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Olá! Parabéns por ter chegado até aqui. Estamos avançando cada vez mais e você está ganhando proficiência em gestão, qualidade e segurança do paciente. E qual será o nosso próximo passo? A partir de agora, iniciaremos um novo processo. Compreenderemos quais são as ações práticas que podem ser implantadas no serviço de saúde para melhoria contínua da qualidade e segurança do paciente. À medida que você aprofundar o tema, visualizará como pode implantar as ações na sua área de atuação, por exemplo, como melhorar a identificação e a comunicação e como tornar os processos mais seguros para seu paciente/cliente e sua equipe.
Vale ressaltar que um grande aliado da segurança do paciente e da melhora dos processos atualmente é a tecnologia. Desse modo, você, como futuro profissional de saúde, pode pensar em estratégias criativas e inovadoras para melhorar o seu serviço. Não há limites quando se tem o desejo de melhorar os processos.
Um dos pontos primordiais da segurança do paciente no serviço de saúde é a identificação dele , dos dispositivos e de tudo que envolve a sua assistência direta ou indireta. Para contextualizar esse cenário, você foi chamado para o transporte de um paciente de uma instituição para outra. Ao chegar no local indicado, você recepcionou o paciente na ambulância e percebeu que não há um encaminhamento formal. O paciente encontra-se sem pulseira de identificação, assim como com cateteres, sondas e uma medicação sendo infundida, todos também sem identificação. Você questiona o serviço de saúde, e ele informa que está muito corrido e que não teve tempo de ver isso, pois a unidade está acima de sua capacidade de atendimento. Diante do exposto, quais são os riscos de realizar o transporte nessas condições? O que você poderia fazer para reduzir esses riscos e realizar um transporte mais seguro?
A mudança começa a ganhar forma em nossa imaginação e se torna real a partir da nossa ação. Seja sempre a mudança que deseja.
A identificação é um processo básico, sobre o qual não há necessidade de escrever. Contudo, apesar de básico, ele não acontece da forma que deveria, existem falhas graves, como administração de medicamento em paciente errado, caso dois homens se chamem José. É necessário que haja uma identificação correta, visto que estamos falando de um serviço de saúde e devemos prezar pela integridade do paciente/cliente. É de suma importância que o paciente seja identificado no momento da sua admissão. A forma mais adotada mundialmente é a pulseira de identificação, pois é simples, efetiva e de baixo custo, no entanto existem pulseiras até com código de barras e tecnologias para rastreamento. Seja qual for, o importante é garantir o seu propósito primordial: assegurar a correta identificação do paciente/cliente e evitar uma infinidade de incidentes.
Vale ressaltar que a identificação é o primeiro passo para envolver o paciente no processo de segurança. Ele precisa saber o porquê de ser identificado e ser orientado que o colaborador, antes de fazer qualquer procedimento, deve perguntar a ele o nome e conferir a identificação da pulseira. O paciente/cliente precisa ser inserido no processo de forma ativa, pois ele também é responsável pela sua segurança. Empodere-o e esclareça-o sempre sobre isso.
A identificação do paciente precisa ser feita já na admissão dele e, por todo o tempo em que ele permanecer no hospital, é preciso que se mantenha adequadamente identificado com a pulseira (Figura 3.4), pois ela é segura e eficaz. Todo profissional de saúde deve confirmar o nome do paciente/cliente e conferir a identificação na pulseira. A correta identificação não se trata apenas de um processo, mas de algo muito maior, pois melhora a comunicação entre os profissionais e os pacientes e evita a ocorrência de incidentes. Outro ponto que não podemos deixar de fora é a identificação do profissional de saúde, o qual deve portar o crachá com nome e foto visível. O paciente precisa ter segurança e saber quem é o profissional que está cuidando dele.
Será que os profissionais de saúde estão preparados para serem “lembrados” pelos seus pacientes/clientes sobre uma etapa do processo de segurança que não foi seguido? Por exemplo, imagine um paciente fazer a seguinte exclamação: “Você não lavou a mão! Pare de tocar em mim!”. Qual seria a reação do profissional? Compreenderia como algo positivo ou levaria para o lado pessoal? É preciso que você reflita sobre isso.
A segurança é papel de todos, inclusive do paciente/cliente. Essa emancipação dele ajuda no processo como um todo, então, compreenda desde já que seu paciente/cliente é também uma barreira para assegurar a segurança e qualidade do cuidado em saúde.
Em alguns serviços de saúde, existem muitos processos que ocorrem simultaneamente, e outros, sequencialmente. Consegue imaginar como isso funcionaria sem identificação? Seria um caos total! A partir de agora, ampliaremos a aplicação da identificação no âmbito dos serviços de saúde não só para as pessoas que estão neste ambiente mas também em todos os outros.
Na Figura 3.5, há uma ideia geral de como o processo de identificação é integrado e interconectado. Os processos, as medicações, a nutrição, os exames enfim, tudo precisa de identificação, pois isso evita incidentes, organiza o serviço e facilita a comunicação.
Outro ponto essencial dos serviços de saúde é manter o paciente/cliente livre de infecções associadas ao cuidado prestado. Chamamos isso de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). A ação mais simples e necessária é a higiene das mãos em todas as oportunidades, principalmente antes e depois de assistir o paciente/cliente. A princípio, podemos pensar que isso é algo inerente ao profissional de saúde, o que de fato é, mas não acontece como deveria, especialmente em setores não críticos. É um grande desafio conscientizar os profissionais de saúde sobre a higiene das mãos, mas qual é a importância disso?
No organismo humano, existem mais bactérias do que células, isso parece absurdo, porém é real, e nos dá a dimensão da importância da higiene das mãos, do banho e da acuidade corporal. No corpo humano, existem duas “florestas” de microrganismos, que chamamos de bioflora e microbiota. A primeira refere-se aos micróbios que fazem parte da nossa colônia corporal, ou seja, fazem parte do nosso corpo e nos ajudam, inclusive, na imunidade. Essa flora não é o foco quando pensamos em risco de transmissão de infecção, porém a segunda flora, que chamamos também de transitória, é perigosa e foco da nossa preocupação com a higiene das mãos.
Durante a nossa rotina diária, seja no serviço de saúde ou não, “pegamos” os microrganismos que não fazem parte da nossa flora residente. Ao lavarmos as mãos, removemos todos eles e evitamos repassá-los para outras pessoas ou para nós mesmos, ao colocarmos a mão na boca, no nariz ou nos olhos. Sendo assim, não há discussão, precisamos lavar as mãos e incentivar a todos que fazem parte do serviço de saúde, sejam profissionais, pacientes ou colaboradores, por meio de campanhas, protocolos e incentivos constantes. Não há nada mais impactante do que o exemplo, então, lave sempre suas mãos.
Em tempos de pandemia, muitos falam sobre a importância do uso do álcool em gel, mas é preciso ter atenção, pois ele não substitui a lavagem das mãos. É um produto para ser usado quando não há possibilidade de higienizar as mãos, porém, na primeira oportunidade, o melhor a fazer é lavá-las com água e sabão. Agora você já sabe que somente este procedimento é capaz de remover a microbiota transitória. Então, nada o substitui.
Um aspecto fundamental para segurança do paciente/cliente é a assistência segura na administração de medicamentos, nutrição ou procedimentos. Se você fizer uma busca simples na internet sobre erro de medicação, compreenderá o porquê de falarmos sobre isso. É alarmante! O que podemos fazer para melhorar esses processos? Conforme discutimos nas seções anteriores, os protocolos são as grandes ferramentas para alinhar e padronizar os processos de administração e evitar incidentes. No caso das medicações, é essencial que a equipe tenha uma padronização de preparo, reconstituição, diluição e administração, bem como compatibilidade, incompatibilidade, dose e via de administração e a cadeia medicamentosa.
A administração de sangue e hemocomponentes em serviços de saúde é relativamente frequente e apresenta muitos riscos, por exemplo, incompatibilidade, reação inflamatória e até óbito. Para ser um procedimento seguro, é necessário o cumprimento de várias etapas, conferências e checklists antes de se chegar ao leito do paciente, no momento de administrar nele e após a realização. Por exemplo: ao chegar ao hemoderivado, confere-se se o sangue corresponde à tipagem sanguínea do paciente e verificam-se os sinais vitais antes, durante e após a infusão, tudo para garantir que o procedimento tenha êxito, pois, caso ocorra uma intercorrência, esta pode ser detectada imediatamente.
Um grande aliado na consolidação da qualidade e segurança do paciente é a tecnologia, a qual ajuda de muitas formas, desde um monitor que monitora os sinais vitais, um sistema de rastreio de medicação, a prescrição eletrônica e equipamentos de última geração. A tecnologia, no entanto, não é determinante na segurança do paciente, e sim o processo bem definido. Imagine que você adquire o melhor ventilador mecânico, entretanto as suas equipes de fisioterapeutas não o sabem manejar, e isso poderá causar um incidente. Sendo assim, este tópico tem como meta fomentar a discussão de que precisamos aliar a tecnologia ao processo bem desenhado, implantado e acompanhado.
A tecnologia pode ajudar a salvar vidas, mas é uma ferramenta que precisa ser utilizada com cuidado, baseada em evidência e controlada pelo servidor de engenharia clínica. Um dos grandes problemas é a queimadura em cirurgia pela placa de bisturi, colocada de forma incorreta. Esse é um exemplo de uma tecnologia importante, mas que precisa estar unida a um processo seguro, para que se tire o melhor benefício, ao menor custo.
Nesta seção, exploramos aspectos mais práticos da segurança do paciente. O mais importante é você transportar esse conhecimento para sua área de atuação e ajudar a manter a melhoria contínua da sua atuação e do seu serviço de saúde.
A identificação é o primeiro passo para envolver o paciente no processo de segurança. Ele precisa saber o porquê de ser identificado e ser orientado de que o colaborador, antes de fazer qualquer procedimento, deve perguntar o seu nome e conferir a identificação.
Dentre as estratégias de identificação do paciente, a mais amplamente utilizada é:
Tente novamente...
As alternativas A, C, D e E estão incorretas, visto que a forma de identificação do paciente mais utilizada é a pulseira de identificação.
Correto!
A alternativa B está correta, pois é a estratégia mais amplamente utilizada nos serviços de saúde.
Tente novamente...
As alternativas A, C, D e E estão incorretas, visto que a forma de identificação do paciente mais utilizada é a pulseira de identificação.
Tente novamente...
As alternativas A, C, D e E estão incorretas, visto que a forma de identificação do paciente mais utilizada é a pulseira de identificação.
Tente novamente...
As alternativas A, C, D e E estão incorretas, visto que a forma de identificação do paciente mais utilizada é a pulseira de identificação.
O paciente/cliente precisa ser inserido no processo de forma ativa, pois ele também é responsável pela sua segurança. Empodere-o e esclareça-o sempre sobre isso. A identificação do paciente precisa ser feita já na _________, com a ____________ de identificação, que deverá permanecer até a _______________do serviço de saúde.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:
Correto!
O paciente/cliente precisa ser inserido no processo de forma ativa, pois ele também é responsável pela sua segurança. Empodere-o e esclareça-o sempre sobre isso. A identificação do paciente precisa ser feita já na admissão, com a pulseira de identificação, que deverá permanecer até a alta do serviço de saúde.
Tente novamente...
Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.
Tente novamente...
Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.
Tente novamente...
Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.
Tente novamente...
Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.
Em tempos de pandemia, muitos falam sobre a importância do uso do álcool em gel, o qual tem sido amplamente utilizado. Podemos dizer que o álcool em gel:
Considerando o contexto apresentado e a avaliação das afirmativas, é correto o que se afirma em:
Tente novamente...
Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.
Tente novamente...
Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.
Tente novamente...
Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.
Correto!
As afirmativas I e III estão incorretas, pois o álcool em gel não substitui a lavagem das mãos.
A afirmativa II está correta, pois este é exatamente o objetivo do álcool em gel.
A afirmativa IV está correta, pois o álcool em gel não substitui a lavagem das mãos.
Tente novamente...
Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar outra vez.
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: https://bit.ly/3sfzlBk. Acesso em: 10 nov. 2020.
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