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Fonte: Shutterstock.
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Apesar das limitações econômicas e sociais do público-alvo, práticas podem ser desenvolvidas para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, uma vez que outros aspectos relacionados à vida do ser humano também são influenciadores da qualidade de vida.
Lembre-se dos aspectos estudados nas seções anteriores que englobam a qualidade de vida e que são independentes de situação financeira, podendo ser trabalhados na educação física.
Outros aspectos relacionados à qualidade de vida, como alimentação saudável, espiritualidade e hábitos saudáveis, podem ser trabalhados em ações de conscientização, por meio de palestras, de rodas de conversa e de dinâmicas de grupo.
Imagine que você é um profissional da educação física que atua em um projeto público de acolhimento a crianças em situação de vulnerabilidade social. Essas crianças têm pouco acesso à alimentação adequada, e algumas encontram-se em baixo peso, pois não fazem todas as refeições em casa.
O projeto dispõe de um pátio coberto para a realização de atividades e de alguns materiais, como bolas, arcos e cordas. As crianças passam meio período no projeto e, no outro período, estão na escola. As atividades físicas são realizadas todos os dias, durante o período de uma hora.
Quais atividades você poderia propor para as crianças, e como essas práticas podem interferir positivamente na qualidade de vida desse público?
Pense em intervenções voltadas a essa população, que compreendam outros aspectos da qualidade de vida e não apenas os aspectos físicos.
Primeiramente, como essas crianças sofrem pela alimentação inadequada, mesmo não sendo responsabilidade do professor, ele deve verificar se o projeto oferece refeições e lanches, que deveriam ser servidos após as atividades, além de água potável.
A nutrição não é o único fator negativo na qualidade de vida dessas crianças, provavelmente outros problemas relacionados à vulnerabilidade social, como falta de água, baixa renda e baixo acesso à saúde, interferem na qualidade de vida e, consequentemente, afetam, potencialmente, a saúde emocional desses indivíduos, lembrando que as crianças são o público que mais sofre com baixo nível socioeconômico.
As atividades propostas para esse público são jogos recreativos e musicais que, além de trabalharem os aspectos físicos, trabalham também aspectos lúdicos, melhorando o estado de ânimo. Jogos cooperativos são importantes para desenvolver a colaboração, reforçando as relações sociais e o respeito ao próximo.
As crianças não devem praticar as atividades sentindo fome, o professor deve estar atento a esse detalhe, por isso, mesmo não sendo de sua responsabilidade, ao atender um público com esse tipo de deficiência, deve ter empatia, entender a situação e colaborar com ações que possam fornecer alimentação para suprir essas necessidades, seja por meio de ações voluntárias, com a ajuda de ONGs, ou por iniciativa do poder público.