuncia casamento nas alturas”. (Ao fundo desse enunciado, há a foto da apresentadora e do noivo dentro de um avião). |
Notou a duplicidade de sentido nas ocorrências apresentadas? Em “Deixe de lado aquele sorrisinho amarelo”, há a chamada ambiguidade lexical, pois os dois sentidos evocados residem no termo amarelo. Um dos sentidos é que o “sorrisinho” está “amarelo” neste contexto em uma leitura literal, ou seja, um sorriso com dentes amarelados, em vez de brancos. Uma segunda leitura faz referência à expressão “sorriso amarelo” com sentido de um sorriso sem graça, forçado, que não é verdadeiro, isto é, quem não tem um sorriso com dentes brancos sorri forçadamente, sem espontaneidade. No exemplo referente à ambiguidade sintática, a dualidade de sentidos ocorre, pois a expressão “nas alturas” pode estar se referindo tanto ao verbo “anunciar” (como se a apresentadora tivesse anunciado o casamento durante um voo – sentido, possivelmente, mais fiel à intenção de quem produziu tal enunciado), quanto ao substantivo “casamento” (como se o casamento fosse ocorrer dentro de um avião – sentido possível, mas menos provável).
É importante destacar também acerca de ambiguidade que tal recurso deve ser evitado em textos mais acadêmicos e informativos, pois pode torná-los pouco claros, gerando dúvidas a quem lê quanto à real intenção comunicativa do interlocutor. Mas, ao mesmo tempo, a ambiguidade corresponde a um atrativo recurso persuasivo, muito empregado em anúncio publicitários, músicas e em textos humorísticos, como o caso da propaganda do creme dental apresentada.
Vejamos algumas situações em que a ambiguidade ocorre como um problema de construção e deve ser evitada:
1. Uso indevido de pronomes possessivos |
João encontrou seu carro. (O carro é de João ou do ouvinte da frase?) |
2. Uso inadequado de pronomes relativos |
Encontrei o filho do homem que morou nos EUA. (Quem morou? O filho ou o homem?) |
3. Uso indistinto entre o pronome relativo e a conjunção integrante |
O motorista disse ao passageiro que era gaúcho. (O motorista era gaúcho ou o passageiro?) |
4. Emprego indevido da coordenação |
Marcelo e Gisele querem casar-se. (Marcelo quer casar-se com Gisele ou cada um deseja casar-se com outra pessoa?) |
5. Sentido indistinto entre agente e paciente |
A recepção dos noivos foi no salão do clube. (A recepção foi oferecida pelos noivos ou eles foram recepcionados?) |
6. Uso incorreto de formas nominais |
Encontrei Maria correndo. (O encontro é que foi rápido; Maria estava correndo; ou ainda era o interlocutor que estava correndo quando encontrou Maria?) |
7. Posição dos termos dentro da frase |
Sérgio viu o assalto da loja. (Sérgio presenciou um assalto quando estava em uma loja ou ele viu acontecer o assalto a uma loja?) |
E como tais ambiguidades poderiam ser desfeitas, já que, nesses casos, são vistas como problemas de construção?
Agora, observe essa imagem-exemplo:
Que nome você daria ao desenho representado? Diabo, demônio, lúcifer, satanás, capeta. Todos esses termos pertencem à mesma classe gramatical e apresentam o mesmo significado. Você se recorda de como chamamos os termos que apresentam sentido equivalente, aproximado? São os sinônimos. Tal vocábulo vem do grego (synonymós), formado por “syn” (com) e “onymia” (nome) – aquele que está com nome semelhante a ele. Será que existem sinônimos perfeitos? Como, em geral, sugerem efeitos de sentido distintos, por exemplo, “morrer/falecer”: morrer – mais direto, forte; já falecer – um pouco mais ameno – acredita-se que não haja sinônimos perfeitos, isto é, de sentido, fielmente idênticos. Vejamos outros casos: residência/casa/lar/moradia/habitação; trabalho/emprego; lanterna/luminária; jornal/periódico; perguntar/questionar; enxergar/ver. É comum utilizarmos sinônimos em produções textuais de qualquer natureza como um recurso referencial, para que não haja tanta repetição de um único termo. Podemos referenciá-lo usando termos de sentido semelhante, exemplo, para o adjetivo “honrado”, podemos usar como sinônimo distinto/decente/ conceituado/digno/honesto/honroso/íntegro.
Agora observe a imagem-exemplo a seguir.
Ela remete a sentidos contrários, certo? Podem se referir a mal/bem; maus/bons; inferno/céu. Assim como esses, há muitos outros pares de oposições: morte/vida; amor/ódio; dia/noite; alegria/tristeza; seco/molhado; quente/frio; alto/baixo. Tais termos de sentidos opostos são os chamados antônimos. Essa denominação também vem do grego e corresponde à união de “anti” (algo contrário ou oposto) e “onymia” (nome). Os antônimos, assim como os sinônimos, são empregados como recursos estilísticos em textos diversos. E todas as palavras têm antônimos? A resposta é não. Por exemplo, o substantivo “caderno” ou “caixa”, entre muitos outros, não apresentam antônimos.
Entender bem as diferenças entre o efeito de sentido de um e outro sinônimo facilita o entendimento dos procedimentos de construção de sentido denominados denotação e conotação. Você sabe do que se trata? Grosso modo, pode-se dizer que sentido denotativo é aquele literal, dicionarizado, e o conotativo, o figurado, aquele que rompe o significado habitual do termo e o eleva a outras associações. Por exemplo, em “dia nublado”, o adjetivo “nublado”, denotativamente, corresponde a um dia cheio de nuvens no céu. Mas, conotativamente, pode referir-se a um dia triste ou a algo obscuro, vago. Em outras palavras, denotação é o significado mais comum de um termo, sem interferência de impressões ou analogias paralelas. E conotação corresponde a um significado a mais, secundário, que se associa ao denotativo, o que significa que ao sentido de base estável acrescentam-se outros traços e impressões ocasionais, em geral, emotivas.
Para um domínio adequado do funcionamento da Língua Portuguesa, ao se estudar semântica, é preciso se enfatizar a importância do contexto. Como já afirmado aqui, uma palavra, uma expressão ou mesmo uma porção textual podem adquirir significados diferentes, dependendo do contexto em que aparecem. E como contexto, não se deve pensar apenas em uma situação comunicativa como um todo, mas também uma palavra, por exemplo – ela pode servir como contexto para um sufixo; bem como uma oração pode servir de contexto para uma palavra; ou uma situação comunicativa como um todo (um diálogo, uma aula, um texto) pode servir como contexto para uma oração.
Contexto pode ser compreendido como uma unidade maior em que se encaixa uma unidade menor. E, mudando o contexto, mudando a palavra ou mudando a oração, pode haver mudança de sentido.
Analisemos agora um caso em que uma oração muda o sentido, conforme a situação comunicativa.
- Marcelo deu um show hoje!
Assim, fora de contexto, tal frase remete a qual significado?
Opção 1: Marcelo é músico e fez um grande show hoje.
Opção 2: Marcelo é estudante e fez uma boa apresentação em um congresso.
Opção 3: o enunciador está sendo irônico e falando a respeito de uma situação comunicativa em que Marcelo exaltou-se em uma discussão, causou escândalo, falou coisas inconvenientes.
Notou a diferença entre um significado e outro? Esse seria o chamado significado pragmático, o significado que, para ser interpretado em textos ou quaisquer enunciados, é preciso se considerar não apenas os termos escolhidos e a forma como estão combinados na estrutura oracional, mas também o contexto externo em que estão inseridos.
Outro exemplo bastante significativo para entendimento da importância do contexto é o uso da frase interrogativa “você viu que horas são?”. Tal sentença pode estar sendo dirigida a alguém que está atrasado, representando o ato de fala indireto “Você vai perder o horário!”. Em outra situação, alguém pode ligar no meio da noite para outra pessoa, e este que atende pode dizer “Você viu que horas são?” como quem diz “Isso é hora de ligar para alguém?”.
Em relação aos efeitos de sentido: você já notou que algumas palavras nos provocam determinados efeitos, como rejeição, agrado, repúdio, humor, comoção? Esses são os chamados efeitos de sentido que determinados termos ou expressões transmitem.
Efeito de sentido é uma reação emocional que o sentido de uma palavra ou expressão provoca no enunciatário.
Enunciatário significa “locutário”, “receptor”, “ouvinte”, “destinatário”, ou simplesmente, “leitor” do texto.
Veja um exemplo: “Os políticos corruptos são ladrões e homicidas, pois, ao desviarem os recursos públicos, roubam materiais escolares e hospitalares, entre muitas outras coisas.” Nesse exemplo, o efeito de sentido produzido é, certamente, o de revolta e de indignação contra os corruptos e os prejuízos sociais que causam. Há também o caso de termos que são considerados sinônimos, porém produzem efeitos de sentido distintos. Exemplo: os substantivos “ocupação” e “invasão”. Ambas podem ser consideradas sinônimos, significando “ação de ocupar, de tomar posse de uma propriedade”. Porém, “ocupação” produz um efeito mais sutil, menos depreciativo; já “invasão” soa mais negativamente, como algo mais ofensivo. Veja mais um caso: “Vieram os homens com as ferramentas.” e “Vêiu us ômi cas ferramenta.”. Note que, nesse par de frases, o sentido é mesmo; existe, no entanto, uma considerável diferença quanto ao efeito de sentido: no primeiro caso: um efeito de maior formalidade; no segundo, efeito de oralidade, informal.
Você sabe o que é impropriedade semântica?
Impropriedade semântica ou desvio conceitual refere-se ao deslize de empregar um termo ou expressão cujo sentido não é coerente com o contexto em que está inserido. Exemplo: em uma manchete de jornal, lê-se “Em São Paulo, a fauna silvestre está semiextinta por completo.” (se está “semiextinta” não é “por completo”.); à frente de um estabelecimento comercial, há o seguinte cartaz: “Aberto todos os dias; descanso semanal: terça” (se está aberto todos os dias, entende-se que terça também estaria aberto.).
E restrição ou ampliação de sentido? Do que se trata?
Como o próprio nome diz, restrição ou ampliação de sentido ocorre quando uma palavra passa a ter um significado menos ou mais abrangente do que tinha na sua origem. Por exemplo, o termo “sucesso” corresponde à segunda forma do particípio do verbo suceder (sucesso ou sucedido). No português atual, porém, o sentido dessa palavra se restringiu. Usamos apenas para indicar uma ocorrência vitoriosa e não qualquer acontecimento que sucedeu. Já como exemplo de ampliação de sentido, podemos citar o verbo “embarcar”, por exemplo. A princípio, era usado para se entrar em um barco. Com o passar do tempo, passou a ser usado também para outros meios de transporte: embarque em avião, em ônibus e outros.
O diminutivo é uma maneira ao mesmo tempo afetuosa e precavida de usar a linguagem. Afetuosa porque geralmente o usamos para designar o que é agradável, aquelas coisas tão afáveis que se deixam diminuir sem perder o sentido. E precavida porque também o usamos para desarmar certas palavras que, por sua forma original, são ameaçadoras demais. (VERÍSSIMO, 1994, [s.p.])
Lembra-se dessa definição?
Às unidades colocadas antes dos radicais atribui-se o nome de prefixos; e às unidades colocadas depois dos radicais dá-se o nome de sufixos.
Você já notou que a simples inserção de um prefixo ou de um sufixo pode mudar todo o sentido de um vocábulo? Tais elementos correspondem a afixos importantes no que diz respeito à significação das palavras. Por exemplo, ao inserirmos o prefixo latino de negação i-, im-, in-, ir-, mudamos completamente o significado de termos como:
legal – ilegal; possível – impossível; feliz – infeliz; redutível – irredutível.
Outro exemplo é também o caso do latino re-, cujo significado é movimento para trás, repetição, mudança de estado. Veja:
fazer – refazer; começar – recomeçar; escrever – reescrever.
Em se tratando de sufixos, veja como eles também atuam na significação dos termos que usamos em nossa comunicação. Você conhece a obra Negrinha, de Monteiro Lobato? Trata-se de um livro de contos. O primeiro deles tem o nome homônimo “Negrinha” – história ambientada no início do XX, cuja personagem principal é uma menina órfã, negra, que vivia sob os maus-tratos de D. Inácia, uma senhora rica e má, que nunca aceitara muito bem o “novo regime”, isto é, o fim da escravidão. Por que o autor escolheu esse nome para o conto? O termo “Negrinha” contém o sufixo “inha”, de grau diminutivo, sem dúvidas, para evocar a ideia de tamanho – função típica desse sufixo – já que se tratava de uma criança de sete anos. Mas, além disso, esse nome também pode ter sido escolhido pelo autor, devido à noção de inferioridade, “pouca importância” que o sufixo “inho” pode transmitir.
Assim cresceu Negrinha — magra, atrofiada, com olhos eternamente assustados. Órfã aos quatro anos, ficou por ali, feita gato sem dono, levada a pontapés. Não compreendia a ideia dos grandes. Batiam-lhe sempre, por ação ou omissão. (LOBATO, 2008, p. 78)
Outros exemplos de usos do sufixo -inho relacionado à ideia de tamanho: banquinho, salinha, lembrancinha (nesse caso, tanto de tamanho quanto pode ser de “pouco valor”), plantinha.
Tal sufixo também pode indicar carinho, apreço, afetividade: amorzinho (alguns autores ressaltam diferenças entre “zinho” e “inho”. Por exemplo, o diminutivo em termos com vogal nasal, ditongo oral, palavras proparoxítonas, vogal tônica e terminados em “l” ou “r” será realizado com “zinho” e não com “inho”), cachorrinho, mãezinha. Ademais, há também a carga pejorativa que o sufixo -inho também pode apresentar.
E, além desses usos, há ainda a carga semântica pejorativa que o sufixo -inho pode indicar. Observe a manchete a seguir: “Vôlei é coisa de mulherzinha?” (AGUIAR, 2020, [s.p.], grifo nosso). Nesse caso, o termo “mulherzinha” não está relacionado a tamanho, muito menos a carinho. Ele auxilia na projeção da ideia depreciativa e preconceituosa de se referir a ações ou atividades que são estereotipadas como tipicamente femininas.
A exemplo de -inho, o sufixo diminutivo -eco também pode exprimir noções de inferioridade, rebaixamento, depreciação. Observe o exemplo: “Se um livreco de ocasião vende muito, independente do valor literário, é certo que vai ganhar maior espaço que o livro de qualidade” (NUNES, 2017, [s.p.]).
Observa-se, nessa ocorrência, clara intenção do enunciador em rebaixar a importância do livro em questão, tido como de menor qualidade, porém vendendo mais do que outro, segundo o enunciador, de maior valor literário. Segundo Camargo (2001), o sentido depreciativo, todavia, em geral, relaciona-se aos sufixos de aumentativo.
O tamanho excessivo é visto como algo feio e desproporcional. A ninguém agradará ouvir que tem um narigão ou um cabeção. Se o sufixo "-ão" indicar agente de ação, a expressão assumirá claro sentido pejorativo. Não será nada elogioso chamar alguém de fujão nem de mandão. (CAMARGO, 2001, [s.p.])
Interessante o papel dos prefixos e sufixos na produção de sentidos, certo? Inclusive, um outro caso que chama a atenção é o do sufixo diminutivo -eiro. Já observou como ele também apresenta funções semânticas diversificadas? Por exemplo, na palavra brasileiro, o sufixo -eiro denota origem, porém, em nomes como enfermeiro, padeiro, verdureiro, tal sufixo traz ao termo o sentido de profissão. Além disso, também pode indicar habitualidade, como em fofoqueiro ou nomes de árvores frutíferas como coqueiro, entre outros grupos de afinidades semânticas.
Vimos há pouco que uma palavra pode funcionar como contexto para um prefixo ou sufixo. Em brasileiro, o sufixo -eiro, no contexto desse adjetivo “brasileiro”, promove tal significado de origem, bem como em pedreiro, que passa a ideia de profissão, e assim por diante. Isto é, brasileiro e pedreiro funcionam como contexto para -eiro.
E ainda com relação ao sufixo -eiro, um dado interessante a se observar: ao indicar profissões, se comparado com -ista, tende a indicar categorias profissionais de menor prestígio social. Veja:
sanfoneiro, barbeiro, borracheiro, marceneiro, pedreiro
oftalmologista, dentista, violinista, tenista, jornalista
Contudo, é válido destacar que essa parece ser apenas uma tendência de tais sufixos, isto é, não se trata de uma regra absoluta, uma vez que há exceções. Por exemplo: engenheiro é uma profissão com status social e contém o sufixo -eiro em vez de -ista. Em contrapartida, há também frentista, motorista, o quais não têm elevado prestígio social e são formadas por -ista e não por -eiro.
Há muito mais o que se estudar sobre a relevância dos prefixos e sufixos na produção de sentidos. Sugerimos as seguintes leituras:
Os pesquisadores Marcelo Módolo e Henrique Braga, da FFLCH-USP, escreveram um interessante artigo acerca do diminutivo envolvendo a questão da pandemia Coronavírus – 2020.
MÓDOLO, M.; BRAGA, H. Gripe tem tamanho? Jornal da USP, 28 abr. 2020.
O artigo a seguir trata do sufixo -eco e foi produzido pela pesquisadora Maria Fernanda, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
FERNANDA, M. O Sufixo -eco sempre forma diminutivos com valor pejorativo no PB? Domínios de Lingu@gem, v. 5, n. 2, p. 121-137, 2 jan. 2012.
O estudo a seguir fala acerca da sufixação e da grande produtividade do sufixo “eiro”.
MACEIS, V. A. Um estudo sobre a sufixação e a polissemia do sufixo “eiro”. In: SEMINÁRIO NACIONAL EM ESTUDOS DA LINGUAGEM: Diversidade, Ensino e Linguagem, II., 2010, Cascavel. Anais […]. Cascavel: UNIOESTE, 2010.
O conteúdo desta seção consta entre os estudos previstos pela BNCC. Veja, a seguir, algumas das habilidades referentes ao trabalho com semântica no ensino fundamental I (2º ano):
(EF02LP10) Identificar sinônimos de palavras de texto lido, determinando a diferença de sentido entre eles, e formar antônimos de palavras encontradas em texto lido pelo acréscimo do prefixo de negação in-/im-.
(EF02LP11) Formar o aumentativo e o diminutivo de palavras com os sufixos -ão e -inho/-zinho. (BRASIL, 2019, p. 101)
Camilo quis sinceramente fugir, mas já não pôde. Rita, como uma serpente, foi-se acercando dele, envolvendo-o todo, fez-lhe estalar os ossos num espasmo, e pingou-lhe o veneno na boca. Ele ficou atordoado e subjugado. Vexame, sustos, remorsos, desejos, tudo sentiu de mistura; mas a batalha foi curta e a vitória delirante. Adeus, escrúpulos! Não tardou que o sapato se acomodasse ao pé, e aí foram ambos, estrada fora, braços dados, pisando folgadamente por cima de ervas e pedregulhos, sem padecer nada mais que algumas saudades, quando estavam ausentes um do outro. A confiança e estima de Vilela continuavam a ser as mesmas. (MACHADO DE ASSIS, 1994, p. 30, grifos nossos)
A obra literária A cartomante, de Machado de Assis é um conto no qual o enredo gira em torno de um triângulo amoroso: Camilo, Rita e Vilela. Rita era esposa de Vilela e o traiu com o amigo dele, Camilo. O trecho apresentado narra a cena do primeiro beijo do casal adúltero, cujo amor converteu-se em tragédia. Mas apareceu a palavra beijo? Não, certo? Como este foi representado? No trecho em que entendemos que Rita “pingou-lhe o veneno na boca.”. Em vez de usar o sentido literal dos termos e expressões, muitas vezes Machado de Assis opta pelo sentido figurado, produto de associações da mente, que torna mais expressiva sua literatura. Nesse caso, o ato de beijar é comparado – sem o uso de elementos comparativos – com o ato de se pingar o veneno na boca. Em outras palavras, nessa imagem não literal criada, Machado faz uso de uma das figuras de linguagem mais comumente usadas em nossa comunicação cotidiana: a metáfora. Nesse mesmo trecho, ao narrar que a “batalha” foi curta, também há uma metáfora, pois comparou-se o ato de Camilo em resistir – ainda que minimamente – aos encantos de Rita, como se fosse uma “batalha” em que ele “lutou” contra o desejo de se envolver com a esposa de um amigo. Em “Não tardou que o sapato se acomodasse ao pé, […]”, o narrador compara a ação, em geral, incômoda, a princípio, que se tem ao se usar um sapato novo, mas que depois toma a forma do pé e se torna confortável, com a situação nova e perturbadora para Camilo, isto é, trair seu amigo – mas apenas no início, uma vez que, assim como o sapato se acomoda ao pé, Camilo logo se acostumou com aquela situação de infidelidade em que se encontrava.
Em “como uma serpente”, o narrador compara Rita com uma serpente. Nesse caso, também é uma metáfora? Aqui tem-se uma comparação, já que a relação de semelhança entre Rita e a serpente se deu com o uso de um elemento comparativo “como”. Não fosse isso, seria uma metáfora. Dessa forma, infere-se que tanto a metáfora quanto a comparação transportam o significado de uma palavra para outra por meio de uma relação de semelhança entre um significado e outro. A diferença é que a comparação utiliza um conector explícito para relacionar essas duas realidades, e a metáfora não. Veja, no quadro que segue, mais alguns exemplos de metáforas e comparações.
Metáforas |
Comparações |
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“Amar é ter um pássaro pousado no dedo. Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar”. Rubem Alves (2009, [s.p.]) | “A noite é como um olhar longo e claro de mulher”. Vinícius de Moraes (MORAES ,1933, [s.p.]) |
“Meu sorriso é uma fenda escavada no chão.” Chico Buarque (BAIOQUE, 1972, [s.p.]). | “Quero ficar no teu corpo feito tatuagem.” Chico Buarque (TATUAGEM,1973, [s.p.]). |
“Agora está de camarote a Rússia aguardando seu adversário.” (Metáfora extraída de uma narração de um jogo de futebol. O comentarista refere-se ao time da Rússia, após vencer o último jogo) |
O seu sorriso é como o sol. |
“A Croácia parece que estacionou.” (Metáfora também extraída de uma narração de um jogo de futebol. O comentarista refere-se ao time da Croácia, que não fazia uma boa partida.) |
“A felicidade é como a pluma.” Tom Jobim e Vinícius de Moraes (A FELICIDADE, 1978 , [s.p.]). |
Tal qual esmeraldas são seus olhos. |
Agora observe os exemplos que seguem:
"O vento beija meus cabelos, / as ondas lambem minhas pernas, / o sol abraça o meu corpo, / meu coração canta feliz." Lulu Santos e Nelson Mota (DE REPENTE, 1982, [s.p.]).
É possível que literalmente o “vento beije meus cabelos”? “As ondas lambam minhas pernas”? “O sol abrace meu corpo”? E o “coração cante”? Sem dúvida, não. Porém, de modo figurado, isso é possível. Nesse caso, como temos a atribuição de ações humanas a não humanos ou a elementos irracionais, temos a figura chamada personificação ou prosopopeia. Tal figura atribui não só ações, mas também características humanas a seres inanimados ou irracionais. Exemplo: “Os dias seguiam-se tristonhos…" Eça de Queirós (1988, p. 145).
Examine agora um outro exemplo: “Adoro ler Machado de Assis.” Também há sentido figurado neste exemplo. Não é uma comparação, nem metáfora, tampouco personificação. Nesse caso, o nome “Machado de Assis” representa os contos, romances, poemas, enfim, as obras do autor. Quando um termo representa o outro, em uma relação de interdependência, temos metonímia. Analise mais um exemplo:
O bonde passa cheio de pernas
Pernas brancas pretas amarelas
Para que tanta perna, meu Deus, […].
Nesse caso, há metonímia porque as pernas representam as pessoas que estão no bonde – uma relação de parte pelo todo – isto é, não são só as pernas que estão no bonde, mas as pessoas por completo.
Provavelmente você, alguma vez na vida, já tenha usado a expressão (ou algo semelhante): “Já te falei isso mil vezes!”, ou então “Estou morrendo de fome”. Construções assim são carregadas de ênfase e de exagero, uma vez que, provavelmente, tenha-se dito algo muitas vezes, mas não mil; ou se está com muita fome, mas não a ponto de morrer. Certo? Quando recorremos a esse uso expressivo do exagero, empregamos a hipérbole, bem como fez o poeta Olavo Bilac (1985, [s.p.], grifo nosso) em: “Rios te correrão dos olhos, se chorares […]” – por mais que se chore muito, não haverá formação de um rio.
Você já deve ter se visto em alguma situação em que precisou trocar suas palavras, suavizar e/ou modalizar seu discurso para exprimir informações um tanto negativas, desagradáveis. Por exemplo, para dizer ao outro que alguém morreu ou para contar que alguém roubou algo, mentiu etc. Nessas situações, você fez uso de eufemismo, que é a figura de linguagem na qual, justamente, o falante recorre ao uso de termos mais suaves, delicados, amenos, a fim de gerar um efeito de sentido menos impactante. Esse recurso também é muito comum em notícias quando não se deseja, muitas vezes, expor determinadas pessoas e/ou instituições. Exemplos:
“Joaquim, durante o tempo em que administrou a cidade, não respeitou como devia os bens públicos.” – para não dizer: “Joaquim roubou dinheiro público”. Outro exemplo: “Os amigos que me restam são de data recente; todos os antigos foram estudar a geologia dos campos santos” Machado de Assis (1994, p. 2) – ou seja, os amigos antigos já morreram.
Para encerrar o conteúdo da seção – mas sem esgotar o assunto “figuras de linguagem”, uma vez que apresentamos apenas as principais; há muitas outras para serem estudadas, conforme se poderá constatar em uma sugestão de leitura a seguir –, analise o trecho da canção que segue.
Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim
Dia e noite, não e sim
A canção apresenta antônimos e pares de oposição. Os compositores fizeram uso de antítese, ou seja, propuseram o confronto de palavras/ideias contrárias não simultâneas: som/silêncio, luz/escuridão, dia/noite, não/sim, a fim de enfatizar as dualidades e contradições que encontramos no decorrer da vida.
Muito confundido com a antítese, é a figura do paradoxo. O paradoxo também se encontra entre as figuras que atuam com oposições, porém, nesse caso, ideias contrárias são englobadas num só conjunto, simultaneamente. Exemplo: “Incêndio em mares de água disfarçado; rio de neve em fogo convertido”. (MATOS, 1989, [s.p.]) – Como pode haver fogo em mares? Como pode um rio de neve converter-se em fogo? O paradoxo foge à lógica e exalta a beleza da contradição.
Conheça e/ou resgate seu conhecimento acerca dessas e de outras figuras de linguagem com os seguintes textos:
VIANA, G. Figuras de linguagem. Mundo Educação, [s.d.].
SOUZA, W. Figuras de linguagem. Português, [s.d.].
Você já imaginou como seria o mundo sem metáforas? Sem sentido figurado – somente o literal. Como seria nossa comunicação pautada apenas na denotação dos termos e expressões? Pense nisso.
Vamos conhecer mais alguns exemplos de metonímia?
Conforme se viu, a metonímia corresponde à figura de linguagem em que uma palavra substitui outra com base em uma relação de contiguidade. Veja mais alguns exemplos:
Com isso, concluímos esta seção a respeito de semântica, isto é, dos recursos e processos voltados ao estudo do significado e produção de sentidos nos textos diversos. Aproveite ao máximo tudo o que leu e aprendeu até aqui, a fim de que obtenha bons resultados em sua prática docente.
A FELICIDADE. Compositores e intérpretes: Vinícius de Moraes e Tom Jobim. Rio de Janeiro: Continental, 1978
AGUIAR, G. Vôlei é coisa de mulherzinha? To Fly Volleyball, 8 jun. 2020. Disponível em: https://bit.ly/2OSyZON. Acesso em: 27 jun. 2020.
ALVES, R. Amor. 5. ed. Campinas: Papirus, 2009.
ANDRADE, C. D. de. Alguma Poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. Disponível em: https://bit.ly/3hy1b6a. Acesso em: 10 jul. 2020
ASSIS, M. de. Dom Casmurro. São Paulo: Abril Cultural, 1978
ASSIS, M. de. Obras Completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar S.A., 1997.
BAIOQUE. Compositor e intérprete: Chico Buarque de Holanda. Rio de Janeiro: Philips, 1972.
BILAC, Olavo. Alma inquieta. Rio de Janeiro: Vermelho Marinho, 2018.
BILAC, O. In extremis. In: LAJOLO, M. Melhores poemas de Olavo Bilac. São Paulo: Editora Global, 1985.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação, 2019. Disponível em: https://bit.ly/3eSSwt5. Acesso em: 26 jun. 2020.
CAMARGO, T. N. Diminutivos e aumentativos. Folha de S. Paulo, 16 jan. 2001. Disponível em: https://bit.ly/2BtKh9k. Acesso em: 9 jun. 2020.
CERTAS COISAS. Compositores: Lulu Santos e Nelson Motta. Intérprete: Lulu Santos. São Paulo: Gravadora WEA, 1984
CONSULTOR JURÍDICO. Rejeição de testemunha com ação idêntica não fere defesa. Consultor Jurídico, 27 nov. 2007. Disponível em: https://bit.ly/30IRevw. Acesso em: 7 jun. 2020.
DELESALLE, S. Vie des mots et science des significations: Arsène Darmesteter et Michel Bréal. Documentation et recherche en linguistique allemande contemporain - Vincennes, n° 36-37, p. 265, Dialogues, 1987.
DE REPENTE Califórnia. Compositor: Lulu Santos e Nelson Motta. Intérprete: Lulu Santos. São Paulo: Gravadora WEA, 1982
ESPANCA, F. Livro de Soror Saudade. Lisboa: Atlântico Press, 2013.
LIVRARIA CULTURA S/A. Negrinha. Monteiro Lobato. Livraria Cultura, 2020. Disponível em: https://bit.ly/30E8VfP. Acesso em: 27 jun. 2020.
LOBATO, J. B. Negrinha. São Paulo: Globo, 2008.
MATOS, G. Poemas escolhidos. São Paulo: Cultrix, 1989.
MACEIS, V. A. Um estudo sobre a sufixação e a polissemia do sufixo “eiro”. In: SEMINÁRIO
NACIONAL EM ESTUDOS DA LINGUAGEM: Diversidade, Ensino e Linguagem, II., 2010, Cascavel. Anais […]. Cascavel: UNIOESTE, 2010. Disponível em: https://bit.ly/3hwqs0s. Acesso em: 20 maio 2020.
MACHADO DE ASSIS, J. M. A cartomante. In: Várias histórias - Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
MATOS, Gregório. Poemas escolhidos. São Paulo: Cultrix, 1989.
MARQUES, M. H. D. Iniciação à Semântica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1990.
MENINO coberto de óleo traduz em imagem a tragédia do litoral nordestino. UOL, 25 out. 2019. Disponível em: https://bit.ly/3f1zRLW. Acesso em: 28 jun. 2020.
MÓDOLO, M.; BRAGA, H. Gripe tem tamanho? Jornal da USP, 28 abr. 2020. Disponível em: https://bit.ly/39tXUSn. Acesso em: 27 jun. 2020.
MORAES, V. Vazio. Vinícius de Moraes – Poesia. Rio de Janeiro, 1933. Disponível em: https://bit.ly/2E5FWtI. Acesso em: 9 jul. 2020
NUNES, A. Da série “Os editores”, entrevista com José Mario Pereira. Veja, 13 dez. 2017. Disponível em: https://bit.ly/32N53vK. Acesso em: 27 jun. 2020.
QUEIRÓS, E. de. Os Maias. Editora Vermelho Marinho, 2017.
SANT’ANNA, A. R. Paródia, paráfrase & Cia. 8. ed. São Paulo: Ática, 2007.
SILVA, F. G.; SANT’ANNA, S. A semântica lexical e as relações de sentido: sinonímia, antonímia, hiponímia e hiperonímia. Cadernos do CNFL, v. 13, n. 3, 2009. Disponível em: https://bit.ly/3jAAtLK. Acesso em: 28 jun. 2020.
SOUZA, W. Figuras de linguagem. Português, [s.d.]. Disponível em: https://bit.ly/32OMaZe. Acesso em: 28 jun. 2020.
TATUAGEM. Compositor e Intérprete: Chico Buarque de Holanda. Rio de Janeiro: Philips, 1973.
VIANA, G. Figuras de linguagem. Mundo Educação, [s.d.]. Disponível em: https://bit.ly/3fUWtPl. Acesso em: 27 jun. 2020.
VEREZA, S. O lócus da metáfora: linguagem, pensamento e discurso. Cadernos de Letras da UFF – Dossiê: Letras e Cognição, n. 41, p. 199-212, 2010.
VERÍSSIMO, L. F. Diminutivos. In: VERÍSSIMO, L. F. Comédia da vida privada. 101 crônicas escolhidas. Porto Alegre: LP&M, 1994.