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sem medo de errar
Na situação-problema desta seção, conhecemos um profissional da educação física que atua como docente em uma escola e que estava em meio aos desafios de melhorar o estilo de vida de seus alunos e de conscientizá-los sobre a importância de manter hábitos saudáveis. Para isso, o professor teria de escolher ferramentas para avaliar o estilo de vida dos estudantes.
Para atender a tais demandas, o profissional poderia pensar que, para que consiga auxiliar na melhora do estilo de vida dos alunos, deve, primeiramente, aplicar uma avaliação para conhecer as características individuais do público-alvo, e também para entender como é o estilo de vida da turma. A Roda da Vida e o Pentáculo do Saber são bons instrumentos para a avaliação de estilo de vida dessa população, pois são ferramentas visuais, fáceis de serem aplicadas e interpretadas. Os resultados desses instrumentos de avaliação são apresentados por meio de figuras, as quais podem ser coloridas com diferentes tons conforme as respostas dadas, essa utilização de diversas cores ajuda a diferenciar os aspectos abordados, tornando a ferramenta visual, mais compreensível e lúdica. Os resultados obtidos na avaliação podem ser discutidos e comparados com outros resultados, quando houver reavaliações, sempre tomando o cuidado de preservar a identidade do avaliado. Os pontos fracos podem ser expostos aos alunos para a reflexão e para incentivá-los a pensar em possíveis modificações de hábitos que podem melhorar esses aspectos.
O planejamento da prática pode ser baseado nos pontos a serem melhorados, de acordo com o que mostraram os resultados desses instrumentos de avaliação. A intervenção pode ser direcionada a contemplar os pontos fracos observados, sem deixar de focar em atividades práticas que visam o estado físico, mas optando por intervenções mais abrangentes, direcionadas também para os aspectos emocionais e sociais, como as atividades cooperativas. O estado emocional pode ser trabalhado por meio de exercícios respiratórios, de relaxamento, de meditação e de atividades lúdicas.
Além de planejar práticas que abordem diferentes aspectos inerentes à qualidade de vida, a conscientização e a motivação também podem ser trabalhadas com os alunos. O trabalho de conscientização pode ser feito por meio de rodas de conversa e de dinâmicas educativas, abordando a importância de manter um bom estilo de vida, de fazer as escolhas corretas, de praticar atividade física para uma boa saúde física e mental, de não se submeter aos riscos do sedentarismo e de adotar um comportamento preventivo.
O comportamento preventivo pode ser abordado por meio de aulas temáticas, sendo que cada uma poderia abordar um tipo de comportamento. O não uso de drogas, por exemplo, poderia ser abordado em uma aula por meio de atividades práticas e de conscientização, e outros temas, como não tabagismo, uso de cinto de segurança, uso de preservativo e uso de protetor solar, em outras aulas.
Trabalhar motivação com os alunos também é importante, pois muitas vezes eles estão desmotivados em diversos aspectos da vida. Rodas de conversa e aulas expositivas, com histórias reais de mudança de hábitos que se sagraram vitoriosas, podem ser utilizadas para motivar a manutenção de hábitos saudáveis.
Essa poderia ser uma forma de atuar dentro das perspectivas dos questionamentos levantados nesta situação. Vá em frente e indique uma nova possibilidade de resposta, pois a partir do que discutimos nesta seção, você tem plenas condições!
Avançando na prática
Trabalhando as dimensões da qualidade de vida com crianças
Nesta problemática, consideraremos a rotina de um profissional da educação física que atua como docente no ensino fundamental de uma escola em uma cidade interiorana.
Imagine-se no lugar desse profissional. Como complemento às suas aulas de educação física, você decide abordar o tema qualidade de vida, pois sabe que é um conceito abrangente e importante, que se for trabalhado desde cedo pode ajudar a gerar escolhas que afetarão positivamente a qualidade de vida futura dos alunos.
Você pretende abordar, em suas aulas, todos os aspectos relacionados à qualidade de vida, apresentando um de cada vez, ensinando conceitos e gerando reflexões para que os alunos consigam visualizá-los em seu cotidiano. Como esses temas podem ser abordados dentro deste contexto?
Para atender a essa demanda, o profissional poderia abordar os temas separadamente, em cada aula, explicitando o significado de cada um deles e sua relação com o cotidiano, realizando práticas relacionadas ao tema, tanto para incentivar o trabalho com o aspecto em questão quanto para reforçar o conhecimento.
- Estado físico: ensinar a importância da prática de atividades físicas e de manter uma alimentação saudável por meio de atividades lúdicas e esportivas;
- Estado psicológico: explicar conceitos básicos sobre saúde mental e emoções e realizar atividades lúdicas para incentivar a alegria, além de atividades relaxantes, como meditação e respiração, para o controle emocional;
- Nível de independência: explicar o conceito, sua relação com o cotidiano e praticar atividades educativas para reforçar a aprendizagem;
- Relações sociais: tratar a respeito da importância dos relacionamentos na vida humana, reforçar o valor da amizade e da generosidade e realizar atividades cooperativas que reforcem esse conceito;
- Entorno: abordar a relação do meio ambiente com a vida das crianças, falar sobre a importância da relação com a natureza e sua preservação, e também sobre a relevância do meio escolar na vida deles, por meio de atividades educativas e expositivas;
- Crenças pessoais e espiritualidade: enfatizar a diversidade religiosa e a importância de respeitá-la, propondo dinâmicas educativas ou uma roda de troca de experiências, na qual cada aluno conta um pouco de sua relação com esse tema.
Destacamos que essa poderia ser apenas uma maneira de responder os questionamentos da situação; você vê outras possibilidades? Vamos lá, exercite os conhecimentos adquiridos!
